A live do Olimpíada Todo Dia contou com espectadores ilustres e participativos da natação brasileira que fizeram o nosso trabalho de jornalista mais fácil. Joanna Maranhão, Etiene Medeiros, Daynara de Paula, Fernando Scheffer, Ana Marcela Cunha, dentre outros, marcaram presença no papo com o nadador Brandonn Almeida, nesta quarta-feira (1º), destaque dos 400 metros medley e um dos queridinhos da nova geração das piscinas do Brasil.
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Focado 100% nos treinos, como um bom nadador de medley deve ser, o atleta de 22 anos relembrou momentos da carreira, falou do recorde mundial júnior estampado em sua parede, explicou qual dos estilos do medley gosta mais, e menos, além de ser incentivado pelos colegas presentes a contar uma série de histórias engraçadas com seus companheiros de seleção, mostrando que nos bastidores é também um dos líderes da zoeira.
Medalhas e recorde
Mesmo com apenas 22 anos de idade, Brandonn Almeida já possui na natação feitos que muitos nadadores mais velhos não têm. São cinco medalhas até aqui, sendo duas de ouro (Mundial Júnior Singapura-2015 e Jogos Pan Americanos de Toronto-2015), uma de prata (Singapura-2015) e três de bronze (Toronto-2015, Singapura-2015 e Mundial de Piscina Curta Hangzhou-2018, a mais importante delas, segundo o nadador).
Todas estão estampadas em sua parede, ao lado do certificado do recorde mundial júnior de natação nos 400 metros medley com a marca de 4m14s47, conquistado aos 18 anos de idade. Um feito histórico que Brandonn teve de executar duas vezes.
“Quando você bate o recorde mundial, tem de tirar a foto do número atrás do traje para ver se está tudo ok. No Pan de 2015, eu bati o recorde, mas ele não foi validado, porque não fizeram esse protocolo. Fiquei muito chateado. Mas em novembro ou dezembro, eu quebrei esse recorde de novo,” explicou Brandon.
“Me orgulho muito dele. Pouquíssimas pessoas no mundo podem falar ‘quebrei um recorde mundial’. Que seja no mundial júnior, adulto ou master… É pra poucos,” completou.
A favorita
O recorde mundial júnior veio no na prova que Brandonn mais gosta: os 400 metros medley, uma das mais difíceis da natação por envolver os quatro estilos.
“É a prova que eu tenho mais habilidade. Sempre me senti mais seguro pra nadar. Na verdade, acho que foi o 400 medley que me escolheu, não eu que o escolhi,” disse.
Dos quatro estilos, Brandonn tem um preferido e um que menos lhe agrada. Isso não quer dizer, entretanto, que suas melhores performances venham do nado com o qual mais tem afinidade.
“O que eu mais gosto de treinar é o crawl e o que menos gosto é o costas. Acho o mais difícil de treinar, gasta muita energia por causa da perna. Mas, por ironia do destino, as minhas melhores parciais dos quatro é no costas.”
Causos de Brandonn
À medida em que Brandonn falava de suas preferências nas piscinas, os colegas de seleção iam aparecendo. O primeiro foi seu irmão Bruce, cujo apelido no início da carreira Brandonn revelou ser “tartaruga estilosa”. Depois foi Etiene Medeiros, que comentou a ‘loucura’ de Brandonn de ter o melhor parcial no estilo que menos gosta. Quando outros começaram a entrar, as histórias engraçadas começaram a surgir.
Coleção de toucas
Na aparição de Joana Maranhão, Brandonn não escondeu a admiração que tem por uma de suas maiores inspirações nas piscinas e ainda relembrou um episódio de quando era criança e foi tietar a nadadora durante uma edição do Troféu José Finkel.
“Eu fazia coleção de toucas dos nadadores mais velhos da seleção e ela não me deu [risos]. Mas vou defendê-la: ela foi uma das mais atenciosas comigo só não me deu a touca porque não tinha. E ela assinou minha camiseta. Será que ela ainda tem touca? [risos],” questionou Brandonn.
“Hoje sou eu que peço touca pro Brandonn. Parece que o jogo virou, não é mesmo?”, respondeu aos risos a aposentada nadadora.
Pasta na maçaneta e um voo tenso
No final, houve um grande número de pedidos para que Brandonn contasse mais histórias que protagonizou em viagens com a seleção. Uma delas envolveu uma trollada em outros colegas e outra que revelou um lado um tanto quanto despreocupado do nadador nas alturas.
“No Mundial do ano passado, eu passei pasta de dente na maçaneta. Não fui eu sozinho. Teve gente que não gostou [risos].” relembrou.
“Teve também uma volta do Mundial de 2016 que teve uma super turbulência durante o voo. Todo mundo estava chorando de medo, rezando. O Léo de Deus falando que imaginou que nunca mais podia falar com a mãe… E eu estava rindo e filmando. [risos],” finalizou o nadador.