Quando se fala em goleiro de handebol no Brasil, é inevitável que o nome de Maik dos Santos seja citado. Desde 2001, ele e seu irmão mais velho Marcão se alternaram no gol da Seleção Brasileira masculina desde 2001. Neste sábado, o veterano Maik, de 36 anos, mostrou que não foi à toa ele ter se tornado uma referência na posição no país. Como um verdadeiro paredão, ele parou o ataque da Polônia e foi fundamental na vitória da Seleção por 28 a 24, em Nantes, pela segunda rodada do Campeonato Mundial da França.
Depois do atropelamento sofrido na estreia para os franceses, o Brasil tinha a partida de hoje como vital para manter o sonho de seguir viva no Mundial. E Maik teve um papel fundamental nisso. Depois de assumir o posto de titular no segundo tempo contra a França, o goleiro do Al-Rayyan, do Qatar, foi um verdadeiro gigante, mesmo não sendo muito alto para a posição (1,80 m).
Foram ao todo 13 defesas em 37 arremessos tentados pelos poloneses, aproveitamento de 35%. Entre eles, Maik chegou a evitar um gol num tiro de 7m (o pênalti do handebol), pegando a bola com a cabeça.
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Mas não foi apenas o goleiro que brilhou no triunfo da Seleção. O desempenho ofensivo do armador Zé Guilherme foi também importantíssimo para superar a Polônia, adversário que o Brasil já havia derrotado na fase de grupos da Olimpíada Rio-2016 (16 a 13). Neste sábado, Zé Guilherme anotou oito gols (aproveitamento de 57%), tendo sido inclusive eleito o melhor do jogo.
É justo apontar também que o Brasil ganhou porque foi uma outra equipe neste sábado. Mais focada, muito atenta na marcação e com ótimo aproveitamento nos vários contra-ataques cedidos pela Polônia, a Seleção mostrou um jogo parecido com seus melhores momentos na Rio 2016, quando o time ainda era comandado pelo espanhol Jordi Ribera.
Neste domingo, novamente em Nantes, a partir das 17h45 (horário de Brasília), o Brasil pega o Japão, teoricamente o rival mais fácil na chave. Nova vitória deixará a Seleção com a vaga encaminhada para as oitavas de final. Aí, a sorte dependerá muito do cruzamento, de quem vier do Grupo B, composto por Espanha, Eslovênia, Islândia, Tunísia, Macedônia e Angola. Além de torcer para que o “paredão” Maik esteja inspirado novamente.