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Mundial de Esportes Aquáticos

Brasil fica em 6º no revezamento de Águas Abertas 5km

CBDA/Divulgação

O time do revezamento brasileiro de Águas Abertas 5km terminou em sexto lugar a prova que já está no programa mundial há três edições, mas agora com novo formato. Semelhante aos revezamentos em piscina, a disputa na madrugada desta quinta-feira (20), teve trocas entre Allan do Carmo, Viviane Jungblut, Ana Marcela Cunha e Fernando Ponte, que finalizaram a prova em 55m19s60, com 1m13s70 de diferença para os franceses da campeã mundial dos 10km, Aurelie Muller, primeiros colocados que marcaram 54m05s90. O pódio foi completado com a prata dos Estados Unidos (54m18s10) e o bronze da Itália (54m31s00), que tinha a medalhista olímpica Rachele Bruni na equipe.

Allan do Carmo falou sobre como foi abrir o revezamento brasileiro.

— É uma sensação diferente porque no revezamento você tem a responsabilidade de nadar por você e pelos outros da equipe. Com certeza aqui cada um deu o seu melhor. O Brasil foi muito bem. A gente aprendeu muito com a prova de hoje porque cada detalhe e a montagem da equipe faz a diferença. Foi um aprendizado muito grande. Só tenho que dar os parabéns a todos os atletas. Fomos vitoriosos.

Como em toda prova de revezamento, a estratégia é essencial e o Brasil optou por abrir e fechar com os homens e colocar as mulheres no meio da prova. Ele abriu a disputa e ao longo dos 1250m foi ganhando posições até entregar para Viviane em terceiro, com 14m08s60. Com a americana Ashley Twichell, campeã dos 5km na água, os Estados Unidos que estavam no primeiro pelotão desde o início começaram a despontar para pódio, bem como Itália e  França. Grã Bretanha e Japão, que começaram na frente, terminaram respectivamente em quinto (54m51s10) e nono lugar (55m54s0). Viviane fechou com 28m26s9 e na oitava posição. Ana entregou para Fernando Ponte em décimo, com 42m42s6 de prova e Fernando encerrou com 55m19s6.

— Eu, o Fernando Possenti e o Rogério Arapiraca montamos juntos a estratégia. Claro que é uma prova nova e a gente não sabia a formação das outras equipes. A Europa já nada essa prova nos campeonatos europeus. A gente está aprendendo, mas acho que a gente pode melhorar muito para as próximas competições — explicou o técnico Kiko Klaser.

Viviane e Ana ficaram com a tarefa de manter o grupo nas primeiras posições.

— É uma prova em que a estratégia conta bastante. Foi uma prova forte, mas acho que todo mundo nadou bem — disse Viviane.

Ana Marcela comentou sobre o novo formato da disputa mista de revezamento em maratonas aquáticas e questionou a metragem.

— É diferente. A gente está mais acostumado com longas distâncias. Daí o nome “maratonas aquáticas”. Não sou muito a favor com 1250 porque isso privilegia alguns nadadores de piscina. Sou a favor ao formato de quatro atletas, mas na distância de 5km. Sou a favor de uma prova um pouco mais de resistência, que é a nossa prova, mas a gente estava pronto. Demos o melhor. Não saímos com a medalha, mas a sexta colocação pra gente foi muito boa.

Fernando, quinto do mundo nos 5km, fechou a disputa e destacou o nível da competição.

— Eu já peguei um pouco mais limpo o pontão, então não tive tanta dificuldade, mas vendo as outras passagens foi bem conturbado. A prova hoje foi um jogo de xadrez, desde o início da competição tentando montar a melhor estratégia e foi bom o sexto lugar porque o nível técnico foi muito alto.

17º Mundial dos Esportes Aquáticos de Budapeste – Maratonas Aquáticas – Resultados

5km revezamento
6º Brasil — Allan do Carmo, Viviane Jungblut, Ana Marcela Cunha e Fernando Ponte

5km feminino
3º Ana Marcela Cunha
20º Betina Lorscheistter

10km masculino
19º Fernando Ponte
29º Allan do carmo

10km feminino
3º Ana Marcela Cunha
12º Viviane Jungblut

5km Masculino
5º Fernando Ponte
40º Victor Colonese

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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