A delegação que representará o Brasil no Japão acaba de ganhar mais dois nomes. No primeiro dia da Seletiva Olímpica Brasileira de Natação, competição que definirá a equipe brasileira para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Guilherme Costa e Felipe Lima nadaram abaixo do índice olímpico de suas respectivas provas e carimbaram o passaporte para a capital japonesa.
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O primeiro dia da Seletiva teve as disputas dos 400m medley masculino e feminino, 100m borboleta feminino, 400m livre masculino e 100m peito masculino. O Olimpíada Todo Dia preparou um resumo com o que de melhor aconteceu hoje no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Confira!
O primeiro
O primeiro classificado para os Jogos veio apenas na terceira prova da noite. Nos 400m livre masculino, Guilherme Costa foi o único a superar os 3min46s78 do índice, um dos mais fortes e difíceis de todas as modalidades. O “Cachorrão”, como é conhecido, fez uma prova perfeita, cravou 3min45s85, bateu o recorde Sul-Americano e carimbou seu passaporte ao Japão.
“Acha sim e era o que eu queria. Sabia que era o índice mais difícil. Acho que esse tempo dá pra garantir uma final em Tóquio,” avaliou Guilherme Costa após a prova. O tempo quase um segundo abaixo do forte índice é o oitavo melhor tempo dos 400m livre no ano.
Outro que foi bem mas acabou ficando de fora foi Fernando Scheffer. O nadador especialista nos 200m medley fez 3.47s70, melhor tempo de sua vida nos 400m, mas ficou de fora.
Vale lembrar que um nadador já conseguiu o índice olímpico antes de Guilherme Costa. Nos Estados Unidos, Bruno Fratus bateu os 22s01 nos 50m livre e só perde o passaporte para Tóquio se dois atletas baixarem a marca de 21s80.
De manhã e de noite
Na última prova do dia, um show de Felipe Lima nos 100m peito. O atleta conseguiu superar o índice de 59s93. com 59s43 e defenderá o Brasil no Japão.
Felipe Lima fez pela segunda vez no dia um tempo abaixo do índice. Na parte da manhã, o cuiabano de 36 anos fez 59s74 e mostrou que não estava disposto a ficar novamente fora dos Jogos Olímpicos, assim como ocorreu em 2016.
“Acho que virei a página. Rio 2016 é passado. Nesse tempo de pandemia, acho que qualquer tempo abaixo do índice seira uma grande vitória. Eu vinha trabalhando pra nadar na casa dos 58 segundos. Estava com um pouco de vento e choveu. Foi bacana, mas ainda tem muita coisa pra melhorar, principalmente na volta,” avaliou Felipe Lima.
Lima terá a chance de disputar sua segunda Olimpíada. A estreia ocorreu em Londres 2012, quando o nadador foi à semifinal dos 100m peito e terminou em 13º lugar. Em 2016 e 2008, o atleta nadou abaixo do índice na seletiva, mas não a frente dos outros dois nadadores.
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Por pouco, João Gomes Júnior ficou de fora. O nadador fez 1min00s15 e não estará na Olimpíada. Caio Pumputis fez 1min00s25. Finalista na Rio 2016, Felipe França também ficou de fora dos Jogos olímpicos de Tóquio.
Frustrações
A frustração da noite ficou por conta de Brandonn de Almeida. Um dos favoritos a vaga nos 400m medley masculino, o nadador fez 4min16s49, não superou os 4min15s84 do índice e não terá a chance de disputar sua segunda Olimpíada.
“É até difícil de falar. A gente vê todo o trabalho jogado fora. Acho que essa questão de uma seletiva acaba pesando muito. Mas não estou usando isso como justificativa. Ainda não caiu a ficha. Mas isso é o esporte. É frustrante. Me desculpa aí todo mundo,” comentou Brandonn após a prova.
Nos 100m borboleta feminino, Giovana Diamante venceu com 59s03, mas não superou os 57s92 e não conseguiu a vaga. Veterana e buscando sua quarta Olimpíada seguida, Daynara de Paula ficou em segundo e 59s41.
As mulheres também ficaram sem vaga nos 400m medley feminino. Gabrielle Roncatto fechou com4min45s51 em primeiro e Natália Almeida em segundo 4min47s97. As duas não conseguiram bater os 4min38s53.
