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Campeão paralímpico Belarmino reinicia braçadas rumo ao Mundial de 2022

Campeão paralímpico Wendell Belarmino reinicia treinamentos de olho no Mundial do ano que vem

wendell belarmino Mundial natação paralímpica
(Alê Cabral/arquivo)

Wendell Belarmino, medalhista de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, já retomou a rotina de treinos. O atleta estava em recuperação desde o retorno ao Brasil, no início deste mês, e agora volta a acelerar as batidas para recuperar o condicionamento físico. No Parque Aquático do Colégio Presbiteriano Mackenzie Brasília, em Brasília, já busca o melhor condicionamento para competir no Mundial de natação paralímpica da Ilha da Madeira, em Portugal, ano que vem.

“Voltei a treinar no último dia 20, com um pouco de piscina, academia e aeróbico. Minhas séries, por enquanto, estão voltadas para o condicionamento físico. Estou também aproveitando para curtir minha família e meus amigos e para descansar. Sempre com foco total nos meus próximos desafios”, diz Wendell Belarmino. “Nos dias 24 e 25 de outubro, vou participar de um meeting, aqui em Brasília, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, que será uma classificatória para as competições nacionais do ano que vem. Além de seletivas para o Mundial.”

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Wendell Belarmino trouxe três medalhas na natação paralímpica dos Jogos Paralímpicos. O ouro foi nos 50m livres da classe S11. Foi, ainda, prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos e bronze no 100m borboleta, também na S11. Conquistas que trouxeram mudanças para a vida do brasiliense de 23 anos. “As pessoas me mandam várias mensagens nas redes sociais e me param na rua para tirar uma foto, para me cumprimentar. Além disso, minha agenda está completamente preenchida com vários compromissos interessantes para mim e para a bandeira do paradesporto. Enfim, tem sido bem bacana essa atenção que eu tenho recebido do público, dentro e fora do mundo digital. É um reconhecimento do meu trabalho e é importante pra todos nós.”

O nadador, porém, admite que ainda está tentando entender a dimensão dos resultados. “Vai levar um tempinho para eu conseguir compreender. Eu fui lá para nadar, me divertir, realizar o sonho de ir para uma Paralimpíada, e acabou sendo algo muito melhor do que eu esperava. Foi gratificante demais ter ganhado aquelas medalhas. Uma coroação do meu trabalho nos últimos seis anos, desde que eu comecei o treino focado em Tóquio.” Nada, porém, que deixe ele já plenamente satisfeito. “As novas metas estão sendo traçadas. É claro que meu objetivo principal, agora, é melhorar minhas marcas para 2024, em Paris, e para o Mundial.”

Daniel Dias

Outra novidade na carreira são comparações com a lenda Daniel Dias, maior medalhista paralímpico do Brasil, com 27 pódios, e um dos maiores de todo mundo. Ele fica feliz, mas com os pés no chão. “As pessoas me perguntam isso, sobre como é estar sendo cotado como próximo Daniel Dias. Mas ele é insubstituível. O que ele fez pelo esporte paralímpico brasileiro e mundial é algo histórico, incomparável. Isso sem contar a pessoa que ele é. O legado que ele deixou é incrível. E eu fico feliz de ser uma das peças que dará continuidade a esse legado. Vou continuar fazendo o meu melhor, me esforçando ao máximo, e os resultados aparecerão.”

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Wendell Belarmino também agradeceu a parceria que tem na natação paralímpica com o Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). “Foi fundamental, me ajudou a ter um conforto melhor para treinar e competir. Pude comprar os melhores equipamentos para treino, me deslocar diariamente com mais facilidade, inclusive com a ajuda em coisas que hoje são caras, como combustível, e ainda tive uma equipe multidisciplinar. É algo extremamente importante, que me auxilia na minha rotina. Se não fosse o Mackenzie, as coisas seriam infinitamente mais difíceis. Então, foi extremamente importante.”

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