Medalhista de bronze na maratona aquática nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, Poliana Okimoto já colocou seu nome no esporte nacional. No entanto, mesmo aposentada desde o final de 2017, a atleta ainda segue agindo em prol da natação feminina.
Ela lidera o movimento do Comitê Feminino da Natação Brasileira, que promete trazer transformações importantes para a realidade do gênero dentro das piscinas.
A iniciativa foi começada justamente por Poliana Okimoto de forma involuntária. Logo após a CBDA anunciar a lista de 15 convocados para a Missão Europa com apenas uma mulher entre as escolhidas, a atleta questionou o fato em uma publicação pelas redes sociais. O post acabou gerando o engajamento de união das atletas que pedem por mudanças.
“Eu não imaginava que fosse tomar a proporção que tomou. Mas foi bom. Foi uma coincidência que de repente foi uma coisa boa e acho que trará benefícios para a natação brasileira. Estou montando uma apresentação para o COB e a CBDA e acredito que isso possa iniciar uma nova era na natação”, declarou Poliana durante participação em live no Instagram do OTD.
Confira a live completa com Poliana Okimoto
A atleta acabou tomando a linha de frente do projeto. Atualmente Poliana Okimoto está montando um planejamento para apresentar às entidades ligadas à modalidade com ações que viabilizem mudanças para a natação brasileira.
“A nossa voz alcança mais pessoas quando a gente fala como uma unidade. Depois deste post, que entendemos que precisávamos nos unir as coisas começam a tomar uma proporção muito maior. O comitê ainda é novo, estamos entendendo ainda como isso tudo funcionará, mas já é ótimo por estar acontecendo. Lá na frente quando tudo isso passar teremos uma ideia o quanto foi importante foi esse nossa união”, declarou a primeira mulher medalhista olímpica do país na natação.
Apesar do movimento exclusivo para as piscinas neste primeiro momento, Poliana Okimoto torce que a união entre as nadadores desencadeie transformações também em outras modalidade.
“Espero que isso se espalhe porque não é uma necessidade exclusiva da natação. O esporte feminino como um todo precisa dessas ações. Esse é um grande momento em que estamos conseguindo o nosso espaço e precisamos utilizá-lo”, avaliou.
Além desse projeto importante para o desenvolvimento da natação feminina no país, a ex-atleta ainda mantém outros projetos importantes como a Travessia Poliana Okimoto, que cria oportunidades para atletas profissionais e amadores competirem a maratona aquática.
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“Tanto com a assessoria quanto com a minha prova você se sentir parte do desafio ou conclusão de um desafio para um pessoa é muito especial. Quando você vê algum cumprindo alguma meta previamente estabelecida, sentir que você pôde não só fazer parte do sonho de outras pessoas, mas também dar a oportunidade com a criação da prova e a sustentação dela são sentimentos excepcionais”, completou.