Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – salto com vara masculino
Chances do Brasil
Campeão olímpico na Rio 2016, Thiago Braz continua sendo o principal nome do salto com vara masculino e esperança de medalha nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. O problema é que o brasileiro, depois dos Jogos, não conseguiu mais se aproximar da marca de 6,03m saltada por ele no estádio João Havelange par a conquista do inédito e histórico ouro. Em 2017, ele não passou de 5,60m, que deu a ele apenas a 43ª. marca do mundo e, em 2018, seu melhor desempenho foi 5,70m, 21º. lugar do ranking mundial.
Apesar da má fase, no ano passado, apenas sete atletas das Américas ficaram a frente dele, seis americanos e um canadense. Como o regulamento permite apenas dois por país, Thiago Braz, mesmo longe do seu melhor momento, pode entrar na briga por medalha. Agora, para rivalizar com o americano Sam Kendriks (5,96m em 2018) e com o canadense Shawnacy Barber (5,92m em 2018), o brasileiro vai ter que voltar a seus melhores dias. Caso contrário, não terá chance de brigar pelo lugar mais alto do pódio em Lima 2o19.
Quem aparece em melhores condições é Augusto Dutra, que conseguiu a classificação para os Jogos Pan-Americanos Lima 2019 com 5,75m.
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
A estrela dos Jogos
Pat Manson, dos Estados Unidos, é o grande nome do salto com vara masculino na história dos Jogos Pan-Americanos. O atleta é o único a ter vencido a prova em três edições da competição. Ele foi medalha de ouro em Havana 1991, Mar Del Plata 1995 e Winnipeg 1999, superando dois compatriotas que haviam sido bicampeões: Bob Richards (Buenos Aires 1951 e Cidade do México 1955) e Mike Trully (Caracas 1983 e Indianápolis 1987).
Apesar do sucesso nos Jogos Pan-Americanos, Pat Manson não conseguiu grandes resultados em competições mundiais. Com 5,85m como melhor marca da carreira, seu melhor resultado no Campeonato Mundial foi o sexto lugar em Atenas 1997.
Entre as nações, os Estados Unidos exerce um grande domínio no salto com vara masculino dos Jogos Pan-Americanos. Em 16 edições, os americanos ganharam 12 ouros, nove pratas e cinco bronzes.
Nossos pódios
A única vitória brasileira na história do salto com vara masculino dos Jogos Pan-Americanos aconteceu em casa. Nos Jogos do Rio em 2007, Fábio Gomes da Silva conquistou a medalha de ouro ao saltar 5,40m, deixando para trás o mexicano Giovanni Lanaro, que parou em 5,30m. Em Lima 2019, Thiago Braz vai tentar repetir o feito do compatriota.
Foi a terceira medalha do Brasil no salto com vara masculino dos Jogos Pan-Americanos, mas a única de ouro. Antes dele, o país tinha faturado apenas dois bronzes. Na estreia da competição, em Buenos Aires 1951, Sinibaldo Gerbasi ficou em terceiro lugar com 3,90m. 32 anos depois, em Caracas 1983, Tomás Valdemar Hinthaus, conseguiu a marca de 5,20m para também garantir a terceira colocação.
A prova
Salto com vara é um evento do atletismo onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar maior altura e passar por cima de uma barra ou sarrafo. Competições com varas já eram conhecidas na Grécia Antiga, entre os cretenses e os celtas. Foi introduzido como modalidade olímpica desde os primeiros Jogos em Atenas 1896 para os homens e desde Sydney 2000 para as mulheres.É uma modalidade classificada como um das quatro principais provas de salto no atletismo, junto com o salto em altura, salto em distância e o salto triplo. Sua originalidade está no fato de ser um esporte que requer uma significativa quantidade de equipamento especializado para ser praticado, tornando-o mais caro que os demais, mesmo em nível básico. Vários saltadores de sucesso na prova tem uma base na ginástica, caso da russa Yelena Isinbayeva e da brasileira Fabiana Murer, o que reflete os atributos físicos similares necessários para os dois esportes.A pista de corrida para o salto deve medir no mínimo 45 metros e ao fim dela se encontra o obstáculo, uma barra horizontal de 4,5 m de comprimento, 2,260 kg de peso máximo, sustentada por duas traves laterais que a elevam e apoiam à determinada altura. Exatamente ao fim da pista, ao nível do solo e à frente do obstáculo, existe centrada uma caixa de metal ou madeira, com 1 m de comprimento, 60 cm de largura no início e 15 cm junto ao obstáculo. É nela que o saltador apoia a vara para conseguir a impulsão, realizar o salto e ultrapassar o sarrafo.As mesmas regras do salto em altura são aplicadas à vara; o atleta tem três tentativas para saltar a marca, mas pode se recusar saltar determinada altura preferindo esperar por outra maior. Não conseguindo passar a altura depois de três tentativas na mesma altura ou alturas combinadas, é eliminado. Caso empatem na mesma altura final, o desempate é feito pelo número menor de tentativas para superar a altura imediatamente anterior. Caso continue empatado, é analisado o menor número de tentativas em toda a disputa; ainda um empate, a prova então tem um ou mais saltos de desempate até surgir o vencedor.
Medalhistas
ANO | MARCA | MARCA | MARCA | |||
1951 | Bob Richards EUA |
4.50m | Jaime Piqueras Peru |
3.90m | Sinibaldo Gerbasi Brasil |
3.90 m |
1955 | Bob Richards EUA |
4.50m | Bobby Smith EUA |
4.30m | Don Laz EUA |
4.30m |
1959 | Don Bragg EUA |
4.62m | Jim Graham EUA |
4.32m | Rolando Cruz Porto Rico |
4.32m |
1963 | Dave Tork EUA |
4.90m | Henry Wadsworth EUA |
4.75m | Rubén Cruz Porto Rico |
4.30m |
1967 | Bob Seagren EUA |
4.90m | Bob Raftis Canadá |
4.75m | Bob Yard Canadá |
4.45m |
1971 | Jan Johnson EUA |
5.33m | David Roberts EUA |
5.20m | Bruce Simpson Canadá |
4.90 m |
1975 | Earl Bell EUA |
5.40m | Bruce Simpson Canadá |
5.20m | Roberto Moré Cuba |
5.20m |
1979 | Bruce Simpson Canadá |
5.15m | Greg Woepse EUA |
5.05m | Brian Morrissette Ilhas Virgens Americanas |
4.85m |
1983 | Mike Tully EUA |
5.45m | Jeff Buckingham EUA |
5.25m | Tomás Valdemar Hintnaus Brasil |
5.20m |
1987 | Mike Tully EUA |
5.71m | Rubén Camino Cuba |
5.50m | Scott Davis EUA |
5.30m |
1991 | Pat Manson EUA |
5.50m | Doug Wood Canadá |
5.35m | Ángel Luis García EUA |
5.20m |
1995 | Pat Manson EUA |
5,75m | Bill Deering EUA |
5,60m | Alberto Manzano Cuba |
5,40m |
1999 | Pat Manson EUA |
5,60m | Scott Hennig EUA |
5,55m | Jason Pearce Canadá |
5,30m |
2003 | Toby Stevenson EUA |
5,45m | Russ Buller EUA |
5,40m | Dominic Johnson Santa Lúcia |
5,40m |
2007 | Fábio Gomes da Silva Brasil |
5,40m | Giovanni Lanaro México |
5,30m | Germán Chiaraviglio Argentina |
5,20m |
2011 | Lázaro Borges Cuba |
5,80m | Jeremy Scott EUA |
5,60m | Giovanni Lanaro México |
5,50m |
2015 | Shawnacy Barber Canadá |
5.80 m | Germán Chiaraviglio Argentina |
5.75m | Jake Blankenship EUA Mark Hollis EUA |
5.40 m |
Quadro de Medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | EUA | 13 | 10 | 5 | 28 |
2 | Canadá | 2 | 3 | 3 | 8 |
3 | Cuba | 1 | 1 | 2 | 4 |
4 | Brasil | 1 | 0 | 2 | 3 |
5 | Argentina | 0 | 1 | 1 | 2 |
México | 0 | 1 | 1 | 2 | |
7 | Peru | 0 | 1 | 0 | 1 |
8 | Ilhas Virgens Americanas | 0 | 0 | 1 | 1 |
Santa Lúcia | 0 | 0 | 1 | 1 |