Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – arremesso de feminino
Chances do Brasil
Finalista e sexta colocada do arremesso de peso feminino na Olimpíada de Londres 2012, Geisa Arcanjo é, desde então, o principal nome da prova no Brasil. Naquela edição dos Jogos, ela alcançou a marca de 19,02m, a melhor de sua carreira. Repetir o feito faria da atleta ter chances de medalha nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, mas o problema é que ela nunca mais conseguiu chegar perto do resultado obtido há sete anos. A melhor marca dela, depois disso, foi 18,27m, que ela obteve duas vezes, em 2013 e em 2016.
Ano passado, por exemplo, Geisa Arcanjo teve como melhor resultado 18,10m, resultado que a fez apenas a 15ª. das Américas em 2018. A frente dela, ficaram oito americanas e como apenas duas por país poderão participar do arremesso de peso feminino dos Jogos Pan-Americanos Lima 2018, a marca deixaria ela em condições de ir para a final no Peru, mas brigar por medalha é complicado. Claro que vai depender de quem vai representar os Estados Unidos e a Jamaica na prova. Mas a melhor marca das Américas de 2018 foi da americana Raven Saunders, que fez 19,74m, seguida pela compatriota Maggie Even com 19,46m e da jamaicana Daniel Thomas Dodd com 19,36m
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
A estrela dos Jogos
A maior vencedora da história do arremesso de peso feminino nos Jogos Pan-Americanos é a cubana Maria Elena Sarría. Ela dominou a prova de 1975 a 1983, conquistando o tricampeonato na Cidade do México, San Juan e Caracas. Ela se despediu da competição em Indianápolis 1987, quando levou a medalha de prata.
Até hoje, Maria Elena Sarría detém o recorde dos Jogos Pan-Americanos com a marca de 19,34m, obtida em Caracas 1983.
Nossos pódios
O Brasil conquistou apenas duas medalhas na história do arremesso de peso feminino nos Jogos Pan-Americanos. A primeira foi ganha por Vera Trezoitko, medalha de prata em Buenos Aires 1951. Depois disso, o país ficou 52 anos em jejum e só voltou a subir no pódio em Santo Domingo 2003 com o segundo lugar obtido por Elisângela Adriano.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | Cuba | 7 | 5 | 2 | 14 |
2 | EUA | 5 | 8 | 5 | 18 |
3 | Canadá | 2 | 0 | 4 | 6 |
4 | Trinidad e Tobago | 1 | 1 | 1 | 3 |
5 | Argentina | 1 | 0 | 1 | 2 |
6 | Brasil | 0 | 2 | 0 | 2 |
7 | Chile | 0 | 0 | 2 | 2 |
8 | República Dominicana | 0 | 0 | 1 | 1 |
A prova
Arremesso de peso é uma modalidade olímpica de atletismo, onde os atletas competem para arremessar uma bola de metal o mais longe possível. As qualidades principais do atleta campeão são a força e a aceleração. Ao contrário do lançamento de dardo, lançamento de martelo e lançamento de disco, este esporte é chamado oficialmente de arremesso devido ao fato do peso ser empurrado e os demais serem projetados com características diferentes.
A bola oficial masculina tem uma massa de 7,26 kg e é geralmente feita de bronze ou ferro fundido e chumbo, possuindo cerca de 12 cm de diâmetro. Na categoria feminina ela pesa 4 kg e o seu diâmetro é de 9 cm aproximadamente.
O arremessador tem uma área restrita circular de diâmetro 2,135 m (7 pés) para se locomover, com um anteparo semicircular de concreto ou madeira de 10 cm de altura no limite frontal dela; no início do lançamento, o peso deve estar colocado entre o ombro e o pescoço do atleta e arremessado com as pontas dos dedos, e não com a palma da mão. Durante o lançamento, o atleta deve rodar sobre si mesmo e arremessar (técnica com giro). A marca obtida em cada arremesso é medida a partir do primeiro lugar onde o peso bate no chão, dentro de um setor pré-determinado com 35° de abertura; o atleta não pode tocar no anteparo do chão, nem ultrapassá-lo com o pé e o arremesso deve ser sempre feito numa linha acima do ombro. Caso ele deixe o círculo antes do peso tocar o solo ou se retirar dele pela frente ou pelo lado, o arremesso é invalidado.
Em competições oficiais, se houver até oito competidores participando, cada atleta tem direito a seis lançamentos. Quando há mais de oito, cada um tem direito a três lançamentos e somente os oito primeiros fazem mais três lançamentos. A posição na classificação é determinada pela distância obtida no maior arremesso válido; em, caso de empate, vale a segunda maior marca do atleta.
A técnica do giro, a mais usada atualmente, em que o atleta faz o movimento giratório com o corpo semelhante ao lançamento de disco conseguindo maior impulsão, foi primeiramente usada pelo soviético Aleksandr Baryshnikov no começo da década de 1970, depois de criada por seu técnico Viktor Alexeyev; com ela, Baryshnikov conquistou o recorde mundial da modalidade em 1976, fazendo a marca de 22,00 metros.