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Natação

Viviane Jungblut relembra contaminação por Covid-19 e celebra vaga em Tóquio

Viviane Jungblut não pôde participar da 1ª seletiva e assistiu três atletas fazerem o índice. Mas voltou com tudo e garantiu a vaga

Viviane Jungblut - Tóquio 2020
(Instagram/vivijungblut)

Viviane Jungblut quase viu o sonho olímpicos escapar. Em abril, a gaúcha testou positivo para Covid-19 e não pôde participar da seletiva da natação para Tóquio 2020. A CBDA, no entanto, abriu uma exceção e realizou uma segunda seletiva para todos os atletas que haviam sido contaminados. E nesta, Vivi brilhou nos 1500m e garantiu a vaga nos Jogos. Uma semana depois, ela relembra o período difícil no isolamento e o que fez para não deixar a peteca cair.

“Quando eu testei positivo para Covid-19 foi um choque, até difícil de explicar. Toda semana a gente faz o teste PCR para conseguir treinar no Maria Lenk. E numa sexta-feira, a gente fez o exame e no sábado saiu o resultado positivo do meu treinador. Então por ter contato com ele, a gente precisou repetir o teste e terça, quando eu acordei, estava lá o resultado positivo também. O primeiro momento foi choque total, eu não acreditava. Mas tentei me acalmar e tive que cumprir o isolamento, não tinha muito o que fazer”, contou ao Canal Olímpico do Brasil.

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Viviane Jungblut, felizmente, não teve nenhum sintoma. Mas precisou assistir a uma prova fortíssima nos 1500m na primeira seletiva, com direito à quebra de recorde brasileiro, que pertencia a ela mesma. A gaúcha, entretanto, não se deixou abalar e voltou ainda mais motivada.

“Sou muito grata, não tive sintoma algum. Fiquei em isolamento no Rio, em frente ao Maria Lenk. Va a seletiva rolando e querendo estar lá… Mas eu não podia sair do quarto do hotel. Então foi um período muito tenso. Eu voltei para casa no dia que seria a minha prova, três meninas fizeram o índice para a Olimpíada e ainda vi a Beatriz (Dizotti) quebrar o meu recorde. Ali foi decisivo. Aquilo podia acabar comigo, mas eu optei pelo outro lado. Eu quis treinar mais e mais. Meu treinador me passava um tempo e eu baixava mais, porque queria chegar lá e fazer esse índice. Então olhar para trás e ver que deu certo é uma emoção gigantesca”.

Alívio e felicidade

A segunda seletiva, no entanto, foi completamente diferente. Viviane Jungblut não tinha adversária nadando na raia ao lado. O único rival era o tempo. “Foi diferente, porque na verdade era uma competição eu comigo mesma. Eu não tinha adversária, tinha só o tempo que eu precisava fazer. Então a minha sensação, quando eu toquei na borda e olhei o placar… Eu nunca tinha sentido nada parecido. Parece que saiu 200kg das minhas costas, foi uma sensação de alívio e felicidade. Eu fiquei em choque, mal consegui comemorar”.

A agora, às vésperas dos Jogos de Tóquio 2020, Vivi vai embalada para a capital japonesa, com o novo recorde brasileiro nos 1500m. Mas ela sabe que não está sozinha. “Não é fácil chegar no alto rendimento, a rotina não é fácil. Mas com certeza vale a pena, ainda mais com esse sonho olímpico ralizado. Eu não cheguei aqui sozinha, não nadei aqueles 1500m sozinha, tinha muita gente vibrando, torcendo por mim. E isso faz total diferença”, concluiu.

Veja a entrevista completa:

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