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Nado Artístico

Maria Bruno mostra lado otimista e acredita na vaga em Tóquio

A atleta do nado artístico foi a entrevistada da live desta quarta-feira (23) no perfil oficial no Instagram do Olimpíada Todo Dia.

Maria Bruno Nado Artístico Tóquio
Maria Bruno está confiante na vaga aos Jogos de Tóquio (Instagram/maria_bruno)

Maria Bruna, de 28 anos, é atleta do nado artístico e defende o Fluminense e a seleção brasileira. No momento, ela treina no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, mas voltou aos trabalhos em alto nível na Missão Europa, em Portugal. Lá ela esteve ao lado de suas companheiras Laura Miccuci e Luísa Borges. Com foco nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a esportista mostrou seu lado otimista na busca da vaga.  

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“Estamos treinando forte para poder chegar ao pré-olímpico e conseguir a vaga. Estamos disputando aproximadamente com uns cinco países e estamos confiantes. Acredito que vamos conseguir. Seguimos focadas, primeiro para o pré-olímpico e, depois, para os Jogos de Tóquio. Sou otimista em todos os aspectos da minha vida e meu sonho é ir para a Olimpíada”, destacou Maria Bruno em live do Olimpíada Todo Dia.

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A atleta do nado artístico quer aproveitar o adiamento dos Jogos de Tóquio para se aperfeiçoar. “Temos que trabalhar do jeito que é possível no momento. Agora nós vamos ter mais tempo para aperfeiçoar nossa coreografia, ver o que não estava dando certo, fazer algumas mudanças, e treinar um pouco mais nossa parte técnica. Será importante aproveitar esse período mais longo que ganhamos”, disse Maria Bruno.

Período em Portugal

Maria Bruno Nado Artístico Tóquio
Maria Bruno é atleta do Fluminense e da seleção brasileira (Instagram/maria_bruno)

Quando voltou aos treinamentos, Maria Bruno acabou até se sentindo um ‘peixe fora d’água’. Na retomada, a atleta teve que lidar com a falta de força nos braços. Umas duas semanas antes de viajar para Portugal, a esportista do nado artístico começou a treinar na piscina do CEFAN (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), no Rio de Janeiro. Esse período de trabalho na parte física ajudou na chegada à Missão Europa.

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“Rio Maior foi muito legal. No nado artístico precisamos ficar bem próximas e não estávamos conseguindo. E pudemos fazer isso em Portugal. Foi bem produtivo. Conseguimos voltar a fazer o que realmente precisamos no nosso esporte. Quando voltamos ao Brasil o Maria Lenk já estava reabrindo e demos sequência”, afirmou Maria Bruno, que comentou sobre o entrosamento com as parceiras.

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“Nosso entrosamento é ótimo. Na parte dentro da água estamos buscando e querendo chegar ao nosso melhor. Mas, fora da piscina, nos damos super bem. A nossa rotina é super para cima. Nos quatro, as três atletas (Luisa Borges e Laura Miccuci) e a Twila Cremona, nossa técnica. Não ficamos sem nos falarmos nesse período fora das piscinas. Nos encontrávamos todos os dias, só não fisicamente”, completou a atleta do nado artístico.

Experiência olímpica

Maria Bruno Nado Artístico Tóquio
Maria Bruno esteve nos Jogos Olímpicos Rio-2016 (Instagram/maria_bruno)

Maria Bruno pratica o nado artístico a aproximadamente 20 anos e viveu uma das suas maiores emoções nos Jogos Olímpicos Rio-2016. “Foi arrepiante. Foi melhor do que eu pensava. Quando entramos eu ouvi aquele público todo gritando e me arrepiei na hora. Na entradinha o meu olho encheu de água. Diria que foi o auge da minha carreira. Um dos momentos marcantes”, afirmou a atleta, que lembrou também de outro momento.

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“Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em 2011, também foi muito especial. Foi o meu primeiro Pan adulto e conquistamos a medalha de bronze. Estávamos disputando com as mexicanas e ganhamos dentro da casa delas. Foi mega emocionante. Esses dois momentos foram tops“, apontou Maria Bruno, que revelou frustração quando não ganhou medalha na edição de 2015, em Toronto.  

“O meu pior momento foi após o Pan-Americano de 2015. Essa foi a vez que perdi e fiquei arrasada. Tínhamos a medalha bronze em 2011 e ficamos em quarto, perdendo a medalha da edição anterior. Naquele momento o meu mundo caiu. Mas eu cresci muito com aquele momento. No fundo sempre tem que enxergar as coisas boas. Valeu a pena ter essa vivencia para chegar bem preparada na competição seguinte”, declarou a atleta.

Homens no nado artístico

Maria Bruno Nado Artístico Tóquio Fabiano Ferreira
Maria Bruno e seu parceiro de dueto Fabiano Ferreira (Instagram/maria_bruno)

Assim como sua parceria Luisa Borges, Maria Bruno também é favorável a inserção dos homens no nado artístico. Inclusive, a atleta já formou dupla com Fabiano Ferreira no dueto misto. Ao comentar sobre essa prova, que já faz parte do quadro de eventos do Mundial da modalidade, a esportista revelou algumas curiosidades de como é competir ao lado de um homem.

“É diferente. Vou contar algumas curiosidades sobre o dueto misto. No nado artístico temos que ficar nadando muito perto um do outro, assim como na prova feminina. E, de vez em quando, nos chutamos. Agora imagina só como é levar um chute do Fabiano, meu parceiro. Quando isso acontece, eu brinco com ele por causa da dor: ‘você é muito forte’. Essa foi a primeira curiosidade, mas tem mais”, contou.

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“O Fabiano é muito forte e quando me joga para o alto parece que estou treinando com toda a equipe, tenho a impressão que tem mais de uma pessoa me jogando para cima, já que ele me joga muito alto. Sempre tive essa sintonia com o Fabiano desde que começamos a treinar junto”, relatou Maria Bruno, que sonha com a entrada do dueto misto nos Jogos Olímpicos.

“Acho o máximo (inclusão dos homens). O Fluminense tem uma equipe masculina e acho isso incrível. Eles tinham que viajar mundo afora para mostrar essa equipe para todo mundo. Agora, aos poucos, os homens estão entrando no esporte e acho isso muito legal. O dueto misto já está incluído no Mundial, mas estamos na luta para que entre também nos Jogos Olímpicos e no Pan-Americano”, concluiu a atleta do nado artístico.  

Live completa com a Maria Bruno

* Com Fernanda Zalcman

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