Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – 110m com barreiras masculino
Chances do Brasil
Gabriel Constantino, de 24 anos, é o grande nome do Brasil nos 110m com barreiras masculino e certamente ele chegará a Lima 2019 com boas chances de medalha. Em 2018, fez a melhor temporada da carreira e quebrou o recorde brasileiro e sul-americano ao marcar 13.23 no mês de junho. O tempo foi o oitavo melhor do mundo no ano passado e o quinto melhor das américas, atrás apenas de três jamaicanos, Ronald Levy, Omar McLeoud e Hansle Parchment, e do americano Grant Holloway. O ano foi tão bom, que o atleta do Pinheiros terminou em sexto lugar nos 60m com barreiras do Mundial indoor de atletismo.
Além de Gabriel Constantino, o Brasil será representado por Eduardo de Deus em Lima 2019. O atleta de 23 anos fez 13s42 para conseguir o índice em Turku, na Finlândia, no começo de junho.
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
A estrela dos Jogos
O cubano Dayron Robles (foto) e o americano Roger Kingdom são os dois maiores vencedores da história dos 110m com barreiras masculino nos Jogos Pan-Americanos. O atleta dos Estados Unidos colocou a medalha de ouro no peito em Caracas 1983 e em Mar Del Plata 1983. Já o corredor de Cuba levou o bicampeonato no Rio de Janeiro 2007 e em Guadalajara 2011.
Na história, os Estados Unidos lidera o quadro de medalhas dos 110m com barreiras masculino dos Jogos Pan-Americanos. O país ganhou 11 dos 17 ouros já disputados e ainda levou cinco pratas e seis bronzes. Cuba é a segunda colocada com cinco vitórias. Além dos dois países, apenas a Jamaica, com uma medalha de ouro, também conseguiu subir no lugar mais alto do pódio na prova.
Nossos pódios
Em toda a história, o Brasil ganhou apenas uma medalha nos 11om com barreiras dos Jogos Pan-Americanos. O feito de subir ao pódio com o bronze no peito foi realizado por Márcio de Souza, que completou a prova em Santo Domingo 2003 com 13.45, apenas dez centésimos atrás do cubano Yuniel Hernández, que ficou com a medalha de ouro. Larry Wade, dos Estados Unidos, faturou a prata.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1951 | Dick Attlesey EUA |
14.0 | Estanislao Kocourek Argentina |
14.2 | Samuel Anderson Cuba |
14.2 |
1955 | Jack Davis EUA |
14.44 | Keith Gardner Jamaica |
14.74 | Evaristo Iglesias Cuba |
14.94 |
1959 | Hayes Jones EUA |
13.6 | Lee Calhoun EUA |
13.7 | Elias Gilbert EUA |
14.0 |
1963 | Blaine Lindgren EUA |
13.8w | Willie May EUA |
14.0 | Lázaro Betancourt Cuba |
14.3w |
1967 | Earl McCullouch EUA |
13.49 | Willie Davenport EUA |
13.55 | Juan Morales Cuba |
14.30 |
1971 | Rod Milburn EUA |
13.46 | Arnaldo Bristol Porto Rico |
13.81 | Juan Morales Cuba |
13.85 |
1975 | Alejandro Casañas Cuba |
13.44 | Danny Smith Bahamas |
13.72 | Arnaldo Bristol Porto Rico |
13.74 |
1979 | Renaldo Nehemiah EUA |
13.20 | Alejandro Casañas Cuba |
13.46 | Charles Foster EUA |
13.56 |
1983 | Roger Kingdom EUA |
13.44 | Alejandro Casañas Cuba |
13.51 | Tonie Campbell EUA |
13.54 |
1987 | Andrew Parker Jamaica |
13.82 | Modesto Castillo República Dominicana |
13.96 | Ernesto Torres Porto Rico |
14.68 |
1991 | Cletus Clark EUA |
13.71 | Alexis Sánchez Cuba |
13.76 | Elbert Ellis EUA |
13.89 |
1995 | Roger Kingdom EUA |
13.39 | Emilio Valle Cuba |
13.40 | Courtney Hawkins EUA |
13.54 |
1999 | Anier García Cuba |
13.17 | Yoel Hernández Cuba |
13.24 | Eugene Swift EUA |
13.41 |
2003 | Yuniel Hernández Cuba |
13.35 | Larry Wade EUA |
13.35 | Márcio de Souza Brasil |
13.45 |
2007 | Dayron Robles Cuba |
13.25 | David Payne EUA |
13.43 | Yoel Hernández Cuba |
13. |
2011 | Dayron Robles Cuba |
13.10 | Paulo Villar Colômbia |
13.27 | Orlando Ortega Cuba |
13.30 |
2015 | David Oliver EUA |
13.07 | Mikel Thomas Trinidad e Tobago |
13.17 | Shane Brathwaite Barbados |
13.21 |
Quadro de medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | EUA | 11 | 5 | 6 | 22 |
2 | Cuba | 5 | 5 | 7 | 17 |
3 | Jamaica | 1 | 1 | 0 | 2 |
4 | Porto Rico | 0 | 1 | 2 | 3 |
5 | Argentina | 0 | 1 | 0 | 1 |
Bahamas | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Colômbia | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Trinidad e Tobago | 0 | 1 | 0 | 1 | |
9 | Barbados | 0 | 0 | 1 | 1 |
A prova
110m com barreiras é uma prova olímpica de atletismo disputada apenas por homens. Seu equivalente feminino são os 100 metros com barreiras. Disputada como competição individual, também integra o decatlo como uma de suas modalidades.
A prova é disputada numa reta onde raias de corrida estão demarcadas. A largada é feita a partir de blocos de partida no chão da pista, como as demais provas de velocidade do programa olímpico. Nos seus 110 metros de extensão são dispostas 10 barreiras; a primeira surge 13,72 m depois da linha de partida, as seguintes têm 9,14 metros de intervalo entre si e depois da última barreira há um percurso livre de 14,02 m até à linha da meta. As barreiras têm 1,067 m de altura cada e são colocadas de modo a que caiam para a frente, caso sejam tocadas pelo corredor. O toque ou mesmo a derrubada de barreiras não é motivo de desqualificação já que, geralmente, afeta de forma negativa o tempo obtido pelo competidor. O atleta pode ser desclassificado caso invada a raia de outro atleta ou tenha um tempo de reação ao sinal de largada inferior a 0.1s, considerado uma largada falsa