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Tóquio 2020

Gustavo Borges aposta em ‘bolha’ para realização dos Jogos Olímpicos

Dono de quatro medalhas olímpicas, Gustavo Borges vê “bolha” e testagem contínua como solução para realização dos Jogos

Gustavo Borges - Tóquio 2020
Gustavo Borges tem quatro medalhas olímpicas (Divulgação)

A pouco menos de seis meses da data prevista para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a realização do maior evento esportivo do mundo ainda é uma incógnita. Em um cenário de incertezas geradas pela pandemia de coronavírus, os organizadores buscam as melhores e mais seguras alternativas para todos os envolvidos. E para Gustavo Borges, dono de quatro medalhas olímpicas, a solução consiste em dois pilares: “bolha” e testagem. 

“Não tem evento mais complexo no mundo do que uma Olimpíada. Então acho que tem de ter uma preparação diferente. Vamos pensar que não tenha vacina. Testa os atletas e diminui o risco. Testa todo dia! Deu positivo, tira na hora. ‘Ah, mas vão ser 30 mil testes por dia…’. Que seja”, opinou o ex-atleta e embaixador da marca Poker em entrevista ao Olimpíada Todo Dia. 

+É imoral atletas se vacinarem antes para salvar Tóquio-2020

“Não tem nenhum esporte que não esteja acontecendo. Alguns com mais restrições, outros com menos… Então cria uma bolha, não coloca espectador nas arenas, mas executa [o evento]”, completou.

Contendo a ansiedade

O adiamento de Tóquio-2020 para julho de 2021 não foi um momento fácil para muitos atletas. Mas, para Gustavo Borges, passada a fase da pandemia de maiores restrições, o foco deve ser naquilo que eles podem controlar: a preparação para a seletiva olímpica. 

“Na parte psicológica, tem uma influência, causa uma certa preocupação. Mas nenhum atleta decide se vai ter ou não Olimpíada. Então ele tem que ser uma máquina pensando: quando é a seletiva? Quando é a Olimpíada? Até que se prove o contrário ou se cancele algo, é para isso que ele está treinando. Se deixar a ansiedade interferir no dia a dia, o atleta está ferrado”.

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E se tudo ocorrer dentro dos planos, com a realização de Tóquio-2020 e a ansiedade contida, Gustavo Borges aposta em muitos índices olímpicos para o Brasil, além de apontar os principais nomes em busca de uma medalha nos Jogos.

“Hoje, a gente tem três provas com os atletas mais bem ranqueados. São os 50m livre, com o Bruno Fratus, os 100m, com Marcelo Chierighini, e o 4×100 livre. Mas falar de chance agora é complicado. Como a gente não teve muita competição ainda, temos que esperar a seletiva para poder analisar de uma maneira mais adequada. Mas muita gente vai fazer o índice, isso eu garanto”, concluiu.

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