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Seleção Brasileira

Os bons sinais deixados pela ginástica do Brasil após o Mundial

Não foi só a medalha de prata de Arthur Zanetti nas argolas. O desempenho dos ginastas brasileiros em Doha deixa um clima de esperança para a Olimpíada deTóquio-2020

O encerramento do Mundial de Doha (QAT) neste sábado (3) deixou bons sinais para a ginástica artística do Brasil.  Embora tenha conquistado uma prata com Arthur Zanetti nas argolas, ficou a sensação de que o saldo poderia ser melhor.

Em uma análise mais “otimista”, é possível dizer que o Brasil deixou escapar duas medalhas por detalhes. Neste sábado, se não fosse um pisão fora do tablado, Flavia Saraiva poderia ter medalhado na final do solo. Acabou em quinto lugar.

O mesmo raciocínio pode ser aplicado com o outro finalista do dia, Caio Souza, no salto sobre a mesa. Após um bom primeiro salto, cometeu um erro no segundo, quase deu de cara no colchão e ficou em oitavo.

A teoria do “se” pode ser aplicada em outras atuações dos brasileiros ao longo desta semana: Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Francisco Barreto… Sempre ficou no ar aquele “se”, de que o desempenho poderia ter sido ainda melhor.

Pontos positivos

Mas não se pode negar que houve pontos positivos. Por exemplo, uma inédita classificação à final por equipes dos times feminino e masculino. Ou o oitavo lugar de Flavia Saraiva no individual geral feminino (Jade ficou em 15º). As mulheres não chegavam a uma final nesta prova desde 2007. O Brasil foi o quinto país com maior presença em finais (sete no total).

A própria presença das equipes dos dois naipes entre os 24 melhores do mundo deixou o Brasil com direito a levar time completo para o Mundial de Stuttgart, em 2019, quando serão definidas as nove vagas restantes para Tóquio-2020. De fato, há motivos para ter otimismo nesta caminhada até os Jogos Olímpicos.

Tudo isso em um dos anos mais complicados da história da modalidade no país. O escândalo de assédio sexual envolvendo o ex-treinador da seleção masculina, Fernando de Carvalho Lopes, acusado de abusar  de 42 atletas, respingou até na CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).

A entidade foi julgada pelo Conselho de Ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil), por omissão, mas acabou absolvida.

Por tudo isso, os resultados do Mundial de Doha são bastante comemorados pela entidade.

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