Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – Lançamento de dardo feminino
Chances do Brasil
O Brasil não terá representantes no lançamento de dardo masculino nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019.
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
A estrela dos Jogos
O cubano Emeterio Gonzalez é o maior vencedor da história do lançamento de dardo nos Jogos Pan-Americanos. O atleta ganhou três medalhas de ouro na prova ao vencer a competição em Mar Del Plata 1995, Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003.
Foram os principais resultados da carreira de Emeterio Gonzalez, que não conseguiu subir no pódio em competições de nível mundial. Nos Jogos Olímpicos, seu melhor resultado foi o oitavo lugar em Sydney 2000. Em Mundiais, foi duas vezes sétimo colocado: Atenas 1997 e Sevilla 1999.
Nossos pódios
Em Toronto 2015, Júlio César de Oliveira lançou o dardo a 80,94m. Ele ficou atrás apenas do trinitino Keshorn Walcott (83,27m) e do americano Riley Dolezal (81,62m) e ficou com a medalha de bronze na última edição dos Jogos Pan-Americanos.
O feito de Júlio César de Oliveira foi apenas o terceiro pódio do Brasil na história dos Jogos Pan-Americanos. Antes dele, o país ganhou outras duas medalhas de bronze. A primeira de todas foi conquistada por Walter de Almeida em São Paulo 1963. Ele terminou em terceiro lugar atrás de dois americanos, Dan Studney e Nick Kovalakides.
44 anos depois, de novo em casa, desta vez no Rio de Janeiro, Alexon Maximiliano subiu ao pódio para ganhar a medalha de bronze, ficando atrás apenas do cubano Guillermo Martínez e do americano Mike Hazle. Ou seja, o bronze de 2015, conquistado por Júlio César de Oliveira, foi a primeira medalha do Brasil no lançamento de dardo nos Jogos Pan-Americanos conquistada fora do país.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | EUA | 8 | 9 | 4 | 21 |
2 | Cuba | 6 | 6 | 3 | 15 |
3 | Argentina | 1 | 1 | 2 | 4 |
4 | Canadá | 1 | 0 | 0 | 1 |
Trinidad e Tobago | 1 | 0 | 0 | 1 | |
6 | Paraguai | 0 | 1 | 0 | 1 |
7 | Brasil | 0 | 0 | 3 | 3 |
Porto Rico | 0 | 0 | 3 | 3 | |
9 | México | 0 | 0 | 1 | 1 |
Colômbia | 0 | 0 | 1 | 1 |
A prova
Lançamento de dardo é uma modalidade olímpica do atletismo existente desde a Grécia Antiga. Uma das mais nobres modalidades por sua antiguidade, integra o heptatlo e o decatlo, além de ter sua própria prova individual. Assim como o lançamento de martelo e lançamento de disco, este esporte é chamado oficialmente de lançamento. Somente o arremesso de peso é chamado de arremesso, devido ao fato do peso ser empurrado e os demais serem projetados com características diferentes.
O dardo é um objeto em forma de lança, feito de metal, fibra de vidro ou fibra de carbono. Seu tamanho, tipo, peso mínimo e centro de gravidade foram definidos pela IAAF – Federação Internacional de Atletismo e variam do homem para a mulher. O homem usa um dardo de 2,7 metros de comprimento, pesando 800 gramas. A mulher usa um dardo um pouco mais leve, 600 gramas, e tem 2,3 metros de comprimento. Os dois modelos tem uma empunhadura feita de corda localizada no centro de gravidade.
O atleta corre para tomar impulso e usa uma pista de corrida e lançamento com 34,9 metros de comprimento e 4 metros de largura, fazendo um giro rápido com o corpo para lançar. O dardo costuma sair das mãos do atleta com uma velocidade de 100 km/h. Após o voo, ele aterra numa zona relvada que costuma ocupar a zona central dos estádios de atletismo. A marca obtida pelo atleta é medida pelos oficiais, desde o limite da zona de lançamento até ao primeiro ponto onde o dardo tocou no chão, obrigatoriamente dentro de uma setor pré-marcado no campo com um ângulo de 29°.
Ao contrário das outras modalidades de lançamento (martelo, peso e disco), a técnica do dardo tem regras próprias ditadas pela IAAF e lançamentos “não-ortodoxos” não são permitidos; o dardo precisa ser seguro pela empunhadura e lançado por cima do braço levantado ou dos ombros; além disso, é proibido ao atleta se virar completamente de maneira a que seu rosto fique em direção contrária ao lançamento, técnica que é muito usada, por exemplo, no lançamento de disco.
O lançador é desclassificado se sair da zona de lançamento antes, durante ou depois do lançamento, ou se o dardo tocar no solo sem ser pela ponta dianteira dele. As competições de lançamento de dardo iniciam-se com três rondas de lançamentos para cada atleta. Após esta fase, os oito melhores resultados são apurados para realizar mais três lançamentos. Ao fim da prova, o atleta que obtiver a maior distância num lançamento legítimo é declarado vencedor. No caso de um empate, vence aquele com a segunda melhor marca.
Reconfiguração
Em abril de 1986, o dardo masculino foi redesenhado pelo Comitê Técnico da IAAF. Isto se deveu ao fato de que, além de várias aterrissagens começarem a ser feitas ao comprido, sem a ponta furar o solo, diversos lançamentos estavam sendo feitos no limite da área destinada a isto no campo de atletismo, colocando em perigo potencial as pessoas envolvidas e espectadores. O recorde mundial com o dardo antigo do alemão Uwe Hohn, de 104,80 m em 1984, foi o sinal de que algo precisa ser rapidamente mudado ou a modalidade seria inviabilizada para um estádio olímpico. Ele então foi redesenhado, com o centro de gravidade sendo colocado 4 cm à frente enquanto as áreas de superfície posteriores e anteriores ao centro de gravidade foram reduzidas e aumentadas, respectivamente. Isto teve como efeito a redução da elevação do dardo e o aumento da curvatura para baixo no arco da queda. Esta mudança fez o “nariz” do arco cair mais rapidamente, reduzindo a distância de voo em aproximadamente 10% e fazendo com que o dardo atinja o chão de maneira mais vertical e consistente. Em 1999, o dardo feminino também sofreu a mesma modificação.
Mesmo assim reconfigurado, o dardo voltou a ser lançado a distâncias proibitivas e em 2007 um atleta do salto em distância foi atingido na barriga por um dardo lançado do outro lado do campo, durante uma etapa da Golden League em Roma; com o atual recorde mundial masculino já novamente próximo dos 100 metros, nova mudança deve ser feita no implemento nos próximos anos.