Da frustração à glória. Essa frase resume bem o período que Poliana Okimoto viveu entre os Jogos Olímpicos de Londres-2012 e do Rio-2016. Durante o Sem Limites, talk show do Olimpíada Todo dia, a nadadora revelou como conseguiu superar a decepção na capital britânica até chegar à histórica conquista da medalha de bronze no Brasil.
Em Londres-2012, Poliana Okimoto chegou como favorita à medalha de ouro na prova dos 10km da maratona aquática. Contudo, a nadadora brasileira precisou deixar a prova por conta de um quadro de hipotermia. A frustração foi tão grande que ela entrou em quadro de depressão e precisou de muito tempo para superá-lo.
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“Foi de longe o pior momento da minha carreira e da minha vida, porque saindo de Londres, eu saí em depressão. E eu fiquei um bom tempo ali, bem mal. Até eu conseguir me retomar, até eu conseguir me centrar novamente, foram meses. Não queria saber mais de nadar”, revelou Poliana.
“Teve um belo dia em casa, eu falei: ‘eu quero voltar a nadar, mas não sei se eu vou competir’. Não sei se vou voltar a treinar. Aí quando eu entrei na água, foi aquela sensação de conexão que eu senti muita falta de nadar. Foi um dia muito histórico e muito pontual para mim. Porque foi ali que falei assim; ‘Não, eu vou me dar mais uma chance, eu não mereço parar de nadar dessa forma”, contou.
Mundial de 2013
No meio do caminho, entre a decepção de Londres-2012 e a glória na Rio-2016, Poliana Okimoto conquistou o título dos 10 km em 2013 no Campeonato Mundial de 2013. Naquela edição realizada em Barcelona, Poliana dividiu o pódio da prova com Ana Marcela Cunha. Além disso, Poliana também foi prata nos 5km e bronze no revezamento no evento. “Foi um Mundial que veio para me dar mais esperança, me dar mais confiança e, principalmente, para me dizer que era possível”, disse.
A descoberta do bronze
Poliana Okimoto demorou para descobrir que conquistou a medalha de bronze. Na maratona aquática feminina dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, a brasileira havia chegado em quarto lugar. No entanto, a holandesa que havia faturado a prata, acabou desclassificada por segurar o braço da medalhista de bronze na reta final da prova. Mesmo com o placar apontando, Poliana só acreditou quando a notícia veio da torcida.
“Assim que a gente bateu a mão no pórtico, a gente pegou um barco que iria até o pier. A hora que a gente saiu ali no pier, eu olhei o placar e meu nome já estava em terceiro. A hora que eu olhei, eu até tomei um susto, mas sabe aquela sensação de calma, não fica muito feliz para não ficar triste depois”, contou.
“Na hora que a gente saiu desse pier,pegava nossas coisas e pegava um carrinho de golfe para ir até a zona mista. No percurso, a gente encontrava com o público e, nesse momento, muita gente gritando e chorando junto comigo, dizendo que eu tinha ficado em terceiro”, revelou.
Medalha histórica
A medalha de bronze na Rio-2016 foi histórica não só para Poliana Okimoto, mas também para o país. Com a conquista, a nadadora tornou-se a primeira brasileira dos esportes aquáticos a subir em um pódio olímpico.
“Quando ganhei essa medalha em 2016, ela foi uma medalha importantíssima para mim. Não só para mim, mas ela foi importante para natação feminina. Porque as meninas olharam e falaram: ‘não, mas é possível. A Poliana, 1,60m de altura.’ Eu não tenho essa massa muscular toda, não sou uma super humana. Sou mais uma que se dedicou para caramba, que sonhou muito e teve algumas mudanças de atitudes que foram essenciais para minha carreira”, destacou.
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