Aos 30 anos, Daniel Dias tem 24 medalhas paralímpicas na carreira, o maior atleta brasileiro na categoria. Após vivenciar várias temporadas em âmbito profissional, Daniel é um veterano que acompanhou a evolução do esporte paralímpico. Em entrevista para o Olimpíada Todo Dia durante o Prêmio Paralímpicos 2018, avaliou o desempenho no ano e quer “realizar sonho” em Tóquio.
“Eu me sinto veterano em todos os sentidos, agora. Antes eu brincava que eu era veterano, mas não tinha uma idade avançada. Com 30 anos eu sou veterano em todos os sentidos, é gratificante para a gente. Viver essa evolução do esporte paralímpico é muito bacana. Ter um prêmio paralímpico já é bacana. Estar no Centro Paralímpico, num prêmio como esse, é gratificante demais”, comemorou.
O bom desempenho na última temporada aumenta o desejo para disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020. Apesar do prêmio garantido, o objetivo maior é alcançar a vaga olímpica através do Mundial e do Parapan, que serão disputados em 2019.
“Um ano (2018) espetacular, um ano incrível mais uma vez. Um ano de grandes conquistas, mas também de grandes mudanças, de reflexões. Para mim, esse prêmio que eu ganhei da natação vem para coroar essas mudanças de um ano que foi bem bacana; Tóquio já está aí, como eu costumo dizer. 2019 é um ano que tem Mundial e Parapan, então é aonde a gente vai abrir vagas para o Brasil em Tóquio. Eu espero que, mais uma vez, a gente represente bem o Brasil”, ressaltou.
A proximidade da Olimpíada de 2020 revela a ansiedade de Daniel Dias. Vivenciar a realidade de Tóquio alimenta o desejo de ver o esporte paralímpico ser tratado com respeito.
“O sonho é Tóquio. Não tem como não ser, não tem como não pensar. Quinze dias atrás eu estava lá em Tóquio, pude viver esse momento. Agora, é tentar realizar e concretizar esse sonho; O que mais me surpreendeu não foram as estruturas prontas. Por incrível que pareça, já está quase tudo pronto. O que mais me surpreendeu foi ver que eles tratam por igual os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos. Isso nos alegra, isso nos deixa muito felizes e mostra que estamos no caminho certo para consolidar o movimento paralímpico, não só no Brasil, mas no mundo”, finalizou.