Foco, disciplina e excelência. Essa é a base do projeto Oxygen, lançado nesta quinta-feira (15): uma iniciativa independente, que pretende fortalecer a natação brasileira, pautada no trabalho individualizado e em uma gestão profissional. E para colocar o projeto em prática, foi formado um time de elite, composto hoje pelos veteranos Nicholas Santos e Leonardo de Deus, além da jovem promessa André Calvelo.
A Oxygen foi idealizada pelo empreendedor Gustavo Chamati e o técnico Felipe Domingues, a partir da identificação de uma tendência na natação brasileira: as últimas medalhas olímpicas do país vieram justamente de atletas que participavam de projetos independentes, como César Cielo, Thiago Pereira e Poliana Okimoto.
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Os principais diferenciais da Oxygen são o trabalho individualizado e específico com cada atleta, além do uso constante da tecnologia. E quem acredita na técnica é o recordista mundial, Nicholas Santos.
“Foi um divisor de águas na minha carreira quando eu comecei a fazer o trabalho individualizado. Ao longo desses 20 anos, nadei em vários clubes, mas os grandes resultados vieram com o trabalho individualizado. A chance de erro é diminuída, assim como a de lesões. E isso é algo que eu atribuo à minha longevidade”, explicou o nadador de 41 anos, que é também o manager do time de elite da Oxygen.
“Nosso trabalho é sempre focado na maneira que a gente aborda e vê o atleta como um todo. O trabalho é feito individualmente, de forma personalizada com cada um deles. Então montamos uma estrutura profissional, com treinadores, comissão técnica, equipe de marketing, preocupado em captar patrocínio, assessoria de imprensa. Isso é essencial para que a gente que está na borda da piscina tenha tranquilidade para estar trabalhando e desenvolvendo os atletas”, completou Felipe Domingues.
Inovação e futuro
A Oxygen pretende ser um projeto inovador, trazendo uma nova perspectiva para a natação brasileira, como explica seu fundador, Gustavo Chamati.
“O esporte tem um poder e um impacto muito grandes, e eu queria ajudar a dar mais destaque para a natação brasileira. Então a ideia foi criar uma estrutura diferente, focada no trabalho técnico de alto rendimento e uma marca que ajudasse a contar essa história. A gente não quer se apegar a modelos passados e temos a coragem de inovar”.
Hoje, o projeto conta com a equipe de elite, a de performance e uma voltada para a nova geração de nadadores. E a intenção para o futuro é poder expandir ainda mais a iniciativa, trazendo mulheres e atletas paralímpicos para o time principal e para a base.
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“Eu cresci no esporte e só vi algo parecido com a Oxygen no futebol. Infelizmente, no Brasil, a situação do atleta, dependendo dos clubes, está muito difícil. E a base precisa ser incentivada. Então ter um incentivo como o da Oxygen é muito importante”, concluiu André Calvelo, de apenas 20 anos.
Por fim, vale lembrar que a partir da próxima segunda-feira (19), será realizada a seletiva olímpica brasileira. Os dois primeiros classificados de cada prova que atingirem o índice A, estabelecido pela Federação Internacional de Natação (FINA), estarão classificados para a Olimpíada de Tóquio-2020.
Esta será a sexta seletiva de Nicholas Santos, que está focado nos 50m livre e poderá fazer história no Japão. Isso porque, caso consiga a vaga, ele se tornará o terceiro atleta da natação com mais de 40 anos a participar de uma edição dos Jogos Olímpicos.