O terceiro dia da natação na Paralimpíada os de Tóquio rendeu mais três medalhas para o Brasil nas piscinas da capital japonesa. Com uma medalha de cada cor, os nadadores brasileiros que subiram no pódio nesta sexta-feira (27) foram Wendell Belarmino Pereira, com a medalha de ouro, Gabriel Bandeira, com a prata, e Maria Carolina Santiago, com o bronze.
Numa prova sensacional e de muita intensidade nos 50 metros livres da classe S11, Wendell Belarmino Pereira conquistou a medalha de ouro, o segundo da natação brasileira em Tóquio, ao fechar a prova em 26s03. Liderando a prova de ponta a ponta, o brasileiro conseguiu o toque 15 centésimos a frente do segundo colocado, o chinês Dongdong Hua.
“De manhã já estava me sentindo bem desde o aquecimento. Eu pensei ‘vou nadar forte, mas acho que dá pra segurar um pouco’. A estratégia deu certo. Nadei do jeito que queria na classificatória e vim muito forte para a final. No aquecimento para a final eu estava me sentido ainda melhor que de manhã e consegui o resultado que queria”, avaliou o agora campeão mundial e paralímpico.
Gabriel Bandeira conquista a prata em prova de altíssimo nível
Dono do primeiro ouro brasileiro na Paralímpiada de Tóquio, Gabriel Bandeira subiu novamente no pódio ao conquistar a medalha de prata na disputa dos 200 m livre da classe S14. Numa prova de nível altíssimo, o brasileiro brigou braçada a braçada contra o britânico Reece Dunn. A diferença entre ambos acabou sendo de apenas 0.34 centésimos, com o brasileiro fechando a prova em 1m52s74. Para se ter uma ideia do nível apresentado pela dupla, os tempos do brasileiro e do britânico foram superiores ao antigo recorde mundial da prova.
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“Foi uma prova muito forte. Eu e o Reece viemos para quebrarmos o recorde mundial. Foi uma surpresa a minha apresentação hoje porque estava focado no borboleta e estou muito feliz e com muita dor”, brincou o paulista que bateu o recorde das Américas.
Maria Carolina Santiago conquista o bronze
Logo na primeira final com brasileiro na noite, Maria Carolina Santiago fez uma prova sensacional nos 100 m costas da classe S12 e conquistou a medalha de bronze ao tocar na parede com o tempo de 1m09s18, apenas 74 centésimos abaixo da medalhista de ouro, a britânica Hannah Russel.
Além do pódio paralímpico, a marca de Maria Carolina Santiago se torna o novo recorde das Américas, superando o tempo de Tischa Zorn, 1:09.89, que foi feito durante da era dos trajes tecnológicos. Vale dizer que a nadadora norte-americana detém o título de maior medalhista da história da natação paralímpica com impressionantes 54 medalhas.
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“Eu estou muito feliz. Foi todo um trabalho de muitos anos colocado em uma prova. Então estou muito realizada. Meu técnico sempre manda eu começar muito forte e eu senti que eu tinha o preparo para voltar e completar com um grande resultado. Foi a melhor prova da minha vida nos 100m costas e estou muitíssimo satisfeita”, avaliou a nadadora após a prova.
Outros finalistas
Maior nome da natação paralímpica do Brasil, Daniel Dias disputou mais uma final no Japão, nos 50 m do nado borboleta da classe S5. Com o tempo de 36s56, o nadador dono de 27 medalhas paralímpicas na carreira ficou na sexta colocação da prova.
“Queria ter nadado um pouco melhor a prova, mas estou feliz. Num contexto geral de toda a competição. Já são quase dois anos sem competir então cansaço já começa a aparecer neste terceiro dia. Agora tenho dois dias de descanso, pra recuperar bem”, avaliou o atleta que já conquistou três bronzes em Tóquio.
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O Brasil ainda contou com outros três finalistas no dia. Pela mesma prova que rendeu o ouro para Wendell Belarmino, Matheus Rheine foi o sexto colocado com o tempo de 27s26. Já pela disputa dos 50 m borboleta feminino da classe S5, o país foi representando por duas nadadoras: Joana Silva, que ficou na quarta colocação com o tempo de 45s33, e Esthefany Rodrigues, que fechou a prova na sétima colocação com o tempo de 46s49.