Era para ele nem estar lá. Nicholas Santos, de 39 anos, foi para o Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju 2019 convidado pela FINA. Ele sai da Coreia do Sul com a medalha de bronze.
Caeleb Dressel venceu a prova, seu segundo ouro neste mundial, com tempo de 22s35. Oleg Kostin ficou com a prata com 22s70. Nicholas fechou o pódio com 22s79.
Com a medalha, o brasileiro faz história ao ser, pelo terceiro mundial consecutivo, o medalhista individual mais velho da competição. A marca em 2019 já está garantida por ele ser o mais velho entre os competidores na piscina. Em 2015 e 2017, foi medalha de prata na mesma prova.
O bronze foi por pouco: Nicholas bateu um centésimo de segundo antes de Michael Andrew. O americano é 19 anos mais novo que o brasileiro.
Após a prova, ele explicou o segredo da longevidade. “Eu sou bem focado no que eu faço. Acho que o segredo está aí,” contou ao repórter Paulo Roberto Conde do SporTV. Completou dizendo que a genética também ajuda.
É a terceira medalha do Brasil neste mundial, a primeira na piscina. Ana Marcela Cunha venceu dois ouros na última semana, nadando em águas abertas.
Guido na final
Após quebrar o recorde sul-americano nas eliminatórias, Guilherme Guido terminou com o sétimo melhor tempo na semifinal, nadando 53s23.
A prova foi marcada por uma polêmica da manhã de hoje em Gwangju. Nove nadadores disputaram cada série, em vez de oito, por conta de problemas com o aparelho em que os atletas se seguram antes do nado costas. Por isso, o italiano Simone Sabbioni e o trinitino Dylan Carter puderam fazer uma segunda prova, apenas contra o tempo.
Para a final, o aparelho não foi utilizado.
Scheffer perde vaga por pouco
Fernando Scheffer não conseguiu vaga na final dos 200m nado livre por sete centésimos. Após marcar 1m45s83 na primeira semifinal, ficou de fora após uma segunda série apertada, que viu cinco nadadores separados por menos de quatro décimos de segundo.
A última vaga ficou com o italiano Filippo Megli, com 1m45s76.