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Salto com vara feminino

Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – salto com vara feminino

Chances do Brasil

(Wagner Carmo/CBAt)

O salto com vara feminino do Brasil ficou órfão com a aposentadora de Fabiana Murer depois da Olimpíada Rio 2016. Mas uma pupila do maior nome da modalidade do país está caminhando fortemente para substituí-la. A bola da vez é Juliana de Menis Campos, de apenas 22 anos. Em 2018, ela saltou 4,56m e só ficou atrás de Murer na história do salto com vara feminino brasileiro.

A evolução mostrada pela atleta nos últimos anos, no entanto, não deve ser suficiente para que ela chegue a Lima 2019 com chances de medalha, mas pode surpreender. A marca dela de 2018 foi a 12ª. das Américas na temporada. Na frente dela, tem oito americanas, das quais apenas duas, segundo o regulamento, poderão estar no Peru.

Local da competição

Estádio Atlético Pan-Americano

Local: Lima

Capacidade: 12.000 torcedores

A estrela dos Jogos

O salto com vara feminino só estreou nos Jogos Pan-Americanos em Winnipeg 1999. Foram cinco edições até hoje e a maior vencedora é a cubana Yarisley Silva, dona de dois ouros e um bronze. A atleta foi por muito tempo a grande rival de Fabiana Murer nas Américas.

A brasileira levou a melhor apenas no Rio de Janeiro, em 2007, quando Yarisley Silva conquistou a medalha de bronze. Nas últimas duas edições, no entanto, a cubana foi medalha de ouro: Guadalajara 2011 e Toronto 2015.

Nossos pódios

Grande nome da história do salto com vara feminino no Brasil, Fabiana Murer faturou três medalhas em três participações nos Jogos Pan-Americanos. A primeira é a mais inesquecível: ouro no Rio de Janeiro 2007 com a marca de 4,60m.

O curioso é que nas duas edições seguintes, a brasileira conseguiu melhorar suas marcas, mas em ambas acabou superada por Yarisley Silva por apenas cinco centímetros. Em Guadalajara 2001, Fabiana Murer alcançou 4,70m, enquanto a cubana chegou a 4,75m. Em Toronto 2015, a disputa foi ainda mais acirrada, mas novamente a atleta do Caribe levou a melhor com 4,85m contra 4,80m de Murer.

Recordista brasileira e sul-americana do salto com vara feminino, Fabiana Murer foi campeã mundial em 2011 e vice em 2015, ganhou o título mundial indoor em 2010 e foi campeã geral da Diamond League em 2010 e 2014.

Medalhistas

ANO Medalha de ouro TEMPO Medalha de prata TEMPO Medalha de bronze TEMPO
1999 Alejandra García
Argentina
4,30m Kellie Suttle
EUA
4,25m Déborah Gyurcsek
 Uruguai
4,15m
2003 Melissa Mueller
EUA
4,40m Carolina Torres
Chile
4,30m Stephanie McCann
Canadá
4,20m
2007 Fabiana Murer
Brasil
4,60m April Steiner
EUA
4,40m Yarisley Silva
Cuba
4,30m
2011 Yarisley Silva
Cuba
4,75m Fabiana Murer
Brasil
4,70m Becky Holliday
EUA
4,30m
2015 Yarisley Silva
Cuba
4.85m Fabiana Murer
Brasil
4.80m Jennifer Suhr
EUA
4.70m

Quadro de medalhas

Ordem País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1  Cuba 2 0 1 3
2  EUA 1 2 2 5
3  Brasil 1 2 0 3
4  Argentina 1 0 0 1
5  Chile 0 1 0 1
6  Canadá 0 0 1 1

A Prova

Salto com vara é um evento do atletismo onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar maior altura e passar por cima de uma barra ou sarrafo. Competições com varas já eram conhecidas na Grécia Antiga, entre os cretenses e os celtas. Foi introduzido como modalidade olímpica desde os primeiros Jogos em Atenas 1896 para os homens e desde Sydney 2000 para as mulheres.

É uma modalidade classificada como um das quatro principais provas de salto no atletismo, junto com o salto em altura, salto em distância e o salto triplo. Sua originalidade está no fato de ser um esporte que requer uma significativa quantidade de equipamento especializado para ser praticado, tornando-o mais caro que os demais, mesmo em nível básico. Vários saltadores de sucesso na prova tem uma base na ginástica, caso da russa Yelena Isinbayeva e da brasileira Fabiana Murer, o que reflete os atributos físicos similares necessários para os dois esportes.

A pista de corrida para o salto deve medir no mínimo 45 metros e ao fim dela se encontra o obstáculo, uma barra horizontal de 4,5 m de comprimento, 2,260 kg de peso máximo, sustentada por duas traves laterais que a elevam e apoiam à determinada altura. Exatamente ao fim da pista, ao nível do solo e à frente do obstáculo, existe centrada uma caixa de metal ou madeira, com 1 m de comprimento, 60 cm de largura no início e 15 cm junto ao obstáculo. É nela que o saltador apoia a vara para conseguir a impulsão, realizar o salto e ultrapassar o sarrafo.

As mesmas regras do salto em altura são aplicadas à vara; o atleta tem três tentativas para saltar a marca, mas pode se recusar saltar determinada altura preferindo esperar por outra maior. Não conseguindo passar a altura depois de três tentativas na mesma altura ou alturas combinadas, é eliminado. Caso empatem na mesma altura final, o desempate é feito pelo número menor de tentativas para superar a altura imediatamente anterior. Caso continue empatado, é analisado o menor número de tentativas em toda a disputa; ainda um empate, a prova então tem um ou mais saltos de desempate até surgir o vencedor