Após os títulos de 2011 e 2015, Ana Marcela Cunha ganhou em Budapeste pela terceira vez a prova de 25km no Mundial de Esportes Aquáticos
Ana Marcela Cunha fez história nesta sexta-feira no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado em Budapeste, na Hungria. A brasileira se tornou tricampeã do mundo dos 25km ao vencer a prova com o tempo de 5h21min58s, superando a holandesa Sharon Van Rowendall, que ficou com a medalha de prata, e a italiana Arianna Bridi, que terminou com o bronze.
Após completar a prova em primeiro lugar, Ana Marcela Cunha revelou que se inspirou em Cesar Cielo, tricampeão dos 50m livre em 2009, 2011 e 2013 e dono de seis medalhas em Mundiais, para alcançar o resultado. “Quando eu entrei para competir, pensei muito no Cesão. Queria fazer algo que nunca nenhuma mulher tinha feito e me igualar a ele”.
Dito e feito. Ana Marcela Cunha não só conquistou o tricampeonato mundial dos 25km como também ganhou sua terceira medalha na atual edição do Mundial de Esportes Aquáticos. Antes do ouro conquistado nesta sexta-feira, ela foi bronze nos 10km e nos 5km. “Eu treinei muito nas últimas oito semanas e pensei muito na prova dos 5km. Mas depois de ganhar duas medalhas de bronze, eu vim mais motivada para os 25km. É um grande recomeço para mim. É aqui eu tudo recomeça para ir em busca de um grande resultado em 2020”, afirmou a nadadora, que entrou na Olimpíada do Rio de Janeiro, ano passado, como uma das favoritas ao pódio, mas saiu dela apenas com a décima colocação.
Ana Marcela Cunha começou a prova bem relaxada, tanto que optou por dar uma bomba na largada para mergulhar na água. “Você não pode entrar numa prova que vai durar cinco ou seis horas muito tensa. Tem que entrar feliz. Entrei super relaxada para fazer aquilo que eu amo. Deixo o pessoal ir levando, sabia que tinha concorrentes fortes, mas fiz muitas provas neste Mundial e tinha que me poupar para chegar bem na reta final”, explicou.
A verdade é que a largada foi o único momento de brincadeira para Ana Marcela. Segundo o técnico Fernando Possenti, a brasileira fez tudo certo e teve como uma das vantagens para chegar à vitória o fato de ter conseguido acompanhar o ritmo dos homens quando eles, que largaram depois, alcançaram as mulheres. “Ela fez a estratégia direitinho. Foi muito bem e conseguiu se posicionar quando os homens chegaram. Só ela e mais duas conseguiram. Ela fez tudo certo”, elogiou.
A outra brasileira na prova, Betina Lorscheitter não conseguiu completar a prova. No masculino, Allan do Carmo ficou em 13º e Victor Colonese terminou em 22º. O vencedor dos 25km foi o francês Axel Reymond.