A seletiva paralímpica de natação terminou neste sábado (5), em São Paulo, e 29 atletas conquistaram o índice para a Paralimpíada de Tóquio 2020, sendo 11 mulheres e 18 homens. Ao todo, 58 nadadores participaram desta seletiva, que teve como objetivo definir os atletas que representarão o Brasil no Japão nos Jogos Paralímpicos.
Este sábado marcou o último dia da seletiva para a Paralimpíada de Tóquio, em que três atletas com deficiência intelectual obtiveram marcas elegíveis para figurar na equipe brasileira que representará o país no Japão. As gêmeas Beatriz e Débora Carneiro (SB14) nos 100m peito, o mineiro João Pedro Brutus (SB14) com 1min07s04, seguido do paulista Gabriel Bandeira (SB14) com 1min10s54, que já possuía outros índices. Nesta mesma prova, o paulista Ruan Souza (SB9) com 1min10s54 também obteve o índice necessário. Outro atleta a conquistar marca elegível neste sábado foi paranaense Bruno Becker nos 200m livre.
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“A qualidade técnica foi melhor do que o esperado. Estávamos muito tempo sem competição, não sabíamos ao certo como os atletas iriam nadar, apesar das tomadas de tempo. Nós não tínhamos a perspectiva de ter tantos atletas com índice, tanto que o nosso critério era bem amplo. Foi bom ver que o planejamento estratégico da modalidade, pós-Jogos Rio 2016 até os Jogos de Tóquio, deu certo. É uma Seleção muito nova, isso é muito importante”, analisou o técnico-chefe da Seleção Brasileira, Leonardo Tomasello.
Para a natação, o Brasil possui 35 vagas na Paralimpíada de Tóquio. Pelos critérios do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que atua como confederação da modalidade, já estão confirmados nos Jogos de Tóquio os campeões mundiais de 2019: Edênia Garcia (S3), Wendell Belarmino (S11), Carol Santiago (S12) e Daniel Dias (S5). Confira aqui os critérios.
O primeiro dia
No primeiro dia da seletiva, quarta-feira, 2, quatro atletas alcançaram os índices: Phelipe Rodrigues (S10), Talisson Glock (S6) e Gabriel Cristiano (S8) nos 100m livre, e Susana Schnarndorf (SM4) nos 150m medley.
“Estou extremamente feliz de ter conquistado o índice. Eu travo uma batalha diariamente por conta da minha deficiência. Tive que reaprender a nadar literalmente, mas nunca deixei de acreditar no meu sonho”, celebrou a gaúcha Susana Schnarndorf, medalhista paralímpica no revezamento 4x50m livre 20 pontos nos Jogos Rio 2016, que tem múltipla falência dos sistemas (MSA).
“Um ano e meio sem competições, é muito importante a gente voltar a ter ritmo. Mesmo com as tomadas de tempo internas, não é a mesma coisa sentir a pressão e estar do lado das pessoas que competem com você. Os melhores atletas do Brasil estavam aqui buscando o índice para Tóquio. Eu estava bastante ansioso, não vou mentir, especialmente antes da minha primeira prova. Nos 50m livre eu consegui fazer a minha quarta ou quinta melhor marca pessoal. A gente vê que precisa melhorar, mas também que está no caminho certo, apesar das circunstâncias”, contou o medalhista paralímpico e mundial Phelipe Rodrigues.
Segundo dia
O segundo dia de provas, quinta-feira, 3, teve o maior número de atletas obtendo o índice pela primeira vez, 13 nadadores ao todo.
José Ronaldo (S1), Gabriel Feiten (S1), Gabriel Geraldo (S2), Maiara Barreto (S3) nos 50m costas. Douglas Matera (S13) e Gabriel Bandeira (S14) nos 100m borboleta. Gabriel Melone (S6), Samuel Oliveira e Joana Neves (S5) nos 50m borboleta e Ronystony Cordeiro (S4) nos 50m costas. Na prova de maior distância da natação paralímpica, os 400m livre, Laila Suzigan (S6) Caio Amorim (S8) e Matheus Rheine (S11) nadaram abaixo do índice.
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Na sexta-feira, 4, dia da prova mais rápida da natação, os 50m livre, seis atletas obtiveram o índice nesta prova: Ruiter Gonçalves (S9), Lídia Cruz (S4), Patrícia Pereira (S4), Mariana Gesteira (S9), Cecília Araújo (S8) e Eric Tobera (S4). Já nos 100m costas, segunda prova do dia, Ana Karolina Soares (S14) foi mais rápida que o exigido pelo critério.