O nadador Guilherme Guido, de 33 anos, vive a expectativa de embarcar para Portugal na próxima sexta-feira (17). O brasileiro, especialista no nado costas, faz parte do primeiro grupo do programa Missão Europa, do COB (Comitê Olímpico do Brasil). Com bons resultados desde a Olimpíada Rio-2016, o atleta viaja com meta de melhorar sua marca nos 100 m pensando em subir ao pódio nos Jogos de Tóquio.
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“Acredito que esse projeto vai ser determinante para o nosso resultado lá em Tóquio. Estive fora da água por mais de 100 dias e aproveitei para fazer bastante trabalho de força nas academias. Isso é vital para minhas provas. E agora nesse mês, eu pude fazer um trabalho de base na água. Assim já vou partir direto para a parte mais forte da preparação lá em Portugal”, afirmou Guilherme Guido em entrevista à “Agência Brasil”.
O brasileiro, que está em Curitiba com sua esposa e a família dela, elogiou o CT Rio Maior, em Portugal. “É um local bem conhecido dos brasileiros. Vamos lá sempre antes de competições importantes na Europa e já treinei lá quatro vezes. É um CT muito bom, com alimentação, hospedagem e deslocamento excelentes. Portugal já tem os casos da Covid-19 bem mais controlados. Então, acredito que tem tudo para dar certo”, disse o atleta.
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Antes da viagem, Guilherme Guido será submetido a testes para detectar se está ou não com coronavírus, condição primordial para ser liberado para o embarque. A primeira delegação do Missão Europa, programa do COB, conta com 74 atletas de cinco modalidades diferentes. Na natação serão 15 competidores e todos ficarão instalados em Rio Maior, município da região metropolitana de Lisboa.
Confiante em seu melhor ciclo
Guilherme Guido conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Além disso, fez duas finais em Mundiais de Piscina Longa, em 2017 e 2019. Na edição do ano passado, em Gwangju, na Coreia do Sul, o nadador quebrou uma barreira e concluiu os 100 m costas abaixo dos 53s pela primeira vez na carreira. O atleta marcou 52s95 e fez o novo recorde sul-americano da prova.
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“Uma sequência muito boa. Sem dúvida, está sendo o meu melhor ciclo. Muito em função dos meus treinos direcionando mais para a qualidade e deixando um pouco de lado o volume”, disse. “Considero que, em Tóquio, dificilmente o pódio vai fechar 51 segundos. Então, se nadar 52 baixo, tenho muitas chances de voltar com uma medalha. Vou para Portugal buscando exatamente isso: tirar meio segundo do meu melhor tempo”, completou.
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Ainda no Mundial de 2019, o revezamento do Brasil garantiu a em Tóquio com o tempo 3min32s58. Na ocasião, a equipe era composta por Guilherme Guido, Vinícius Lanza, João Gomes Júnior e Breno Correia. “O objetivo é estar no pódio também. Estamos batendo na trave desde 2009 em Mundiais e Olimpíadas. Todos sabem que têm potencial. Precisamos estar bem na hora e se doar 100% para chegar lá”, concluiu o nadador.