Maratona aquática nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut estão de volta aos Jogos Pan-Americanos em Santiago-2023 dispostas a repetir o feito obtido em Lima-2019. Há quatro anos, as duas dominaram completamente a maratona aquática feminina e fizeram uma dobradinha no pódio. Ana Marcela conquistou a medalha de ouro, enquanto Viviane ficou com o bronze.
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Para os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, a campeã olímpica Ana Marcela Cunha segue sendo a maior esperança. A nadadora baiana, no entanto, não vem de uma temporada tão boa. Depois de passar meses se recuperando de uma cirurgia no ombro, ela rompeu com o técnico Fernando Possenti, ficou em quinto na prova dos 10 km no Mundial e ganhou e medalha de bronze nos 5 km. Atualmente, ela está treinando na Itália com o técnico Fabrizzio Antonelli.
Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut serão as únicas atletas do Brasil na maratona aquática dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, já que o país não classificou nenhum nadador no masculino.
Na história dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil soma um ouro, duas pratas e três bronzes e está atrás apenas dos Estados Unidos no quadro de medalhas da modalidade.
Medalhistas da maratona aquática nos Jogos Pan-Americanos
10 km feminino
Ano | Ouro | Prata | Bronze | |||
---|---|---|---|---|---|---|
2007 | Chloe Sutton | 2:13:47.6 | Poliana Okimoto | 2:13:48.4 | Tanya Hunks | 2:13:50.5 |
2011 | Cecilia Biagioli | 2:04:11.5 | Poliana Okimoto | 2:05:51.3 | Christine Jennings | 2:05:52.2 |
2015 | Eva Fabian | 2:03:17.0 | Paola Pérez | 2:03:17.0 | Samantha Arévalo | 2:03:17.1 |
2019 | Ana Marcela Cunha | 2:00:51.9 | Cecilia Biagioli | 2:01:23.2 | Viviane Jungblut | 2:01:24.0 |
10 km masculino
Ano | Ouro | Prata | Bronze | |||
---|---|---|---|---|---|---|
2007 | Fran Crippen | 2:02:24.1 | Chip Peterson | 2:02:29.2 | Allan do Carmo | 2:03:53.7 |
2011 | Richard Weinberger | 1:57:31.0 | Arthur Frayler | 1:57:31.3 | Guillermo Bertola | 1:57:33.9 |
2015 | Chip Peterson | 1:54:03.6 | David Heron | 1:54:07.4 | Esteban Enderica | 1:54:09.2 |
2019 | Esteban Enderica | 1:53:46.7 | Taylor Abbott | 1:54:02.7 | Victor Colonese | 1:54:03.6 |
Quadro de medalhas da maratona aquática em Jogos Pan-Americanos
Ordem | Nação | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | Estados Unidos | 4 | 4 | 1 | 9 |
2 | Brasil | 1 | 2 | 3 | 6 |
3 | Argentina | 1 | 1 | 1 | 3 |
4 | Equador | 1 | 0 | 2 | 3 |
5 | Canadá | 1 | 0 | 1 | 2 |
6 | Venezuela | 0 | 1 | 0 | 1 |
Totais | 8 | 8 | 8 | 24 |
A maratona aquática
A maratona aquática remete às origens da natação, quando ainda não havia piscinas. Em finais do século XIX e no primeiro quarto do século XX, as competições em águas abertas tiveram uma grande aceitação. Até, porque, devido à existência de poucas piscinas, as competições de natação desenrolavam-se utilizando os meios aquáticos naturais.
A necessidade de alcançar grandes feitos, em diferentes domínios, era uma constante. Os jornais da época publicitavam disputas, desafios públicos para que alguns homens, do desporto náutico, cometessem esta ou aquela façanha ou medissem forças numa prova. Quanto mais difícil melhor era para atrair as audiências.
Juntavam-se multidões para assistir a esses duelos onde o espírito de honra era posto em causa e que o cumprimento integral do proposto era prestigiante.
Estas competições foram caindo em desuso, por um lado, pelo aumento do número de piscinas existentes, por outro, devido à poluição que gradualmente foi tomando conta dos recursos hídricos naturais.
Tornaram-se célebres as travessias do canal da Mancha e as longas maratonas que ocorriam nos rios e no mar de todo o mundo. Há uns anos, estas competições tem renascido e algumas delas são já consideradas um marco na Europa.
Hoje as provas são divididas entre as de distância inferior e superior a 10 km. Nos campeonatos mundiais, são realizadas três provas da modalidade, nas distâncias de 5 km, 10 km e 25 km, sempre para mulheres e homens.
Em 27 de Outubro de 2005, o Comité Olímpico Internacional decidiu integrar a maratona aquática no programa da Olimpíada de Pequim, em 2008. No mês seguinte, a Organização Desportiva Pan-Americana (ODEPA) incluiu a modalidade no programa dos Jogos Pan-americanos do Rio 2007..