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Paris 2024

Ana Marcela teve mais dificuldade com a correnteza a favor

Força do Rio Sena na prova de maratona aquática também foi um fator para Viviane Jungblut, mas ela estranhou mais no sentido contrário

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(Satiro Sodré)

Paris – O Rio Sena realmente foi um protagonista nos Jogos Olímpicos de Paris. Seja por conta de seu nível de poluição ou força da maré, influenciou bastante no desempenho dos atletas. Na maratona aquática feminina, disputada nesta quinta-feira (8), a correnteza foi um ponto determinante, embora divergente, nos desempenhos das brasileiras Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut. Ana Marcela terminou na quarta colocação e Vivi ficou na 11ª posição.

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“Onde o pessoal estava com mais dificuldade eu me senti bem, que foi contra a correnteza. Tive mais dificuldade a favor. Na terceira volta, a australiana terminou me atrapalhando um pouco. Achei, quando a gente foi virar, que ela estava no pé das meninas (da frente) e as meninas já tinham aberto um pouco. “Quando entramos na correnteza a favor elas abriram mais ainda e depois ficou mais difícil”, disse Ana Marcela Cunha. Viviane Jungblut lembrou que “fazia muitos e muitos anos que não tinha uma prova com correnteza assim, onde o posicionamento e a braçada, tinha de colocar bastante força quando era contra. Acabei me desgastando mais do que eu deveria”.

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(Satiro Sodré)

Pelotão da frente

A estratégia de ambas era parecida. Andar no pelotão da frente. “A estratégia é sempre nadar no pelotão na frente, estar o máximo possível perto do grupo. Sabia que era uma prova difícil de ultrapassagem, então sempre tentei não deixar passar”. Ela explica porque, então, largou mais atrás. “Tenho que me sentir bem, ir me encontrando. É sempre bem disputado, pouca gente abre, então por isso que eu larguei um pouco mais atrás. Assim que entramos na corrente contra ali, já me posicionei em sexto mais ou menos e tentei sempre segurar nessa posição, tentando passar em algum momento.”

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Entreguei meu 100%

Viviane lamentou não ficar muito entre as primeiras. “Faltou um pouquinho ali para aguentar um pouco mais o pelotão, sabia que isso ia ser o grande diferencial. Faltou uma meia volta e fiquei uma meia volta, praticamente uma volta, nadando sozinha. Foi quando pesou realmente. Fiz bastante força no começo para tentar me manter nas primeiras posições. Com certeza esperava mais, sonhava em estar mais perto da medalha, brigando pela medalha, mas tenho noção de que eu entreguei meu 100% na água.

Viviane Jungblut acrescentou que foi necessário nadar bem pertinho da margem. “Foi até nessa parte que acabei errando um pouco. Nadei mais para o meio do percurso e acabou me desgastando mais”, falou. O Sol foi outro fator. “Atrapalha um pouquinho, mas normalmente as nossas provas são assim. Um lado vai a favor, o outro lado vai contra, então isso a gente já tá habituada.”

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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