8 5
Siga o OTD

Salto em distância feminino

Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – salto em distância feminino

Chances do Brasil

Foto: Wagner Carmo/CBAt

Desde 2016, Eliane Martins vem sendo a melhor atleta do Brasil no salto em distância e ela tem chances de brigar com medalha nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. A atleta que chegará com 31 anos no Peru, fez a melhor marca da carreira ao registrar 6,74m em abril deste ano. Se continuar a evoluir, as possibilidades de pódio serão maiores.

Em 2018, o melhor salto dela foi 6,69m, resultado que a deixou com a 12ª. marca entre as atletas da América. Mas a frente dela existem sete americanas e apenas duas poderão participar da prova de salto em distância dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. Ou seja, grande chance de ser finalista e, uma vez  na final, a luta pela medalha estará aberta.

Local da competição

Estádio Atlético Pan-Americano

Local: Lima

Capacidade: 12.000 torcedores

A estrela dos Jogos

Campeã olímpica do salto em distância feminino em Pequim 2008, Maurren Maggi também escreveu seu nome na história dos Jogos Pan-Americanos. Ela subiu no lugar mais alto do pódio em Winnipeg 1999, Rio de Janeiro 2007 e Guadalajara 2011.

O tri do salto em distância feminino tinha tudo para ser tetra não fosse a suspensão recebida por Maurren às vésperas dos Jogos Pan-Americanos Santo Domingo 2003 por causa do polêmico doping por clostebol. A atleta alegou inocência e que a substância tinha aparecido em seu corpo por causa de um creme cicatrizante usado depois de uma depilação. A Iaaf não aceitou a justificativa e suspendeu a brasileira por dois anos. Mas, ela superou o trauma e deu a volta por cima com a conquista do Pan do Rio em 2007, do ouro olímpico de 2008, e do tri pan-americano em 2011.

Nossos pódios

Além das três medalhas de ouro conquistadas por Maurren Maggi, o Brasil subiu outras quatro vezes no pódio dos Jogos Pan-Americanos. A primeira vez foi com a medalha de bronze de Wanda dos Santos em Buenos Aires 1951. Em Winnipeg 1963, Íris dos Santos foi prata, feito que Silvina Pereira repetiu em Cali 1971. Mas a participação brasileira mais inesquecível foi no Rio de Janeiro 2007. Maurren levou o ouro com Keila Costa ficando com a prata. Dobradinha que fez a festa do Engenhão.

Medalhistas

ANO Medalha de ouro MARCA Medalha de prata MARCA Medalha de bronze MARCA
1951 Beatriz Kretschmer
Chile
5.42m Lisa Peters
Chile
5.20m Wanda dos Santos
Brasil
5.18m
1955 Não houve
1959 Annie Smith
EUA
5.74m Margaret Matthews
EUA
5.73m Willye White
EUA
5.70m
1963 Willye White
EUA
6.15m Iris dos Santos
Brasil
5.65m Edith McGuire
EUA
5.48m
1967 Irene Martínez
Cuba
6.33m Gisela Vidal
Venezuela
6.20m Willye White
EUA
6.17m
1971 Brenda Eisler
Canadá
6.34m Silvina Pereira
Brasil
6.35m Marina Samuells
Cuba
6.14m
1975 Ana Alexander
Cuba
6.63m Martha Watson
EUA
6.57m Kathy McMillan
EUA
6.49m
1979 Kathy McMillan
EUA
6.46m Ana Alexander
Cuba
6.31m Eloína Echevarría
Cuba
6.27m
1983 Kathy McMillan
EUA
6.70m Eloína Echevarría
Cuba
6.61m Patricia Johnson
EUA
6.33m
1987 Jackie Joyner-Kersee
EUA
7.45m Jennifer Inniss
EUA
6.85m Eloína Echevarría
Cuba
6.42m
1991 Diane Guthrie-Gresham
Jamaica
6.64m Eloína Echevarría
Cuba
6.60m Julie Bright
EUA
6.53m
1995 Niurka Montalvo
Cuba
6,89m Andrea Ávila
Argentina
6,52m Jackie Edwards
 Bahamas
6,50m
1999 Maurren Maggi
Brasil
6,59m Angie Brown
EUA
6,51m Elva Goulbourne
Jamaica
6,41m
2003 Alice Falaiye
Canadá
6,43m Jackie Edwards
 Bahamas
6,41m Yargeris Savigne
Cuba
6,40m
2007 Maurren Maggi
Brasil
6,84m Keila Costa
Brasil
6,73m Yargeris Savigne
Cuba
6,66m
2011 Maurren Maggi
Brasil
6,94m Shameka Marshall
EUA
6,73m Caterine Ibargüen
Colômbia Colômbia
6,63m
2015 Christabel Nettey
Canadá
6.90m Bianca Stuart
 Bahamas
6.69m Sha’Keela Saunders
EUA
6.66m

 

Quadro de medalhas

Ordem País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1  EUA 5 5 7 17
2  Brasil 3 3 1 7
3  Cuba 3 3 5 11
4  Canadá 3 0 0 3
5  Chile 1 1 0 2
6  Bahamas 0 2 1 3
7  Argentina 0 1 0 1
 Venezuela 0 1 0 1
9  Colômbia 0 0 1 1
 Jamaica 0 0 1 1

 

A prova

Salto em distânciaé uma modalidade olímpica de atletismo, onde os atletas combinam velocidade, força e agilidade para saltarem o mais longe possível a partir de um ponto pré-determinado.

O salto deve ser dado após uma corrida numa raia marcada no chão, com o atleta saltando o mais longe possível dentro de uma caixa de areia ao fim dela. O salto é invalidado caso o atleta pise no final da tábua de impulsão, que geralmente é marcado por uma listra vermelha, colocada exatamente no início da caixa. Atualmente, o bordo da tábua é coberto por plasticina para facilitar a decisão dos juízes em casos dúbios. A distância é então medida do limite da tábua até a primeira marca na areia feita pelo corpo do atleta. A maioria dos eventos disputados é composto de seis saltos, sendo que alguns deles, que tem marcas mais baixas, constam de apenas três saltos. Se os competidores empatam no salto mais longo, é declarado vencedor aquele com a segunda marca mais longa.

Em eventos esportivos de grande magnitude, como os Jogos Olímpicos ou o Campeonato Mundial de Atletismo por exemplo, os doze melhores atletas dentre todos os que participam da primeira rodada de saltos, são classificados para a final; nela, todos dão três saltos mas apenas os oito primeiros colocados participam da rodada final de mais três saltos. Todos os seis saltos destes atletas finais valem para aferir o vencedor.

Como em diversas outras modalidades do atletismo, saltos dados com vento a favor acima de 2m/s não tem validade para a aferição de recordes.