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Natação

Única da natação 100% garantida em Tóquio, Bia Dizotti agradece vizinhos

Vencedora da seletiva olímpica nos 1500m revela que petição no prédio assinada pelos moradores a ajudou a se manter em forma na piscina

Beateirz Dizotti - Bia Dizotti - natação - 1500m livre feminino - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 - Olimpíada
Única da natação 100% garantida em Tóquio, Bia Dizotti agradece vizinhos pelo feito (Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

No último domingo (25) encerrou-se a Seletiva Olímpica brasileira de natação e a delegação brasileira ficou, por hora, com 18 nomes garantidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Dentre todos esses atletas, apenas uma mulher conseguiu carimbar 100% o passaporte para o Japão: Bia Dizotti, atleta vencedora da prova dos 1500m livre com um tempo abaixo do índice olímpico.

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A jovem de 21 anos fez história nas piscinas do Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, ao vencer a primeira prova onde três mulheres brasileiras nadaram abaixo do índice olímpico. De quebra, terminou à frente da maior nadadora brasileira de longas distâncias, a campeã mundial da Maratona Aquática Ana Marcela Cunha.

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O incrível feito da jovem paulistana foi fruto de um árduo trabalho durante os difíceis tempos proporcionados pela pandemia do coronavírus. Com a pausa das atividades e o fechamento do Minas Tênis Clube, local onde treina em Belo Horizonte, a atleta não podia treinar e teve que buscar alternativas para não ficar parada.

Mais do que uma xícara de açúcar

Foi aí que ela contou com uma ajuda fundamental: os vizinhos do prédio de seus pais em São Paulo.

“Quando fechou tudo no começou a pandemia, eu fiquei treinando a parte física fora d’água porque não tinha conseguido piscina. Depois de um mês e meio eu fiz um abaixo assinado no prédio dos meus pai pra usar a piscina de lá. Já tinha tentado, mas não tinham liberado. Aí meus vizinhos foram super legais e liberaram a piscina pra mim,” contou Bia Dizotti em live no Instagram com o OTD.

Graças a atitude dos vizinhos, que segundo Bia foram convencendo uns aos outros no prédio a assinar a petição através do boca a boca, a atleta não deixou de cair na água de abril do ano passado até julho, mês em que conseguiu voltar de fato aos treinamentos no Minas Tênis Clube. A fundista revelou que o prédio todo celebrou o resultado obtido na última quinta-feira.

“Minha mãe mandou mensagem no grupo de Whatsapp do prédio e mostrou que todos os vizinhos ficaram super felizes. Eu amei ver a torcida deles! Eles fizeram super parte do meu sonho. Se não fosse por eles, eu não teria conseguido me manter em forma todos os dias,” comentou Bia Dizotti.

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Batendo na frente da ídola

Ao ser questionada sobre suas grandes inspirações na natação, Bia Dizotti citou feras das piscinas como Kate Ledecky, Federica Pellegrini e Ana Marcela Cunha, com quem teve o prazer de bater o índice olímpico na piscina do Maria Lenk.

“Ana Marcela é uma inspiração pra natação brasileira feminina. Tem uma história longa, principalmente nas provas de fundo. É uma honra nadar ao lado dela. E ela ainda me ajudou na coletiva após a Seletiva, quando eu estava totalmente perdida,” avaliou Bia Dizotti.

Na prova dos 1500m, as duas aniquilaram o índice de 16min32s04 e foram as duas primeiras nadadoras a conseguir a vaga para nadar nas piscinas de Tóquio. Bia Dizotti foi a vencedora com 16min22s07 e Ana Marcela ficou em segundo com 16min30s91. Além de superar o índice em mais de 10 segundos, Bia ainda bateu o recorde brasileiro nos 1500m.

No entanto, as duas não nadarão juntas no Japão. Como o foco de Ana Marcela é a Maratona Aquática, Ana Marcela abdicou da vaga.

Em live com o OTD,  Bia Dizotti, que conquistou o índice olímpico nos 1500m feminino, agradece aos vizinhos por petição assinada no início da na pandemia
Bia Dizotti, Betila Lorscheitter e Ana Marcela Cunha, as três que bateram o índice olímpico nos 1500m (Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Vaga em aberto

Com isso Betina Lorscheitter, que terminou em terceiro com 16min27s73, também abaixo do índice, ficou temporariamente com a classificação. Isso ocorre porque Vivane Jungblut, a recordista dos 1500m até a quebra do recorde por Bia, ainda não nadou por ter contraído o coronavírus. Se daqui há três semanas a nadadora não superar os 16min27s73, Betina fica com a segunda vaga.

Ao ser questionada sobre quem acha será sua companheira em Tóquio, Bia não quis arriscar um palpite.

“Essa pergunta é bem difícil. Estou torcendo para as duas meninas, gosto muito delas. Ficarei feliz com qualquer uma das duas ao meu lado. As duas tem excelente natação, nadam muito,” finalizou a paulistana.

Vale lembrar que Bia e Betina/Viviane serão as primeiras mulheres brasileiras a nadar os 1500m em Jogos Olímpicos, uma vez que a prova fará sua estreia no calendário olímpico em Tóquio.

Confira a live completa com Bia Dizotti

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