A pandemia do coronavírus mudou muito a rotina de diversos atletas. No entanto, o caso do nadador paralímpico Matheus Rheine a mudança foi bastante drástica. Após dois anos treinando no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, ele voltou a trabalhar e residir em Brusque, cidade de Santa Catarina.
Com o CT paulista fechado por conta da pandemia, o paratleta precisou treinar de forma improvisada em casa durante o período mais crítico na quarentena. Segundo ele, mudança para a cidade catarinense, porém, foi importante para se aproximar da família.
+ Goalball vai a Tóquio como favorito e para coroar ascensão
“Doeu muito tomar essa decisão de deixar o CT Paralímpico. Não só pelo carinho que tenho pelos profissionais. Aprendi demais com todos eles e só tenho a agradecê-los. É importante estar mais perto da minha esposa e da minha sogra. Para o meu mental fez muito bem voltar. Família pesa muito”, declarou o nadador para a “Agência Brasil”.
Mais mudanças
Além da mudança de cidade trouxe também a necessidade de Matheus Rheine trocar a sua comissão técnica. A substituição de Felipe Silva, seleção brasileira, por Matheus Diegoli aconteceu após uma tentativa frustrada de trabalho remoto com o comandante que reside em São Paulo.
“Depois de várias conversas, o Diegoli e eu achamos que era o melhor a fazer. Já faz bastante tempo que não temos competições, e queremos aproveitar esse tempo para aperfeiçoar o nado”, declarou.
E Tóquio?
Dono de uma medalha de bronze nos 400m estilo livre da classe S11 (atletas cegos) nos Jogos Paralímpicos de Rio 2016, Matheus Rheine ainda busca a classificação para o evento de Tóquio, adiado para o ano que vem.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK
Sem ter disputado qualquer competição nesta temporada, o paratleta se vê melhor preparado com os trabalhos recentes e espera uma definição oficial do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) para saber qual será o índice e o sistema classificatório para garantir a sua presença nos Jogos Paralímpicos de 2021.
“Estou conseguindo manter o ritmo com intensidade cardíaca um pouco mais baixa, frequência mais controlada. Antes nadava muito desesperado e não conseguia administrar muito a prova. Chegava nos 250 metros e o corpo começava a pagar o preço do desgaste. Agora, detalhe a detalhe, estou ganhando mais confiança. Acho que pode fazer a diferença lá na frente”, completou.