Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – 200m masculino
Chances do Brasil
A especialidade de Gabriel Constantino é a prova dos 110m com barreira e não deixa de ser uma surpresa a classificação dele para representar o Brasil nos 200m rasos masculino nos Jogos Pan-Americanos Lima 2016. Além de ter feito o índice para a competição, ele se classificou com o melhor tempo entre os brasileiros ao marcar 20s21. A segunda vaga ficou com Paulo André, que obteve 20s29. As marcas dos dois dariam medalha de ouro em cinco das últimas seis edições dos Jogos Pan-Americanos. Mas tudo depende do nível dos atletas que serão levados a Lima 2019 pelos outros países. Por exemplo, o pódio todo de Toronto 2015 baixou dos 20s com ouro para o canadense Andre de Grasse, prata para o jamaicano Rasheed Dawyer e bronze para o panamenho Alonso Edward.
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
A estrela dos Jogos
O brasileiro Robson Caetano é ao lado de James Gilkes, de Guiné, o maior vencedor dos 200m rasos masculino da história dos Jogos Pan-Americanos. Ele foi prata em Indianápolis 1987, perdendo apenas para o americano Floyd Heard. Quatro anos depois, em Havana, Robson Caetano ficou com a medalha de ouro ao vencer a prova com a marca de 20s15. Com o resultado, o brasileiro igualou James Gilkes, que foi ouro em 1975 e prata em 1979. Apesar do destaque para os dois atletas, os Estados Unidos é o país com mais medalhas: seis ouros, nove pratas e quatro bronzes, seguido por Cuba com quatro ouros uma prata e dois bronzes.
Nossos pódios
O Brasil é o terceiro maior vencedor dos 200m rasos dos Jogos Pan-Americanos. Com dois ouros, uma prata e dois bronzes, o país fica atrás apenas de Estados Unidos e Cuba. Além das duas medalhas conquistadas por Robson Caetano (veja acima), os brasileiros comemoraram o ouro de Claudinei Quirino em Winnipeg 1999 e os bronzes de André Domingos em Santo Domingo 2003 e de Bruno Lins em Guadalajara 2011.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1951 | Rafael Fortún Cuba |
21.30 | Art Bragg EUA |
21.4 | Herb McKenley Jamaica |
|
1955 | Rod Richard EUA |
20.94 | Charles Thomas EUA |
21.42 | José Telles da Conceição Brasil Mike Agostini Trinidad e Tobago |
21.66 21.67 |
1959 | Ray Norton EUA |
20.6 | Les Carney EUA |
21.1 | Mike Agostini Jamaica |
21.1 |
1963 | Rafael Romero Venezuela |
21.23 | Ollan Cassell EUA |
21.23 | Arquímedes Herrera Venezuela |
21.23 |
1967 | John Carlos EUA |
20.5 | Jerry Bright EUA |
20.9 | Pablo Montes Cuba |
21.0 |
1971 | Don Quarrie Jamaica |
19.86 | Marshall Dill EUA |
20.39 | Edwin Roberts Trinidad e Tobago |
20.39 |
1975 | James Gilkes Guiana |
20.43 | Larry Brown EUA |
20.69 | Mike Sands Bahamas |
20.98 |
1979 | Silvio Leonard Cuba |
20.37 | James Gilkes Guiana |
20.46 | Don Coleman EUA |
20.56 |
1983 | Elliott Quow EUA |
20.42 | Leandro Peñalver Cuba |
20.53 | Bernie Jackson EUA |
20.81 |
1987 | Floyd Heard EUA |
20.25 | Robson Caetano Brasil |
20.49 | Wallace Spearmon EUA |
20.53 |
1991 | Robson Caetano Brasil |
20.15 | Kevin Little EUA |
20.63 | Félix Stevens Cuba |
20.76 |
1995 | Iván García Cuba |
20.29 | Andrew Tynes Bahamas |
20.33 | Sebastián Keitel Chile |
20.55 |
1999 | Claudinei Quirino Brasil |
20.30 | Curtis Perry EUA |
20.58 | Sebastián Keitel Chile |
20.82 |
2003 | Kenneth Brokenburr EUA |
20.42 | Christopher Williams Jamaica |
20.54 | André Domingos Brasil |
20.68 |
2007 | Brendan Christian Antígua e Barbuda |
20.37 | Marvin Anderson Jamaica |
20.38 | Rubin Williams EUA |
20.57 |
2011 | Roberto Skyers Cuba |
20.37 | Lansford Spence Jamaica |
20.38 | Bruno Lins Brasil |
20.45 |
2015 | Andre De Grasse Canadá |
19.88 | Rasheed Dwyer Jamaica |
19.90 | Alonso Edward Panamá |
19.90 |
Quadro de medalhas
A prova
200 metros rasos é uma modalidade olímpica de corrida de velocidade no atletismo.
Disputada em metade de uma pista padrão de 400 metros, os atletas largam de blocos firmados no chão e correm dentro de raias marcadas na pista. Esta prova começa numa das curvas e termina na reta da meta, particularidade que exige o treino de uma combinação de técnicas, que não está presente nos 100 metros (disputados numa linha reta). Embora seja uma prova mais longa, os 200 metros são corridos normalmente com mais velocidade relativa que os 100 metros: o recorde do mundo de 19.19 s de Usain Bolt corresponde a uma velocidade de 37.52 km/h, enquanto que a marca de 9.58 s do mesmo Usain Bolt nos 100 metros representa uma velocidade de 37.58 km/h. Isto deve-se ao fato de, nos 200 metros, os atletas chegarem à reta final em velocidade de ponta, o que permite que a segunda metade da prova seja mais rápida que a primeira. Quando Bolt estabeleceu o recorde mundial atual de 19s19, ele correu os últimos 100 m em 9s27, uma marca muito mais rápida que seu próprio recorde mundial dos 100 m rasos, quando os atletas largam da inércia.
Os 200 metros são uma prova de velocidade, geralmente corrida por atletas que também participam ou nos 100 metros como Veronica Campbell-Brown ou nos 400 metros rasos como Michael Johnson. O recorde mundial masculino pertence ao jamaicano Usain Bolt – 19s19 – conquistados em Berlim 2009 e o feminino à norte-americana Florence Griffith-Joyner – 21s34 – em Seul 1988; os atuais campeões olímpicos são Bolt e a também jamaicana Elaine Thompson e os campeões mundiais, Bolt e a holandesa Dafne Schippers.
Provas disputadas com uma velocidade de vento favorável maior que 2 m/s não são aceitáveis para a homologação de recordes. Sensores colocados no bloco de largada marcam o tempo de reação dos atletas ao sinal de largada; um tempo de reação inferior a 0.1s é considerado como largada falsa, os velocistas chamados de volta à largada e o responsável desclassificado. Um atleta também pode ser desclassificado caso pise fora da linha que delimita sua raia de corrida