Jogos Pan-Americanos Lima 2019 – Atletismo – Revezamento 4x100m feminino
Chances do Brasil
O Brasil chega a Lima 2019 em busca do quarto pódio e de seu segundo ouro na história do revezamento 4x100m feminino nos Jogos Pan-Americanos. Entre as quatro convocadas para a disputa, duas são remanescentes do time que venceu em Guadalajara 2011: Rosângela Santos, de 29 anos, e Franciela Krasucki, de 31. Juntam-se a elas as jovens Vitória Cristina Rosa, de 23, e Andressa Moreira Fidélis, de 25.
Das quatro, quem vive o melhor momento é Vitória Cristina Rosa. Ela é a única que se classificou para disputar os 100m rasos com a marca de 11s16. Recordista brasileira e sul-americana, Rosangela Santos não está numa boa fase. O melhor tempo dela este ano foi 11s38, quase meio segundo acima de sua melhor marca pessoal.
Apesar disso, as chances de medalha são muito boas a julgar pelo desempenho no Mundial de revezamentos, disputado em maio em Yokohama, quando o Brasil terminou em quarto lugar, atrás apenas de Estados Unidos, Jamaica e Alemanha. Na oportunidade, a única diferença entre a equipe que competiu no Japão em relação a que vai estar em Lima foi que Lorraine Martins substituiu Rosângela Santos.
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
Estrela dos Jogos
Os Estados Unidos são o grande bicho papão do revezamento 4x100m feminino da história dos Jogos Pan-Americanos. Em 17 edições da prova, as americanas levaram 16 medalhas, 12 delas de ouro, acompanhadas de mais três pratas e um bronze. Os únicos países capazes de furar a hegemonia do Tio Sam foram Jamaica, três vezes, além de Brasil e Cuba, uma vez cada.
Nossos Pódios
A maior conquista do revezamento 4x100m feminino foi a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Guadalajara 2011. Para subir no lugar mais alto do pódio, a equipe brasileira contou com Ana Cláudia Lemos, Franciela Krasucki, Rosangela Santos e Vanda Gomes.
O Brasil largou na frente com Ana Cláudia Lemos, manteve-se na liderança com Vanda Gomes e chegou a cogitar a prata com Franciela Krasucki. Rosângela, no entanto, tratou de garantir o triunfo com a marca de 42s85. A prata ficou com os Estados Unidos (43s10) e o bronze com a Colômbia (43s44).
Medalhistas
Quadro de medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | EUA | 12 | 3 | 1 | 16 |
2 | Jamaica | 3 | 2 | 2 | 7 |
3 | Cuba | 1 | 7 | 3 | 11 |
4 | Brasil | 1 | 0 | 2 | 3 |
5 | Canadá | 0 | 1 | 4 | 5 |
6 | Argentina | 0 | 1 | 1 | 2 |
Chile | 0 | 1 | 1 | 2 | |
8 | Panamá | 0 | 1 | 0 | 1 |
Trinidad e Tobago | 0 | 1 | 0 | 1 | |
10 | Colômbia | 0 | 0 | 3 | 3 |
A prova
O revezamento 4x100m rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, disputada por equipes de velocistas. A prova é constituída por quatro percursos iguais de 100 metros, percorridos por quatro atletas alternadamente e em sequência, na mesma raia, completando uma volta inteira na pista padrão de 400 metros, carregando um bastão que deve ser passado entre eles.
Apesar do conceito da corrida em revezamento poder ser traçado desde a Grécia Antiga, onde bastões com mensagens em seu interior eram entregues através de uma série de correios, os estafetas, daí o seu nome no português europeu, o revezamento moderno descende das corridas de caridade organizadas pelos bombeiros de Nova York nos anos 1880, em que bandeirolas vermelhas eram entregues a cada 300 jardas.
Regras
Quatro velocistas, na mesma raia designada e marcada no chão da pista, correm 100 m cada um para completar uma volta no estádio. Durante suas corridas individuais eles devem carregar um bastão que deve ser passado ao próximo corredor dentro de uma faixa de troca de 20 metros marcada no chão, 10 metros antes e 10 metros depois da linha de partida de cada “perna” subsequente. O corredor à frente geralmente começa a correr em velocidade total com um braço esticado para trás para receber o bastão do corredor anterior. A entrega dele fora da área designada resulta em desclassificação da equipe. Caso ocorra a queda do bastão, o atleta que recebeu deve voltar e buscar. Tecnicamente, é uma prova onde a sincronia perfeita na troca de bastões pode compensar uma inferioridade na velocidade dos corredores