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Tóquio 2020

Visando Tóquio, Gui Costa nada novas provas no Troféu Brasil

“Cachorrão” já pensa na seletiva olímpica e vai nadar dos 200m aos 800m no Troféu Brasil, a partir desta quarta (9)

Guilherme Costa - Troféu Brasil - Tóquio 2020
Gui Costa já tem índice olímpico em três provas (Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Depois de meses paralisado, o calendário da natação brasileira está de volta. Começa nesta quarta-feira (9) o Troféu Brasil, primeira e única competição presencial de nível nacional em 2020. E quem tem participação garantida na competição, que vai até sábado (12), no Vasco da Gama (RJ), é a jovem promessa Guilherme Costa, o “Cachorrão”, que vai usar uma estratégia diferente, já pensando na seletiva olímpica para os Jogos de Tóquio-2020

Atleta de fundo, de apenas 21 anos, Guilherme Costa normalmente nada 400 m e 800 m, suas principais provas. E apesar de o foco continuar nelas, ele vai aproveitar e testar também as de 200 m livre e borboleta neste Troféu Brasil. 

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“Eu tenho ganhado um pouco mais de intensidade com os 400 m e 800 m. E aí deu para encaixar essas duas provas, porque eu já nadava antes, fiz alguns treinos esse ano e me senti bem. Então quis testar agora, já que é uma competição para eu saber como estou depois de um ano diferente”, contou ao Olimpíada Todo Dia. 

“Estou me sentindo bem, fisicamente acho que já estou no mesmo nível que eu estava antes [do começo da pandemia], mas preciso ver se vou conseguir transferir isso na competição, porque faz muito tempo que eu não nado. Tomada de tempo é muito diferente”, acrescentou.

Novos ares 

Além de apostar em uma prova já conhecida, no entanto, a opção de nadar os 200 m veio também fruto de uma mudança nos treinos, após um momento de estresse. 

Felizmente, o Gui conseguiu treinar, tanto que em agosto ele nadou abaixo do recorde sul-americano dos 800 m em piscina de 25 metros, em tomada de tempo, sem bloco, sem nada. Mas depois eu percebi que ele estava bastante estressado emocionalmente por tudo. Então a gente conversou e optou por um trabalho sem tanta pressão, estresse. E aí optamos também por um trabalho de força que valeu muito. Porque ele ficou mais forte, o que é importante inclusive para atletas de fundo”, explicou o técnico de Guilherme Costa, Rogério Karfunkelstein.

Guilherme Costa - Tóquio 2020 - Troféu Brasil
Guilherme Costa foi campeão nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 (Instagram/cpguilherme)

“O objetivo disso era primeiro gerar estímulos diferentes, tirar ele daquela coisa de ficar comparando o que ele tinha feito com o que está fazendo. E segundo treinar algumas coisas que às vezes ficam sem espaço e para desestressar de uma forma geral. E aí ele voltou a nadar 200 m borboleta, algumas provas mais curtas, que ajudariam indiretamente na evolução dele em provas de 40 0m e 800 m, que são nossos alvos para a Olimpíada”, completou. 

De olho em Tóquio-2020

Guilherme Costa já nadou para o índice olímpico de Tóquio-2020 em três provas: 400 m, 800 m e 1500 m. No entanto, ele ainda precisa repetir as marcas em abril do ano que vem, na seletiva olímpica, para garantir a vaga na Olimpíada. E apesar de as provas de fundo serem o foco, ele e o técnico não fecham portas, podendo até abrir mão de disputar os 1500 m no Troféu Brasil pelos 200 m. 

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“Vamos ver como eu vou me sair nos 200 m livre e borboleta para ver se vou treinar mais ou se vou tentar nadar os 10 km na maratona [aquática] em Tóquio… Então as possibilidades ainda estão em aberto. Mas vai ser a primeira competição forte antes da seletiva. E também não sei se terão outras. Então é muito importante nadar bem aqui e espero chegar o mais próximo possível dos meus melhores tempos”, destacou o Cachorrão. 

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“O foco na última etapa vai ser os 200 m borboleta, que é uma prova que a gente acha que pode fazer algo bem relevante. E por isso até uma eventual saída dos 1500 m. Para dar uma atenção maior a uma prova que ele treina muito bem e consegue fazer até próximo do índice olímpico, para ser mais uma oportunidade no ano que vem”, concluiu Karfunkelstein.

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