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Individual feminino

Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Tênis de Mesa – Individual Feminino

Chances do Brasil

Bruna Takahashi vai às oitavas de final do Mundial Júnior

Foto: Divulgação

O Brasil chega aos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 com chances de medalha no torneio individual feminino do tênis de mesa, mas não vai ser fácil. A melhor brasileira, Bruna Takahashi, vai chegar ao Peru dias depois de completar 19 anos. No ranking mundial, há três atletas das Américas a frente dela: a canadense Mo Zhang, a portorriquenha Adriana Díaz e a americana Yue Wu. Além disso, Lily Zhang, dos Estados Unidos, está pertinho da brasileira na lista e também vai estar na briga pelo pódio.

Nos eventos continentais disputados nos últimos anos, o máximo que o Brasil conseguiu foi a medalha de bronze. Bruna Takahashi ficou em terceiro lugar na Copa Pan-Americana de 2018. No Campeonato Pan-Americano do mesmo ano, ela e Gui Lin perderam nas semifinais e dividiram a medalha de bronze. A mesatenista chinesa naturalizada brasileira, no entanto, não vai estar em Lima, já que se aposentou um pouco antes dos Jogos Pan-Americanos. Jessica Yamada será a outra representante do país.

A maior vencedora deste período é a portorriquenha Adriana Díaz, bicampeã do Campeonato Pan-Americano em 2017 e 2018 e campeã da Copa Pan-Americana de 2019. As outras atletas que chegaram à medalha de ouro no período foram Lily Zhang e Mo Zhang, respectivamente, nas edições 2017 e 2018 da Copa Pan-Americana.

Local da competição

Ginásio Polideportivo 1 no Centro Desportivo Pan-Americano

Local: Lima

Capacidade: 2.500 torcedores

A estrela dos Jogos

As duas maiores vencedoras do torneio individual feminino de tênis de mesa dos Jogos Pan-Americanos representaram os Estados Unidos, mas não são americanas de nascença. Insook Bhusian e Gao Jun (foto) ganharam três medalhas de ouro cada. A primeira nasceu na Coreia do Sul, enquanto a segunda na China.

Insook Bhusian, aos 19 anos, chegou a ganhar a medalha de bronze por equipes pela Coreia do Sul no Mundial de tênis de mesa. Mas, três anos depois, se mudou para os Estados Unidos, onde o pai se estabeleceu no ramo de exportação. Ela se casou com um arquiteto americano, se naturalizou e passou a defender o país. Nos Jogos Pan-Americanos, foi campeã em Caracas 1983, Indianápolis 1987 e Havana 1991. Na última conquista, ela tinha 39 anos.

Já Gao Jun chegou a ser medalha de prata pela China em duplas nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992. Dois anos depois, se naturalizou americana e defendeu os Estados Unidos nas Olimpíadas de Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008. Nos Jogos Pan-Americanos, foi campeã em Winnipeg 1999, Santo Domingo 2003 e Rio de Janeiro 2007.

Nossos pódios

O Brasil só conseguiu subir ao pódio uma vez na história do torneio individual feminino de tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos. Mas esta única vez, foi dupla. Em Toronto 2015, Gui Lin ficou com a medalha de prata e Caroline Kumahara foi bronze.

Duas americanas fizeram companhia às brasileiras no pódio. Jennifer Wu foi a medalha de ouro, enquanto Lily Zhang dividiu a medalha de bronze com Caroline Kumahara.

Medalhistas

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ANO Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze
1979 Mariann Domonkos
Canadá
Liu Fan Yeen
EUA
Diana Guillen
 México
Judy Bochenski
EUA
1983 Insook Bhushan
EUA
Madeleine Armas
Cuba
Elizabeth Popper
Venezuela
Marta Báez
Cuba
1987 Insook Bhushan
EUA
Mariann Domonkos
Canadá
Mónica Liyau
Peru
Carmen Miranda Yera
Cuba
1991 Insook Bhushan
EUA
Lily Yip
EUA
Madeleine Armas
Cuba
Jackeline Díaz
Chile
1995 Geng Lijuan
Canadá
Lily Yip
EUA
Barbara Chiu
Canadá
Diana Gee
EUA
1999 Gao Jun
EUA
Geng Lijuan
Canadá
Petra Cada
Canadá
Amy Feng
EUA
2003 Gao Jun
EUA
Wu Xue
 República Dominicana
Tawny Banh
EUA
Berta Rodríguez
Chile
2007 Gao Jun
EUA
Wu Xue
 República Dominicana
Wang Chen
EUA
Judy Long
Canadá
2011 Zhang Mo
Canadá
Wu Xue
 República Dominicana
Lily Zhang
EUA
Ariel Hsing
EUA
2015 Jennifer Wu
EUA
Gui Lin
Brasil
Caroline Kumahara
Brasil
Lily Zhang
EUA

Quadro de medalhas

Ordem País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1 EUA 7 3 8 18
2  Canadá 3 2 3 8
3  República Dominicana 0 3 0 3
4  Cuba 0 1 3 4
5  Brasil 0 1 1 2
6  México 0 0 1 1
Venezuela 0 0 1 1
 Peru 0 0 1 1
 Chile 0 0 1 1

O esporte

Washington Alves/Exemplus/COB

tênis de mesa foi inventado no Reino Unido, mais precisamente na Inglaterra no século XIX onde era conhecido como ping-pong, até se tornar uma marca registrada e por isso mudou-se o nome na Europa para tênis de mesa, sendo o nome ping-pong atualmente usado apenas para fins recreativos. É um dos esportes mais populares do mundo em termos de número de jogadores.

Uma partida de tênis de mesa é disputada em melhor de qualquer número de sets ímpares. Usualmente, torneios nacionais são disputados em melhor de 5 sets e torneios internacionais em melhor de 7 sets, o que significa que o jogador ou dupla que vencer, respectivamente, 3 ou 4 sets vence a partida. Para vencer um set, o jogador ou dupla precisa somar 11 pontos ou, em caso de empate em 10 pontos, somar dois pontos de vantagem em relação ao seu adversário.

A partida se inicia com o saque de um dos oponentes conforme a ordem de saque escolhida pelo vencedor do sorteio para tal fim. Cada jogador tem o direito de sacar duas vezes consecutivas independente da pontuação que obtiver. Em duplas, a ordem de saque é alternada entre as duplas e entre os jogadores de modo que cada um dos quatro jogadores saque.

O tênis de mesa é muito popular na China sendo o segundo esporte em popularidade. O país possui cerca de 10 milhões de praticantes federados. Tal popularidade é fruto da massificação promovida pelo líder comunista Mao Tse-Tung devido à adaptação do esporte à espaços reduzidos, ideal para o país mais populoso do mundo.

No mundo, estima-se que há 300 milhões de praticantes ocasionais e cerca de 40 milhões de praticantes federados, distribuídos entre 186 federações filiadas à ITTF, a Federação Internacional de Tênis de Mesa.