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Natação

Piscina e nutrição aproximam rumos de Dizotti e Delaroli

Nadadoras olímpicas compartilham experiências na natação com pitadas sobre alimentação e performance

Beatriz Dizotti
(Instagram/beadizotti)

Dezessete anos separam as estreias olímpicas de Beatriz Dizotti e Flavia Delaroli. Mas esse distanciamento do tempo foi encurtado pelo espaço que as duas ocupam no presente. As atletas olímpicas seguem nutrindo sonhos. Delaroli como nutricionista e ex-atleta, Dizotti como paciente e atleta.

“Às vezes eu ligo só para falar de natação”, brinca Beatriz Dizotti, 21 anos e que estreou nos Jogos Olímpicos de Tóquio. “Cada caminho é único, mas eu já passei por muito do que ela vive hoje e tento ajudar da melhor maneira”, completa Flavia Delaroli, que estreou nos Jogos de Atenas-2004 e seguiu a carreira da nutrição após se aposentar.

“Eu sempre fui a chata da comida, porque não queria comer essa alimentação das cadeias de fast food. Toda vez que viaja para alguma competição, tinha minha própria comida. Mesmo sem ter ideia que faria nutrição algum dia, eu já sabia que aquilo seria importante para mim”, relata Flavia Delaroli.

Atualmente, a nutricionista e ex-atleta olímpica atende na Care Club, local que reúne profissionais altamente capacitados em suas áreas em um só lugar. Misturando alimentação saudável, atividade física e acompanhamento médico preventivo, que são pilares importantes para os objetivos dos atletas.

“A vida foi me inclinando a natação de alto rendimento, ser profissional e eu queria estar perto de profissionais, daquele que viveram o que vivi e ainda estou vivendo”, comenta Beatriz Dizotti. Pois bem, melhor lugar impossível.

Trocas

A chave para essa interação é a comunicação baseada na experiência de vida e nos conhecimentos adquiridos no curso de nutrição. Flavia Delaroli é extremamente didática e direta. “O foco é o treino, não a comida. Você se alimenta melhor para poder ter uma melhor performance.”

Em uma época onde há muita informação, a desinformação acaba prevalecendo e é fundamental ter uma especialista competente para não cair em armadilhas. E Beatriz Dizotti já passou por isso. “Desde muito pequena eu passo por uma nutricionista, e fui diagnosticada com sobrepeso de cinco para seis anos”, comentou a nadadora.

Só que não é tão simples assim, como explica a nutricionista Flavia Delaroli. “Muitas vezes, sobrepeso é confundido com crianças que desenvolves a musculatura de forma mais acentuada. A infância é o momento crucial para avaliar os nutrientes que essa criança está ingerindo, se muitos calóricos e poucos nutritivos. A confusão acompanha o misticismo.”

Imediatamente, Dizotti suspira maravilhada. “É por esse tipo de coisa que eu também quero fazer nutrição.” É assim novos sonhos vão aparecendo, conforme as realizações aparecem, sem deixar de valorizar o processo.

Lado a lado

Obviamente as piscinas sempre voltam a ser assunto das duas. Contudo, nem sempre sobre performance. As mulheres, de uma forma geral, já sofrem pressão da sociedade sobre seus corpos. Na natação, toda essa situação é acentuada.

“Natação é cobrança de todos os lados, mas é algo que eu já cresci com isso, então tornou-se normal, mas é totalmente anormal, um meio bem tóxico”, ressalta a jovem atleta.

Por isso é essencial que os profissionais que auxiliam os atletas tenham sensibilidade para tratar de vários assuntos e entendem como agir ou até indicar outro.

“Estou aqui para ajudar as pessoas. E me sinto bem confiante para falar de coisas que vão além da performance. Dar pitacos em suas vidas. Estamos em constante mudança, ninguém vai ajudar todo mundo, há coisas que escapam da nossa vida”, finaliza Delaroli.

A comunicação franca e direta é fundamental para estreitar as relações e criar um vínculo que posso dar resultados a curto e longo prazo. “Me sinto muito mais confiante tendo esse tipo de ajuda, crucial para o meu desempenho como atletas, mas fundamental para a vida”, completa Beatriz Dizotti.

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