8 5
Siga o OTD

Nado Artístico

Com sete ouros, Brasil é campeão sul-americano juvenil de nado sincronizado

Na última noite de Campeonato Sul-Americano Juvenil de Nado Sincronizado, o Brasil comemorou o título da competição, na piscina Pan-Americana de Cali, na Colômbia, ao somar 154 pontos. Anna Giulia Veloso, no solo junior, e Jullia Catharino e Rafael Garcia, no dueto juvenil, garantiram que as últimas medalhas de ouro da competição fossem do Brasil, neste sábado, 29/04. Em oito provas realizadas, divididas nas categorias juvenil – ate 15 anos – e junior – 16 a 18 -, entre os dias 25 e 29/04, o Brasil conquistou sete ouros e uma prata, em mais uma forte campanha, que mantém a hegemonia sul continental.

Na segunda colocação geral ficou a Colômbia, com 141 pontos, seguida pelo Chile, na terceira posição, com 92 pontos. Nas divisões de categoria o Brasil também levou a melhor. No Junior, as brasileiras somaram 78 pontos. A Colômbia ficou com a segunda colocação, com 71, e o Chile em terceiro, ao somar 45 pontos.

No juvenil o Brasil, chegou a marca de 76 pontos, seis a mais que a Colômbia, mais uma vez, segunda no ranking. O Chile também manteve a terceira colocação, no juvenil, com 45 pontos.

Anna Giullia Veloso, com 142.8798 pontos, conquistou a maior nota das sete solistas que se apresentaram na ultima etapa do Sul-Americano. Com 142.0357, Bianca Enei, do Chile, conquistou a prata, seguida por Valentina Guerrero, da Colômbia, com 141.2298 pontos.

– Estava muito focada nessa prova, porque tinha que superar duas atletas (pois ficou atrás com a pontuação de figuras), então estou muito feliz porque consegui. Consegui me manter fria, porque qualquer abalo pode acabar com a competição. Estou com a sensação de dever cumprido e com um resultado muito bom. No solo, temos que sentir muito a música. A impressão artística é muito importante e eu consegui isso – comentou a emocionada Anna Giulia.

Além da medalha do solo, Anna Giulia, conquistou o primeiro lugar no dueto, com Laura Miccuci, na equipe e no combo, junto com as atletas de junior. Anna foi eleita a melhor atleta da competição, conquistando o prêmio “Señor de Sipan”.

– Não esperava, meu objetivo era ganhar todas as provas, mas isso foi surpreendente. Estou muito emocionada, porque tinha muitos objetivos antes de vir aqui e conquistei todos eles. Saio da Colômbia realizada e com a certeza que esses resultados serão muito importantes na minha carreira – completou Anna Giulia.

A treinadora da seleção junior, Priscila Pedron, comentou a importância destas competições internacionais de base, na formação do atleta.

– É fundamental essa vivência de competição internacional, porque elas se preparam e aprender a superar o nervosismo e ir em busca do resultado. Este é o primeiro degrau de muitos que elas terão que vencer. A competição foi ótima, as meninas reagiram muito bem a pressão de disputar na Colômbia, sendo as donas da casa suas adversárias diretas. A competição foi nervosa e as meninas tiveram que superar essas questões emocionais. Tivemos treinamentos muito bons, em uma evolução, que deu resultado na competição. O trabalho foi bem realizado e as atletas mostraram sua superioridade, mostrada em 100% de aproveitamento nas provas.

Na última prova da competição, o dueto juvenil, a dupla brasileira, Júllia Catharino e Rafaela Garcia, garantiram que o último hino a tocar na piscina pan-americana de Cali, fosse, mais uma vez, o brasileiro. As brasileiras somaram 136.3777 pontos, com o tema “rock”, com um “mix” do gênero musical, e levaram o título. Na segunda colocação ficou a dupla do Chile, com 130.9107. O Uruguai, com 129.6803, garantiu o bronze.

– A sensação de que todos os treinos valeram a pena é muito boa. A energia que sentimos e transmitimos neste dueto foi fundamental. Éramos a mesma pessoa, com os movimentos vigorosos e fortes. Só de estar aqui e representar o Brasil já estava muito feliz, mas subir ao pódio e ouvir o nosso hino é indescritível – comentou Rafaela Garcia.

Júllia Catharino, dupla de Rafaela no dueto, conquistou além da prova em dupla, as medalhas de equipe (livre e combo) e também o primeiro ouro do Brasil na competição, na prova de solo, disputada no primeiro dia.

– Abrir e fechar a competição com os ouros foi muito emocionante, a realização de todos os esforços. A prova de hoje foi maravilhosa, com uma energia muito boa, apoio da plateia e uma pontuação muito boa. A prova de solo foi muito emocionante pra mim, porque tive que recuperar os pontos de figura, então foi uma conquista na raça. Cada vez, nós queremos mais e ver aqui que todos os sacrifícios que fazemos para treinar, são muito importantes – comentou Júllia Catharino, de 14 anos, que disputa em Cali sua segunda competição sul-americana.

A treinadora da seleção junior, Twila Cremona, comentou os pontos fortes da campanha campeã das meninas do Brasil.

– As meninas nadaram muito bem, em todas as provas, querendo muito fazer o melhor. Não entendi os dois décimos que faltaram no combo, mas a gente não abaixou a cabeça e seguiu, conseguindo todos os melhores resultados, no dia seguinte. Esta equipe mostra uma união que faz a diferença na hora da coreografia, além de técnica que elas já apresentam. O Brasil está de parabéns – analisou Twila Cremona, treinadora da seleção juvenil.

Enquanto muitas das 20 meninas estão disputando sua primeira competição sul-americana, pela seleção, um trio de atletas diz adeus a esta disputa, na categoria de base. São elas Rafaella Catharino, Monique Rupitsch e Gabriela Teixeira.

Gabriela Teixeira, uma das mais experientes, e disputando seu terceiro sul-americano, ressaltou a evolução no entendimento da competição. “No primeiro eu não tinha muita noção. No segundo, eu já entendia melhor, sabia que existia a pressão de ganhar e isto foi crescendo cada vez mais. Nós somos favoritas e temos que nos manter assim. Na nossa equipe tem duas novatas e tivemos que passar tudo para elas, o mais rápido possível, para que elas entrassem no ritmo. Aqui estamos bem unidas e esse é um diferencial do time” comentou Gabriela.

Rafaela e Monica, ambas em seus segundos e últimos campeonato sul-americano de categorias, também comentaram a importância de deixar um legado campeão para as próximas gerações.

– Esta competição foi mais uma experiência incrível. Passamos nossos aprendizados para as mais novas, para puxar elas pra cima e com isso os times evoluírem juntos. Fizemos nadadas muito boas, como as do combo, em que curtirmos o momento. Sentimos que estávamos bem dentro d’água e que o melhor estava por vir e veio. Queríamos muito esse resultado – comentou Rafaela

– Na minha estreia em sul-americanos não tinha muita noção de como eram as rotinas na seleção. Agora aqui, tudo está sendo melhor, até mais do que esperávamos. Sabíamos que não seria fácil disputar as provas contra as colombianas, dentro da casa delas, mas conseguimos superar isso muito bem e mostrar nossa qualidade na água. O Brasil sempre foi favorito e conseguimos trabalhar isso bem -completou Monique.

Resultados

Juvenil

Solo

1) Julia Catharino – Brasil – 140.076

(22.000 – execução / 29.2000 – impressão artística / 20.6000 – dificuldade)

2) Clara Mello – Uruguai – 138.079

3) Sofia Martinez – Chile – 134.839

Dueto

1) Brasil – Jullia Catharino e Rafaela Garcia – 136.3777

(20.3000 – exec. / 27.4667 – Imp. Art. / 21.2000 Dificuldade)

2) Chile – 130.9107

3) Uruguai – 129.6864

Equipe

1) Brasil – Rafaela Pradal, Jullia Soares, Rafaela Garcia, Victoria Gomes, Sara Ribeiro, Lara Lindner, Milla Jaddy, Lorena Leão, Maria Luiza Fonseca e Maya Okuyama – 131.4916

(19.4000 – exec. / 27.2000 – Imp. Art. / 19.5000 – Dificuldade)

2) Colômbia – 130.8267

3) Chile – 126.5848

Combo

1) Colômbia – 68.9000

2) Brasil – Rafaela Pradal, Julia Catarino Soares, Maria Luiza Fonseca, Rafaela Garcia, Victoria Gomes, Sara Ribeiro, Lara Lindner, Maya Okuyama, Milla Jaddy e Lorena Leão – 68.7667

Junior

Solo

1) Brasil – Anna Giulia Veloso – 142.8798

2) Chile – Bianca Enei – 142.0357

3) Colômbia – Valentina Guerrero – 141.2298

Dueto

1) Anna Giulia e Laura Miccuci – Brasil – 145.8161

(22.800 – execução / 29.4667 – impressão artística / 20.1000 – dificuldade)

2) Melisa Correa e Laura Marcela – Colômbia – 142.3196

3) Bianca Enei e Catalina Alende – Chile – 139.6494

Equipe

1) Brasil – Caterina Trofa, Rafaella Catharino, Vitoria Casale, Laura Miccuci, Anna Giulia Veloso, Vitoria Serafini, Gabriela Teixeira, Clara Noriega, Rebecca Rodrigues e Monique Rupitsch – 141.4943

(21.7000 – exec. / 28.1333 – Imp. Art. / 22.6000 – Dificuldade)

2) Colômbia – 139.1430

3) Argentina – 134,6218

Combo

1) Brasil – Caterina Trofa, Rafaella Soares, Vitoria Casale, Laura Miccuci, Rebecca Rodrigues, Anna Giulia Veloso, Monique Rupitschi, Vitoria Serafini, Gabriela Teixeira e Clara Noriega – 72.2000

(22.3000 – exec. / 28.8000 – Imp. Art. / 21.1000 – Dificuldade)

2) Colômbia – 70.7667

Delegação do Brasil

Juvenil

Rafael Pradal, Júlia Catarino Soares, Maria Luiza Fonseca, Rafaela Garcia, Victoria Gomes, Sara Ribeiro, Lara Lindner, Maya Okuyama, Milla Jaddy e Lorena Leão.

Junior

Caterina Trofa, Rafaella Catharino Soares, Vitoria Casale, Laura Miccuci, Rebecca Rodrigues, Anna Giulia Veloso, Monique Rupitsch, Vitoria Serafini, Gabriela Teixeira, Clara Noriega

Comissão Tecnica:
Priscila Pedron, Twilla Cremona, Nathalia Steves e Ligia Bahu.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

Mais em Nado Artístico