Eu só queria entender uma coisa: o que acontece com alguns atletas, especialmente brasileiros, quando resolvem falar alguma coisa em eventos de grande repercussão, como é o caso dos Jogos Olímpicos?
A nadadora Joanna Maranhão fez uma bela prova nas eliminatórias dos 400m medley, inclusive terminando sua série em primeiro lugar, recuperando nos metros finais. Ainda assim, ficou apenas em 17º no geral e ficou eliminada. Eis que ao sair da piscina, a pernambucana disparou esta pérola: “Estou mais feliz do que muito campeão olímpico”.
Como é? Ela é eliminada de uma prova na qual chegou à final olímpica quatro anos antes, com um tempo pior (4min40s18 contra 4min40s00 de 2004) e ainda está feliz? Pergunta se o Phelps ficaria feliz se ficasse em 17º nas eliminatórias de alguma prova.
Tudo bem que não se pode cair na banalização geral que ocorre no Brasil, graças à monocultura do futebol, onde nada que não seja o primeiro lugar é valorizado. Mas daí a ressuscitar o slogan do Barão de Coubertin (“o importante é competir”) vai uma longa distância…