Uma prova da “organização” do esporte brasileiro, em particular da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, foi mostrada na última terça-feira nas páginas do Diário de S. Paulo, em reportagem assinada por José Eduardo Martins. A demissão, pela internet, do técnico Roberto Chiappini, da seleção brasileira feminina de pólo aquático, seria cômica, se não fosse trágica.
“Foi a estranha a minha saída. “Eu devia pelo menos ter sido comunicado pelos responsáveis. Estava de férias com a minha família no Guarujá e recebi a notícia que me sacaram da seleção por um repórter de um site de pólo aquático. Só depois de publicada uma matéria na internet é que veio um e-mail do diretor de pólo aquático da seleção dizendo que agradecia a dedicação e o profissionalismo com as quais trabalhei na seleção. Foi o único contato que tive”, lembra o técnico, na reportagem do Diário de S. Paulo.
O caso é surreal, para não dizer ridículo. O presidente da CBDA, Coaracy Nunes, que tanta lambança já produziu em relação ao campeão olímpico César Cielo, precisa se posicionar sobre isso urgentemente. Vale lembrar que a seleção feminina de pólo aquático se prepara para o Mundial da modalidade, a partir de 18 de julho, na Itália. Agora, a equipe está sendo dirigida por Pablo Cuesta.
No final, é preciso que fique registrada a mágoa de Chiappini. “Nunca tive qualquer tipo de problema, de indisciplina. Isso contanto a minha época de atleta. Acho que, por tudo isso, merecia um pouco mais de consideração.”