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Maratona masculina

Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – Maratona masculina

Chances do Brasil

Principal atleta do país atualmente na maratona masculina e já classificado para a Olimpíada Tóquio 2020, Daniel Chaves da Silva abriu mão de disputar os Jogos Pan-Americanos Lima 2019 para poder se dedicar à preparação para o Mundial de Doha. Com isso, o Brasil será representado apenas por Wellington Bezerra da Silva, que conseguiu o índice ao marcar 2h13min34s na maratona de Hamburgo em abril deste ano.

Apesar de não contar com seu melhor atleta, o Brasil, que foi campeão de quatro das últimas cinco edições da maratona masculina dos Jogos Pan-Americanos, deve chegar mais uma vez com chances de medalha em Lima 2019. Mas a disputa será intensa. Dois peruanos terminaram na frente do ranking sul-americano em 2018: Cristian Pacheco (2h11min19s) e Willy Canchanya (2h12min57s). Fora isso, dos dez melhores tempos das Américas no ano passado, seis eram de atletas dos Estados Unidos, mas apenas dois deles poderão estar, por regulamento, nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019.

Local da competição

Estádio Atlético Pan-Americano

Local: Lima

Capacidade: 12.000 torcedores

A estrela dos Jogos

Dono do direito de acender a pira olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro 2016, Vanderlei Cordeiro de Lima é um dos grandes heróis do esporte nacional por conta da medalha de bronze conquistada por ele em Atenas 2004. Ele liderava a prova, mas foi agarrado por uma padre irlandês, que tentou tirá-lo da corrida. Mas Vanderlei não desistiu, voltou para a maratona e ainda completou a prova em terceiro lugar.

Apesar deste ter sido o maior momento da carreira de Vanderlei Cordeiro de Lima, o paranaense de Cruzeiro do Oeste fez história também nos Jogos Pan-Americanos. O brasileiro é o maior vencedor da maratona masculina da competição que reúne os país das Américas do Sul, Central e do Norte. Ele é o único atleta da história do Pan com duas medalhas de ouro, que foram conquistadas em Winnipeg 1999 (foto) e Santo Domingo 2003.

Nossos pódios

Além das duas medalhas de ouro conquistadas por Vanderlei Cordeiro de Lima, o Brasil subiu outras três vezes ao lugar mais alto do pódio da maratona masculina dos Jogos Pan-Americanos com Ivo Rodrigues em Indianápolis 1987, Franck Caldeira no Rio de Janeiro 2007 e com Solonei Silva em Guadalajara 2011. Com esses resultados, o Brasil é o país com mais vitórias na competição, com uma medalha de ouro a mais do que Cuba.

Ao todo, são oito medalhas. Além das cinco de ouro, o Brasil ganhou prata com José Santana em Havana 1991 e bronze com Luiz da Silva em Mar Del Plata 1995 e Luiz Fialho em Winnipeg 1999.

Medalhistas

ANO Medalha de ouro TEMPO Medalha de prata TEMPO Medalha de bronze TEMPO
1951 Delfo Cabrera
Argentina
02:35:01 Reinaldo Gorno
Argentina
02:45:00 Luis Valázquez
 Guatemala
02:46:03
1955 Doroteo Flores
 Guatemala
02:59:10 Onésimo Rodríguez
 México
03:02:22 Luis Valázquez
 Guatemala
03:05:26
1959 John J. Kelley
EUA
02:27:55 Jim Green
EUA
02:32:17 Gordon Dickson
Canadá
02:36:19
1963 Fidel Negrete
 México
02:27:56 Gordon McKenzie
EUA
02:31:18 Pete McArdle
EUA
02:34:14
1967 Andy Boychuk
Canadá
02:23:03 Agustín Calle
Colômbia Colômbia
02:25:51 Alfredo Peñaloza
 México
02:27:49
1971 Frank Shorter
EUA
02:22:40 José García
 México
02:26:30 Hernán Barreneche
Colômbia Colômbia
02:27:19
1975 Rigoberto Mendoza
Cuba
02:25:03 Charles “Chuck” Smead
EUA
02:25:32 Tom Howard
Canadá
02:25:46
1979 Radamés González
Cuba
02:24:09 Luis Barbosa
Colômbia Colômbia
02:24:44 Rich Hughson
Canadá
02:25:34
1983 Jorge González
 Porto Rico
02:12:43 César Mercado
 Porto Rico
02:20:30 Miguel Cruz
 México
02:21:12
1987 Ivo Rodrígues
Brasil
02:20:13 Ronald Lanzoni
 Costa Rica
02:20:39 Jorge González
 Porto Rico
02:21:14
1991 Alberto Cuba
Cuba
02:19:27 José Santana
Brasil
02:19:29 Radamés González
Cuba
02:23:05
1995 Benjamín Paredes
 México
02:14:44 Mark Coogan
EUA
02:15:21 Luiz da Silva
Brasil
02:15:46
1999 Vanderlei de Lima
Brasil
02:17:20 Rubén Maza
Venezuela
02:19:56 Éder Fialho
Brasil
02:20:09
2003 Vanderlei de Lima
Brasil
02:19:08 Bruce Deacon
Canadá
02:20:35 Diego Colorado
Colômbia Colômbia
02:21:48
2007 Franck Caldeira
Brasil
02:14:03 Amado García
 Guatemala
02:14:27 Procopio Franco
 México
02:15:18
2011 Solonei da Silva
Brasil
02:16:37 Diego Colorado
Colômbia Colômbia
02:17:13 Juan Carlos Cardona
Colômbia Colômbia
02:18:20
2015 Richer Pérez
Cuba
02:17:04 Raúl Pacheco
Peru
02:17:13 Mariano Mastromarino
Argentina
02:17:45

Quadro de medalhas

Ordem País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1  Brasil 5 1 2 8
2  Cuba 4 0 1 5
3  EUA 2 4 1 7
4  México 2 2 3 7
5  Guatemala 1 1 2 4
6  Argentina 1 1 1 3
7  Canadá 1 1 3 5
8  Porto Rico 1 1 1 3
9  Colômbia 0 3 3 6
10  Costa Rica 0 1 0 1
11  Peru 0 1 0 1
12  Venezuela 0 1 0 1

A prova

Maratona é uma corrida realizada na distância oficial de 42,195 km, normalmente em ruas e estradas. Única modalidade esportiva que se originou de uma lenda, seu nome foi instituído como uma homenagem à antiga lenda grega do soldado ateniense Fidípides, um mensageiro do exército de Atenas, que teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos cidadãos da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os persas e morreu de exaustão após cumprir a missão.

A Federação Internacional de Atletismo (IAAF – International Association of Athletics Federations) estabelece que a distância oficial da maratona deva ser de exatos 42,195 km (42 mil 195 metros), com um adendo de 42 metros. Os fiscais oficiais e medidores de quilometragem destas provas acrescentam ao final mais um metro por quilômetro percorrido, para reduzir o risco de que alguma falha na medição produza uma distância final inferior à estipulada.

Para eventos sob a égide da IAAF é obrigatório que o percurso tenha marcações intercaladas da distância percorrida, de maneira a que os corredores tenham noção do ponto em que se encontram, e esses marcos devem ser a cada quilômetro. 

Os recordes conquistados, sejam eles mundiais, continentais ou nacionais, só são reconhecidos em provas que cumpram as regras da IAAF, que estabelecem que o percurso precisa ter uma distância máxima entre a partida e a chegada de 50% da distância total da prova – 42,195 km – e um desnível na topografia de no máximo 1/1000 da distância total.