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Meeting paralímpico reabre calendário com atletas da ‘casa’ com bons resultados

Na primeira competição pós Tóquio 2020, Maria Carolina Santiago venceu os 50m na classe S12 no Meeting Paralímpico, em Porto Alegre

Meeting Paralímpico
Divulgação CPB

Começou na manhã deste sábado, 2, em Porto Alegre, o calendário nacional de competições de atletismo e natação paralímpicos. Cerca de 100 atletas com deficiência do Rio Grande do Sul participaram da etapa de abertura do Meeting Paralímpico na piscina do Grêmio Náutico União e na pista e no campo de atletismo da Sogipa, na capital gaúcha. 

Os Meetings são uma adaptação aos tradicionais Circuito Regionais e Nacional, que são realizados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2005, para a temporada 2021. Dez estados e o Distrito Federal sediarão ao menos uma etapa de atletismo, natação e/ou halterofilismo até o dia 12 de dezembro.

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Voltando a competir

A abertura da temporada de Meetings coincidiu com o fim das férias de quatro atletas renomados, que disputaram os Jogos Paralímpicos de Tóquio, entre agosto e setembro. Maria Carolina Santiago, dona de cinco medalhas na capital japonesa, três das quais foram de ouro na classe S12 (baixa visão), e atleta do Grêmio Náutico União, foi uma das que caiu na piscina neste sábado ensolarado em Porto Alegre.

“Foi muito bom encerrar as férias um pouquinho antes e poder representar o União junto com meus amigos daqui do Sul, e estar próximo dos atletas mais jovens, que estão começando agora, fiquei muito feliz e animada para começar o novo ciclo [paralímpico]”, comentou Carol. 

Ela nadou os 50m livre e fez 27s33, prova da qual é atual campeã paralímpica e recordista mundial, com 26s72, alcançado em junho, durante a seletiva para Tóquio, realizada no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. 

Dois outros companheiros de GNU de Carol e integrantes da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio também nadaram na manhã deste sábado. Os gaúchos Roberto Alcalde (S6) e Susana Schnarndorf (S4) caíram na água e gostaram do resultado. 

Divulgação/CPB

“Eu comecei a nadar aqui no GNU, então é muito bom voltar e competir aqui, gostei do tempo, acho que foi importante participar e estou muito feliz”, disse Susana, sexta colocada em Tóquio nos 150m medley da classe S4. Neste meeting, ela nadou em 3min08s23. 

“Deu para descansar bastante desde o fim dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, e este Meeting coincide com o fim de nossas férias. Na segunda-feira, recomeçamos os treinamentos em São Paulo, e eu nadei muito bem, nunca havia retornado de férias com desempenho tão bom”, comemorou Alcalde, que nadou em 57s88 os 50m livre pela manhã.

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Atletismo

Já no atletismo, não houve participação de atletas que disputaram os Jogos de Tóquio, mas uma geração talentosa que surge com resultados importantes. É o caso de Wallison André Fortes, de 25 anos, que defende a ASPA. Ele é da classe T64, para amputados de perna, e competiu há 15 dias no CT Paralímpico nas Paralimpíadas Universitárias e voltou à pista no Meeting Paralímpico. Nos 200m, ele foi o mais rápido com 24s57, e nos 400m ficou a apenas 45 centésimos do recorde brasileiro, que pertence a ele mesmo. Na pista da Sogipa, ele marcou 53s18.

Também nas provas rasas, na classe T47 (amputação de membro superior), Vanessa Molon, representante do RS Paradesporto, ficou a 80 centésimos de quebrar um recorde brasileiro que já dura oito anos. Nos 100m, ela correu em 13s56, enquanto que a melhor marca do país nesta classe para esta distância é de Teresinha de Jesus, de junho de 2013, com 12s86. 

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