Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – 100m com barreiras feminino
Chances do Brasil
Brasil não terá representantes nos 100m com barreiras feminino.
Local da competição
Estádio Atlético Pan-Americano
Local: Lima
Capacidade: 12.000 torcedores
A estrela dos Jogos
Não houve disputa dos 100m com barreiras feminino nas cinco primeiras edições dos Jogos Pan-Americanos. A prova só foi instituída em Cali 1971. De lá para cá, os Estados Unidos foram os maiores vencedores com seis dos 12 ouros colocados em disputa. Mas a atleta que mais vezes subiu no lugar mais alto do pódio é cubana. Aliuska López foi tricampeã dos Jogos Pan-Americanos ao colocar a medalha dourada no peito em Havana 1991, Mar Del Plata 1995 e Winnipeg 1999. Prima do saltador Iván Pedroso, outro ídolo do esporte de seu país de nascença, é até hoje detentora do recorde mundial júnior dos 100m com barreiras feminino, obtido na Universíade de 1987. A atleta participou de quatro edições dos Jogos Olímpicos (1992, 1996, 2000 e 2004), mas só chegou duas vezes à final, terminando em sexto em Barcelona 1992 e em quinto em Sydney 2000. Nos Jogos de Atenas 2004, ela representou a Espanha, país para o qual se naturalizou, mas, aos 35 anos, não passou do 24º. lugar na competição.
Nossos pódios
Não é todo mundo que sabe, mas a campeã olímpica do salto em distância em Pequim 2008, Maurren Maggi se dividia no começo de carreira entre a prova que a tornou famosa e os 100m com barreiras. E ela era muito boa, tanto que a marca de 12.71, obtida por ela em 2001 é até hoje o recorde brasileiro. Dois anos antes do melhor tempo de sua vida, Maurren disputou a final da prova em Winnipeg 1999, cravou 12.86 e conquistou a medalha de prata, ficando atrás da tricampeã Aliúska Lopez, que venceu a prova com 12.76. Na época com 23 anos, Maurren desabou no chão e começou a chorar com a emoção da conquista (foto acima). É até hoje a única medalha brasileira na história dos Jogos Pan-Americanos nos 100m com barreiras feminino.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1971 | Patty Johnson EUA |
13.19 | Marlene Elejalde Cuba |
13.54 | Penny May Canadá |
13.70 |
1975 | Edith Noeding Peru |
13.56 | Deby LaPlante EUA |
13.68 | Marlene Elejalde Cuba |
13.80 |
1979 | Deby LaPlante EUA |
12.90 | Sharon Lane Canadá |
13.56 | Grisel Machado Cuba |
13.60 |
1983 | Benita Fitzgerald EUA |
13.16 | Kim Turner EUA |
13.39 | Elida Aveillé Cuba |
13.41 |
1987 | LaVonna Martin EUA |
12.81 | Stephanie Hightower EUA |
12.82 | Aliuska López Cuba |
12.91 |
1991 | Aliuska López Cuba |
12.99 | Odalys Adams Cuba |
13.06 | Arnita Myricks EUA |
13.23 |
1995 | Aliuska López Cuba |
12.68 | Donalda Duprey Canadá |
13.16 | Odalys Adams Cuba |
13.17 |
1999 | Aliuska López Cuba |
12.76 | Maurren Maggi Brasil |
12.86 | Miesha McKelvy EUA |
12.91 |
2003 | Brigitte Foster Jamaica |
12.67 | Perdita Felicien Canadá |
12.70 | Lacena Golding-Clarke Jamaica |
12.79 |
2007 | Deloreen Ennis-London Jamaica |
12.65 | Perdita Felicien Canadá |
12.65 | Angela Whyte Canadá |
12.72 |
2011 | Yvette Lewis EUA |
12.82 | Angela Whyte Canadá |
13.09 | Lina Flores Colômbia |
13.09 |
2015 | Queen Harrison EUA |
12.52 | Tenaya Jones EUA |
12.84 | Nikkita Holder Canadá |
12.85 |
Quadro de medalhas
Ordem | País | Total | |||
1 | EUA | 6 | 4 | 2 | 12 |
2 | Brasil | 3 | 4 | 1 | 8 |
3 | Cuba | 3 | 2 | 5 | 10 |
4 | Jamaica | 2 | 0 | 1 | 3 |
5 | Peru | 1 | 0 | 0 | 1 |
5 | Colômbia | 0 | 0 | 1 | 1 |
A prova
100 metros com barreiras é uma prova olímpica de atletismo disputada apenas por mulheres. Seu equivalente masculino são os 110 metros com barreiras.
A prova é disputada numa reta onde raias de corrida estão demarcadas. A largada é feita a partir de blocos de partida no chão da pista, como as demais provas de velocidade do programa olímpico. Nos seus cem metros de extensão são dispostas 10 barreiras; a primeira surge treze metros depois da linha de partida, as seguintes têm 8.5 metros de intervalo entre si e depois da última barreira há um percurso de 10.5 metros até à linha da meta. As barreiras têm 83,8 cm e são colocadas de modo a que caiam para a frente, caso sejam tocadas pela corredora. O toque ou mesmo a derrubada de barreiras não é motivo de desqualificação já que, geralmente, afeta de forma negativa o tempo obtido pela concorrente. A competidora pode ser desclassificada caso invada a raia de outra atleta ou tenha um tempo de reação ao sinal de largada inferior a 0.1s, considerado uma largada falsa