Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Tênis de Mesa – Individual Masculino
Chances do Brasil
A foto acima é do pódio do torneio individual masculino do tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015: Hugo Calderano com o ouro, Gustavo Tsuboi com a prata e Thiago Monteiro com o bronze. Tudo dominado pelos brasileiros! Mas será impossível que isso se repita em Lima porque o regulamento deste ano só permite dois mesatenistas por país no torneio. Então, o Brasil será representado pelo campeão e pelo vice da última edição.
Hugo Calderano chega a Lima 2019 muito mais favorito do que era em 2015. Único mesatenista das Américas entre os dez melhores do mundo, o carioca de 22 anos só não sairá da capital peruana como campeão se houver um desastre. O brasileiro é o atual bicampeão da Copa Pan-Americana. Ele só não ganhou o torneio de 2017 porque não participou. O mesmo acontece com o Campeonato Pan-Americano. Ele foi campeão em 2017, mas não participou em 2018, quando o americano Kanak Jha ficou com o título.
Jha aliás é o principal candidato a evitar o domínio brasileiro no pódio do torneio individual masculino do tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. Ele e Gustavo Tsuboi se encontram entre os 40 melhores do mundo, mais ou menos no mesmo nível de ranking, e devem brigar para chegar à final com Hugo Calderano.
Local da competição
Ginásio Polideportivo 1 no Centro Desportivo Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 2.500 torcedores
A estrela dos Jogos
O brasileiro Hugo Hoyama e o dominicano Lin Ju são os maiores vencedores do torneio individual masculino do tênis de mesa na história dos Jogos Pan-Americanos. Cada um ganhou duas medalhas de ouro e uma de bronze. Vale destaque também para o argentino Liu Song, que faturou quatro pódios: uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Hugo Hoyama foi bicampeão em Havana 1991 e Mar Del Plata 1995, derrotando em ambas as finais o compatriota Cláudio Kano. Depois de passar em branco em Winnipeg 1999, Hugo Hoyama voltou ao pódio em Santo Domingo 2003 ao ganhar o bronze.
No ano da última medalha de Hugo Hoymana no individual masculino do tênis de mesa dos Jogos Pan-Americanos, começou a era de Lin Ju, da República Dominicana. Ele foi bicampeão em Santo Domingo 2003 e no Rio de Janeiro 2007. A medalha de bronze que o igualou ao brasilero aconteceu em Guadalajara 2011.
Já o argentino Liu Song, único com quatro pódios na história do torneio individual masculino do tênis de mesa dos Jogos Pan-Americanos, foi prata em Winnipeg 1999. Em Santo Domingo 2003, foi bronze. No Rio de Janeiro 2007, ficou de novo em segundo lugar. E o título só veio na quarta tentativa: ouro em Guadalajara 2011.
Nossos pódios
O Brasil é o maior vencedor do torneio individual masculino do tênis de mesa na história dos Jogos Pan-Americanos. Com os dois títulos de Hugo Hoyama e um de Hugo Calderano, o país soma três ouros contra dois de República Dominicana, Estados Unidos e Canadá.
Mas além das três medalhas de ouro, o Brasil faturou mais cinco pratas e cinco bronzes. Tem, ao todo, 13 pódios, mais do que a soma de República Dominicana e Canadá, respectivamente, segundo e terceiro colocados no quadro de medalhas.
A história começou com a prata de Ricardo Inokuchi no individual masculino do tênis de mesa em Caracas 1983. Quatro anos depois, em Indianápolis, Cláudio Kano e Carlos Kawai foram bronze. Em Havana 1991 e Mar Del Plata 1995, Hugo Hoyama e Cláudio Kano fizeram a dobradinha ao ganhar, respectivamente, ouro e prata.
Os únicos Pans sem conquistas no individual masculino do tênis de mesa foram Winnipeg 1999 e Guadalajara 2011. Em Santo Domingo 2003, Thiago Monteiro foi prata e Hugo Hoyama, bronze. No Rio de Janeiro 2007, Thiago Monteiro foi bronze. E em Toronto 2015, Hugo Calderano foi ouro, Gustavo Tsuboi prata e Thiago Monteiro bronze.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | Brasil | 3 | 5 | 5 | 13 |
2 | República Dominicana | 2 | 1 | 3 | 6 |
3 | EUA | 2 | 1 | 2 | 5 |
4 | Canadá | 2 | 0 | 4 | 6 |
5 | Argentina | 1 | 2 | 1 | 4 |
6 | México | 0 | 1 | 0 | 1 |
7 | Peru | 0 | 0 | 1 | 1 |
Cuba | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Chile | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Equador | 0 | 0 | 1 | 1 |
O esporte
O tênis de mesa foi inventado no Reino Unido, mais precisamente na Inglaterra no século XIX onde era conhecido como ping-pong, até se tornar uma marca registrada e por isso mudou-se o nome na Europa para tênis de mesa, sendo o nome ping-pong atualmente usado apenas para fins recreativos. É um dos esportes mais populares do mundo em termos de número de jogadores.
Uma partida de tênis de mesa é disputada em melhor de qualquer número de sets ímpares. Usualmente, torneios nacionais são disputados em melhor de 5 sets e torneios internacionais em melhor de 7 sets, o que significa que o jogador ou dupla que vencer, respectivamente, 3 ou 4 sets vence a partida. Para vencer um set, o jogador ou dupla precisa somar 11 pontos ou, em caso de empate em 10 pontos, somar dois pontos de vantagem em relação ao seu adversário.
A partida se inicia com o saque de um dos oponentes conforme a ordem de saque escolhida pelo vencedor do sorteio para tal fim. Cada jogador tem o direito de sacar duas vezes consecutivas independente da pontuação que obtiver. Em duplas, a ordem de saque é alternada entre as duplas e entre os jogadores de modo que cada um dos quatro jogadores saque.
O tênis de mesa é muito popular na China sendo o segundo esporte em popularidade. O país possui cerca de 10 milhões de praticantes federados. Tal popularidade é fruto da massificação promovida pelo líder comunista Mao Tse-Tung devido à adaptação do esporte à espaços reduzidos, ideal para o país mais populoso do mundo.
No mundo, estima-se que há 300 milhões de praticantes ocasionais e cerca de 40 milhões de praticantes federados, distribuídos entre 186 federações filiadas à ITTF, a Federação Internacional de Tênis de Mesa.