Poucas vezes se viu, no esporte brasileiro, um caso tão polêmico como o que envolve a nadadora Rebeca Gusmão, suspensa preventivamente pela Federação Internacional de Natação (Fina) em razão de alterações anormais de níveis de testosterona, que apareceram em um exame realizado antes do Pan do Rio.
A nota divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) de que o material coletado em um dos exames da nadadora feitos durante o Pan contém material coletado de diferentes pessoas é um escândalo. Dificilmente a nadadora escapará de uma pena pesadíssima (provavelmente sua eliminação do esportes), mas o caso respingará em outros cantos também.
Por que será que a diretora-médica da CBDA, Renata Castro, pediu afastamento alegando “motivos pessoais”, tão logo a nota foi divulgada? Se for comprovado que houve fraude nos exames de Rebeca, quem pode garantir que outros exames realizados no Pan também não foram fraudados? E os exames feitos pela CBDA será que estão blindados de fraudes também?
Com o perdão do trocadilho infame, muita água ainda irá rolar neste caso.