A notícia passou um tanto despercebida no último final de semana. A Fiba (Federação Internacional de Basquete) anunciou no sábado (9) a sede da Copa do Mundo masculina de 2023. E mesmo com a sede do próximo torneio, em 2019, marcado para a China, a entidade não pensou duas vezes ao manter o torneio na mesma região. Pela primeira vez, com a organização dividida em três países: Filipinas, Indonésia e Japão.
A sinalização dada pelo basquete pode ser aplicada, de modo geral, no esporte olímpico. O caminho das principais competições passa pela Ásia e assim o será nos próximos seis anos.
Trata-se de uma opção totalmente lógica, por vários aspectos. O principal deles, sem dúvida, é o financeiro. Se há um local na economia mundial onde o dinheiro para investimentos em eventos esportivos é fácil de ser encontrado, é no continente asiático. Para o COI (Comitê Olímpico Internacional), por exemplo, é interessante promover Jogos Olímpicos (verão ou inverno) em países com talão de cheque liberado e que não se preocupe tanto com o chamado “legado olímpico”.
Com a escolha da Fiba, seis grandes eventos serão realizados consecutivamente na Ásia. Confira:
Olimpíada e Paralimpíada de Inverno de PyeongChang (Coreia do Sul), em 2018
Copa do Mundo de basquete da China, em 2019
Olimpíada e Paralimpíada de Verão de Tóquio (Japão), em 2020
Olimpíada e Paralimpíada de Inverno de Pequim (China), em 2022
Copa do Mundo de basquete das Filipinas/Indonésia/Japão, em 2023
É claro que nem sempre o dinheiro asiático vai levar a melhor nesta disputa. A grana ocidental também é importante, além da preferência dos dirigentes mais tradicionais. Não foi à toa que o COI até fechou os olhos para a Carta Olímpica e de uma vez entregou as Olimpíadas de verão de 2024 e 2028 para Paris e Los Angeles, respectivamente.
Ao menos nos próximos anos, aqui no Brasil teremos que ajustar nossos despertadores ou então atravessar as madrugadas com uma garrafa de café ao lado. A Ásia será a meca do esporte olímpico mundial.
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