Antes de estrear no Mundial masculino, havia a certeza de que o handebol brasileiro teria vida muito complicada. Sim, aquela história toda que escrevi bastante por aqui: grupo da morte, preparação atribulada, crise da modalidade etc.
Mas uma coisa é inegável. Ao encerrar sua participação no Mundial nesta quarta-feira, com uma vitória por 32 a 29 sobre a Islândia, em Colonia (ALE), o Brasil mudou de patamar no handebol masculino mundial.
O 9º lugar, confirmado nesta quarta-feira, é o melhor resultado já obtido por uma seleção masculina de handebol em mundiais.
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Esta evolução não pode ser considerada totalmente uma surpresa. Ao contrário do feminino, que chegou ao título mundial em 2013, o handebol masculino brasileiro foi subindo aos poucos. A classificação para as quartas de final na Olimpíada Rio-2016 já era um sinal disso.
Se a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) não tivesse se afundado em uma crise política e financeira a partir de 2017, com a debandada de patrocinadores, é provável que o cenário estivesse bem melhor.
Em quadra, porém, com um time experiente, onde quase todos os seus integrantes atuam na Europa, a seleção encarou todos os rivais sem complexo de inferioridade.
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Foram três derrotas normais (França, Alemanha e Espanha, que estão em um patamar acima), e QUATRO vitórias diante de europeus. Nunca antes o handebol brasileiro havia conseguido isso. Ao superar Sérvia, Rússia, Croácia e Islândia – times que nunca havia vencido -, o Brasil mostrou que precisa ser encarado de uma forma diferente.
Certamente a seleção brasileira estará na Olimpíada de Tóquio-2020. E pelo que mostrou neste Mundial, não será para fazer figuração.
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