O basquete masculino brasileiro não deixou uma boa impressão em sua despedida de 2018. A derrota para o Canadá nesta segunda-feita (3) por 94 a 67, pelas eliminatórias do Mundial de 2019, na China, foi preocupante. O fraco desempenho do time comandado pelo croata Aleksandar Petrovic, chegou a assustar em alguns momentos.
É bom ressaltar que o selecionado canadense nem estava com sua força máxima. O time estava desfalcado de pelo menos oito atletas, alguns inclusive que atuam na NBA.
Ainda assim, mostraram um volume de jogo impressionante a partir do segundo quarto, quando tomaram a dianteira do marcador e assim ficaram até o final da partida. Muito por conta do impressionante aproveitamento ofensivo da equipe. Foram absurdos 60% nos arremessos de dois pontos e 39,3% em tiros de três.
Já o Brasil teve que se contentar com 37,1% nos chutes de dois pontos e 24% nos arremessos de três pontos.
Números ruins à parte, é fato que a situação do basquete brasileiro para carimbar sua vaga no Mundial é relativamente tranquila.
Novo sistema de disputa
Reformulado pela Fiba (Federação Internacional de Basquete), o Mundial masculino tem agora sua fase de qualificação disputada nos moldes do que ocorre no futebol, com a Copa do Mundo.
Espalhadas ao longo dos últimos dois anos em datas específicas, as eliminatórias continentais são jogadas no sistema ida e volta, nos respectivos grupos. Nesta segunda fase, o Brasil integra o Grupo F, onde ocupa a terceira posição, com 17 pontos.
À sua frente estão Venezuela (19) e Canadá (18), ambos já classificados para o Mundial.
Na chave E, Argentina e Estados Unidos já estão classificados, enquanto Uruguai e Porto Rico disputam a terceira vaga.
A próxima “janela” está marcada para fevereiro de 2019 e o Brasil terá que fazer seus dois últimos compromissos fora de casa. Por sorte, o primeiro deles será contra Ilhas Virgens, que é o saco de pancadas da chave. Apenas duas vitórias em dez jogos.
Mas se sofrer uma pane como nesta segunda-feira e tiver que decidir sua vaga na última partida, pode encontrar problemas.
O último jogo será contra a República Dominicana, derrotada pela Brasil na última sexta-feira por 100 a 82. Com 16 pontos, ainda sonha com sua classificação.
Uma vitória classificará o Brasil como um dos três melhores de seu grupo. E ainda assim, se tudo der errado e perder suas duas próximas partidas, a seleção masculina poderá avançar como o melhor quarto colocado entre os dois grupos.
Apesar da má impressão deixada no Ginásio Wlamir Marques, o basquete brasileiro tem tudo para assegurar sua classificação. Só não pode sofrer novos apagões como o desta segunda-feira.
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