Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – 200m feminino
Chances do Brasil
A melhor brasileira na prova dos 200m rasos é Vitória Cristina Rosa, de apenas 23 anos. Em 2018, ela fez o melhor tempo da vida ao cravar 22s73. Se repetir essa marca, tem boas chances de medalha. Em todas as edições da prova nos Jogos Pan-Americanos, quem marcou tempo parecido, no mínimo, subiu ao pódio. A marca é três centésimos mais rápido do que o conseguido por Ana Cláudia Lemos em 2011, quando ela levou a medalha de ouro. As chances de medalha dependem das equipes que serão levadas para Lima por Estados Unidos, Jamaica, Canadá e Bahamas. Em 2018, 32 atletas pan-americanas fizeram marcas melhores do que Vitória Cristina Rosa, a grande maioria de americanas e jamaicanas.
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
A estrela dos Jogos
A americana Evelyn Ashford é atleta mais rápida da história a ter disputado os 200m feminino na história dos Jogos Pan-Americanos. Ela venceu a prova em San Juan 1979 com o tempo de 22s24, a melhor marca da história, que já dura 40 anos. Naquele ano, ela conquistou três medalhas de ouro. Além dos 200m, venceu também os 100m e o revezamento 4x100m. A velocista fez história também nos Jogos Olímpicos com quatro ouros (100m em 1984 e 4×100 em 1984, 1988 e 1992) e uma prata (100m em 1988).
Se Evelyn Ashford foi a mais rápida da história, as maiores vencedoras são as cubanas Liliana Allen e Roxana Díaz com duas medalhas de ouro cada. A primeira dominou os 200m rasos nos Jogos Pan-Americanos de Havana em 1991 e de Mar del Plata em 1995. A segunda subiu no lugar mais alto do pódio em Santo Domingo 2003 e no Rio de Janeiro 2007.
Nossos pódios
Apesar de ter ganho apenas três medalhas ao longo da história dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil é, ao lado do Canadá, o terceiro maior vencedor dos 200m rasos feminino com uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze. O primeiro pódio brasileiro foi conquistado em 1975 com o terceiro lugar de Silvina Pereira. 24 anos depois, Lucimar de Moura ficou na segunda colocação em Winnipeg. O melhor resultado foi obtido por Ana Cláudia Lemos (foto) em Guadalajara 2011. Com o tempo de 22s76, a brasileira levou a medalha de ouro, chegando apenas um décimo a frente da jamaicana Simone Facey, que ficou com a prata.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1951 | Jean Patton EUA |
25.3 | Nell Jackson EUA |
25.7 | Adriana Millard Chile |
26.1 |
1955 | Não houve | |||||
1959 | Lucinda Williams EUA |
24.2 | Isabelle Daniels EUA |
24.8 | Sally McCallum Canadá |
25.1 |
1963 | Vivian Brown EUA |
23.9 | Miguelina Cobián Cuba |
24.0 | Lorraine Dunn Panamá |
24.7 |
1967 | Wyomia Tyus EUA |
23.78 | Barbara Ferrell EUA |
23.83 | Miguelina Cobián Cuba |
23.89 |
1971 | Stephanie Berto Canadá |
23.57 | Fulgencia Romay Cuba |
23.70 | Esther Stroy EUA |
23.82 |
1975 | Chandra Cheeseborough EUA |
22.77 | Pamela Jiles EUA |
22.81 | Silvina Pereira Brasil |
23.17 |
1979 | Evelyn Ashford EUA |
22.24 | Angella Taylor Canadá |
22.74 | Merlene Ottey Jamaica |
22.79 |
1983 | Randy Givens EUA |
23.14 | LaShon Nedd EUA |
23.39 | Luisa Ferrer Cuba |
23.39 |
1987 | Gwen Torrence EUA |
22.52 | Randy Givens EUA |
22.71 | Pauline Davis Bahamas |
22.99 |
1991 | Liliana Allen Cuba |
23.11 | Ximena Restrepo Colômbia |
23.16 | Merlene Frazer Jamaica |
23.48 |
1995 | Liliana Allen Cuba |
22.73 | Dahlia Duhaney Jamaica |
23.03 | Omegia Keeys EUA |
23.24 |
1999 | Debbie Ferguson Bahamas |
22.83 | Lucimar de Moura Brasil |
23.03 | Felipa Palacios Colômbia |
23.05 |
2003 | Roxana Díaz Cuba |
22.69 | Cydonie Mothersille Ilhas Cayman |
22.86 | Allyson Felix EUA |
22.93 |
2007 | Roxana Díaz Cuba |
22.90 | Sheri-Ann Brooks Jamaica |
22.92 | Sherry Fletcher Granada |
22.96 |
2011 | Ana Cláudia Lemos da Silva Brasil |
22.76 | Simone Facey Jamaica |
22.86 | Mariely Sánchez República Dominicana |
23.02 |
2015 | Kaylin Whitney EUA |
22.65 | Kyra Jefferson EUA |
22.72 | Simone Facey Jamaica |
22.74 |
Quadro de medalhas
A prova
200 metros rasos é uma modalidade olímpica de corrida de velocidade no atletismo. Disputada em metade de uma pista padrão de 400 metros, os atletas largam de blocos firmados no chão e correm dentro de raias marcadas na pista. Esta prova começa numa das curvas e termina na reta da meta, particularidade que exige o treino de uma combinação de técnicas, que não está presente nos 100 metros (disputados numa linha reta). Embora seja uma prova mais longa, os 200 metros são corridos normalmente com mais velocidade relativa que os 100 metros: o recorde do mundo de 19.19 s de Usain Bolt corresponde a uma velocidade de 37.52 km/h, enquanto que a marca de 9.58 s do mesmo Usain Bolt nos 100 metros representa uma velocidade de 37.58 km/h. Isto deve-se ao fato de, nos 200 metros, os atletas chegarem à reta final em velocidade de ponta, o que permite que a segunda metade da prova seja mais rápida que a primeira. Quando Bolt estabeleceu o recorde mundial atual de 19s19, ele correu os últimos 100 m em 9s27, uma marca muito mais rápida que seu próprio recorde mundial dos 100 m rasos, quando os atletas largam da inércia.
Os 200 metros são uma prova de velocidade, geralmente corrida por atletas que também participam ou nos 100 metros como Veronica Campbell-Brown ou nos 400 metros rasos como Michael Johnson. O recorde mundial masculino pertence ao jamaicano Usain Bolt – 19s19 – conquistados em Berlim 2009 e o feminino à norte-americana Florence Griffith-Joyner – 21s34 – em Seul 1988; os atuais campeões olímpicos são Bolt e a também jamaicana Elaine Thompson e os campeões mundiais, Bolt e a holandesa Dafne Schippers.
Provas disputadas com uma velocidade de vento favorável maior que 2 m/s não são aceitáveis para a homologação de recordes. Sensores colocados no bloco de largada marcam o tempo de reação dos atletas ao sinal de largada; um tempo de reação inferior a 0.1s é considerado como largada falsa, os velocistas chamados de volta à largada e o responsável desclassificado. Um atleta também pode ser desclassificado caso pise fora da linha que delimita sua raia de corrida