Histórico! A brasileira Ana Marcela Cunha foi tetracampeã dos 25 km da Maratona Aquática, na madrugada desta sexta-feira (19), no Mundial de Esportes Aquáticos. Ela conseguiu a 12ª medalha em Mundiais e se despede da Coreia do Sul com dois títulos (venceu os 5km) e a vaga olímpica para os 10 km.
“É muito difícil falar dos 25 km, são cinco horas de prova. Foi a prova mais rápida que eu já nadei”, disse Ana Marcela em entrevista ao SporTV logo após a prova. “Eu não treino [os 25 km], mas é uma prova que eu gosto de nadar, eu sabia que eu tava forte e não deixei ninguém desgarrar”.
A baiana esteve no primeiro pelotão durante toda a prova, administrando o ritmo. Ela abriu vantagem apenas após a virada da última boia para a segunda colocada, a alemã Finnia Wunran. Em terceiro ficou a francesa Lara Grangeon.
“Eu me senti bem confortável nadando e no final eu consegui abrir, fiz um zigue zague pra fugir do vácuo delas mas consegui abrir”, comentou Ana Marcela, que ainda comentou sua participação em geral no Mundial. “A gente nunca está satisfeita, a gente sempre sai em busca da perfeição, é uma primeira vez que uma atleta consegue ser tricampeã seguida e eu não imaginava isso”, afirmou.
A brasileira ainda afirmou que o objetivo da carreira agora “todo mundo sabe qual é”, se referindo à medalha olímpica, que segue escapando de seu alcance.
O Mundial da Coreia do Sul foi o primeiro no qual Ana Marcela conquistou dois ouros em uma mesma edição. E agora ela está próxima de se tornar a maior atleta do país em mundiais de desportos aquáticos levando-se em conta todas as modalidades em disputa no evento: natação, saltos ornamentais, maratonas, polo, nado artístico e high dive.
Hoje, quem detém esse título é o nadador Cesar Cielo, com seis medalhas de ouro, além de uma prata. Ana Marcela já era a maior medalhista em números absolutos.
Jogos Pan-Americanos
Depois do sucesso no Mundial de Gwangju, nada de descanso. Ana Marcela deixa a Coreia do Sul neste sábado, retornando ao Brasil no domingo. A partir daí, terá um período de nove dias de treinamento e logo na sequência embarca para o Pan.
E em Lima, mais um desafio: ela vai nadar os 10km das maratonas aquáticas e ainda vai competir nos 800m livre e nos 1500m livre na piscina.
Brasil no pódio desde Roma 2009
Desde a edição do Mundial de Esportes Aquáticos de Roma 2009, quando Poliana Okimoto se tornou a primeira nadadora brasileira de maratona aquática a subir ao pódio, com o bronze nos 5km, os atletas do país conquistaram medalhas em todas as edições seguintes: Xangai 2011, Barcelona 2013, Kazan 2015, Budapeste 2017 e, agora, em Gwangju 2019.
No total, o Brasil soma 15 medalhas nas maratonas aquáticas dos Mundiais Esportes Aquáticos: 6 de ouro, 3 de prata e 6 de bronze.
Masculino
A prova masculina termina com vitória do francês Axel Reymond na batida de mão. O russo Belyaev veio em segundo, e o italiano Occhipinti ficou com o bronze.