Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Natação – 200m livre masculino
Chances do Brasil
Aos 21 anos de idade, Fernando Scheffer já é um dos principais nomes brasileiros nos 200m livre masculino e chega com moral para as disputas em Lima. Na temporada atual, ele ocupa o nono lugar no ranking mundial da categoria, sendo também o melhor representante das Américas com o tempo obtido no Troféu Maria Lenk (01m46s08), realizado em abril. Além disso, o gaúcho faturou a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba 2018, na Bolívia. A expectativa é de que Scheffer brigue diretamente pelo título na capital peruana.
Local da competição
Centro Aquático Pan-Americano
Local: Videna – Vila Deportiva Nacional (Lima)
Capacidade: 4.000 torcedores
A estrela dos Jogos
Depois de bater na trave com a prata em Havana 1991, Gustavo Borges foi dominante nas duas edições seguintes dos Jogos Pan-Americanos. Com o bicampeonato conquistado em Mar del Plata 1995 e Winnipeg 1999, garantiu os primeiros títulos do Brasil nos 200m livre e manteve a sequência pessoal de pódios. Até aqui, é também o único a garantir três medalhas na competição, ainda mais de maneira consecutiva.
Nossos pódios
Sem contar o retrospecto marcante de Gustavo Borges, Djan Madruga havia sido o primeiro nadador do país a figurar entre os melhores colocados após assegurar a medalha de bronze em San Juan 1979. Leonardo Costa e Rodrigo Castro igualaram o feito do compatriota com os desempenhos em Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003, respectivamente. Mais tarde, foi a vez de João de Lucca em Toronto 2015, ano da última edição do evento. Com direito a recorde da prova no Pan (1m46s49), voltou de terras canadenses com a medalha de ouro na conta.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
---|---|---|---|---|---|---|
1967 | Don Schollander EUA |
1:56.01 | Ralph Hutton Canadá |
1:58.44 | Julio Arango Colômbia |
2:01.77 |
1971 | Frank Heckl EUA |
1:56.36 | Jim McConica EUA |
1:58.18 | Ralph Hutton Canadá |
1:59.89 |
1975 | Jorge Delgado Equador |
1:55.45 | Rick DeMont EUA |
1:55.96 | Rex Favero EUA |
1:57.08 |
1979 | Rowdy Gaines EUA |
1:51.22 | David Larson EUA |
1:52.24 | Djan Madruga Brasil |
1:52.34 |
1983 | Bruce Hayes EUA |
1:49.89 | Alberto Mestre Venezuela |
1:50.36 | Rowdy Gaines EUA |
1:51.27 |
1987 | John Witchel EUA |
1:50.90 | Carlos Scanavino Uruguai |
1:51.21 | Brian Jones EUA |
1:52.11 |
1991 | Eric Diehl EUA |
1:49.67 | Gustavo Borges Brasil |
1:49.74 | René Sáez Cuba |
1:52.14 |
1995 | Gustavo Borges Brasil |
1:48.49 | Greg Burgess EUA |
1:48.69 | Josh Davis EUA |
1:51.92 |
1999 | Gustavo Borges Brasil |
1:49.41 | Scott Tucker EUA |
1:50.99 | Leonardo Costa Brasil |
1:51.29 |
2003 | George Bovell Trinidad e Tobago |
1:48.90 | Dan Ketchum EUA |
1:49.34 | Rodrigo Castro Brasil |
1:49.55 |
2007 | Matthew Owen EUA |
1:48.78 | Shaune Fraser Ilhas Cayman |
1:48.95 | Adam Sioui Canadá |
1:48.97 |
2011 | Brett Fraser Ilhas Cayman |
1:47.18 | Shaune Fraser Ilhas Cayman |
1:48.29 | Ben Hockin Paraguai |
1:48.48 |
2015 | João de Lucca Brasil |
1.46.42 | Federico Grabich Argentina |
1:46.42 | Michael Weiss EUA |
1:47.63 |
Quadro de medalhas
Posição | País | Total | |||
1 | EUA | 7 | 6 | 5 | 18 |
2 | Brasil | 3 | 1 | 3 | 7 |
3 | Ilhas Cayman | 1 | 2 | 0 | 3 |
4 | Equador | 1 | 0 | 0 | 1 |
Trinidad e Tobago | 1 | 0 | 0 | 1 | |
6 | Canadá | 0 | 1 | 2 | 3 |
7 | Argentina | 0 | 1 | 0 | 1 |
Uruguai | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Venezuela | 0 | 1 | 0 | 1 | |
10 | Cuba | 0 | 0 | 1 | 1 |
Colômbia | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Paraguai | 0 | 0 | 1 | 1 |
O esporte
Nesta prova, o nadador fica em posição horizontal, com a face voltada para o fundo da piscina e respira quando vira a cabeça para as laterais. As pernas agem no movimento parecido com uma tesoura, batendo os pés sobre a água e ao mesmo tempo gira os braços na linha do corpo, alternando-os em batida sobre a superfície da água. Por incrível que pareça, as provas de nado livre, o atleta pode escolher qual o estilo deseja nadar. Porém, todos preferem o crawl porque é o nado que alcança maior velocidade, logo, o crawl é chamado de nado livre e vice-versa.
Nas viradas de cada prova, o nadador deve tocar a parede da piscina com alguma parte do corpo e nas saídas destas viradas, o nadador pode ficar submerso até os primeiros 15 metros, do qual a partir deste ponto a cabeça deve cortar a superfície da água. Vence quem finalizar o percurso primeiro, consequentemente em menos tempo.