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10000m feminino

Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Atletismo – 10000m feminino

Chances do Brasil

Tatiele de Carvalho viaja para a Espanha nesta quarta-feiraBrasil não ganha a medalha de ouro dos 10000m rasos feminino nos Jogos Pan-Americanos há 24 anos, mas não será fácil quebrar o tabu. A representante do país na prova será Tatiele Roberta de Carvalho, que marcou 32min45s99 para fazer o índice em Palo Alto, nos Estados Unidos, em maio deste ano. Com esse tempo, ela teria conseguido a medalha de bronze em Toronto 2015.

Local da competição

Estádio Atlético Pan-Americano

Local: Lima

Capacidade: 12.000 torcedores

A estrela dos Jogos

Conhecida no Brasil por ter vencido três vezes a tradicional Corrida de São Silvestre (1989, 1990 e 1992), Maria Del Carmen Diaz é a maior vencedora dos 10000m rasos feminino dos Jogos Pan-Americanos. A mexicana ganhou a medalha de ouro em Havana 1991 e o bronze em Mar Del Plata 1995. Além das duas medalhas, a atleta subiu ao pódio nos 3000m de Havana e nos 5000m de Mar Del Plata. Ela também participou da Olimpíada de Atlanta, em 1996, terminando a maratona na 33ª. colocação.

Nossos pódios

O Brasil é o terceiro colocado no quadro de medalhas dos 10000m rasos feminino, que só começou a ser disputado em Indianápolis 1987. O país fica atrás apenas de México e Estados Unidos com três medalhas conquistadas. A primeira delas foi a de ouro de Carmen Oliveira em Mar Del Plata 1995. Depois, Lucélia Peres foi bronze no Rio de Janeiro 2007 e Cruz Nonata foi prata em Guadalajara 2011.

Medalhistas

ANO Medalha de ouro TEMPO Medalha de prata TEMPO Medalha de bronze TEMPO
1987 Marty Cooksey
EUA
33:00.0 Nancy Tinari
Canadá
33:02.4 Patty Murray
EUA
33:38.1
1991 María del Carmen Díaz
 México
34:21.1 Lisa Harvey
Canadá
34:25.5 María Luisa Servín
 México
34:55.9
1995 Carmen Oliveira
Brasil
33:10.2 Carol Montgomery
Canadá
33:13.6 María del Carmen Díaz
 México
33:14.9
1999 Nora Rocha
 México
32:56.5 Stella Castro
Colômbia Colômbia
33:06.0 Tina Connelly
Canadá
33:27.9
2003 Adriana Fernández
 México
33:16.0 Yudelkis Martínez
Cuba
33:55.1 Bertha Sánchez
Colômbia Colômbia
33:56.2
2007 Sara Slattery
EUA
32:54.1 Dulce María Rodríguez
 México
32:56.7 Lucélia Peres
Brasil
33:19.5
2011 Marisol Romero
 México
34:07.2 Cruz da Silva
Brasil
34:22.4 Yolanda Caballero
Colômbia Colômbia
34:39.1
2015 Brenda Flores
 México
32:41.3 Desiree Davila
EUA
32:44.0 Lanni Marchant
Canadá
32:46.0

Quadro de medalhas

Ordem País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1  México 5 1 2 8
2  EUA 2 1 1 4
3  Brasil 1 1 1 3
4  Canadá 0 3 2 5
5  Colômbia 0 1 2 3

 

A prova

10000 metros é uma modalidade olímpica de atletismo e a mais longa distância disputada em pista, com um total de 25 voltas em torno da pista padrão de 400 metros do estádio.

Os antigos gregos já organizavam corridas de resistência semelhantes às corridas de longa distância atuais. A primeira prova semelhante aos 10 000 metros disputada na Era Moderna foi a corrida das 6 milhas (9 656 m), na Grã-Bretanha. O primeiro recorde aferido para a distância exata de 10 000 metros foi registrado em 1847. A prova entrou no programa olímpico em Estocolmo 1912, com a vitória do finlandês Hannes Kolehmainen. Durante todo o período anterior à II Guerra Mundial ela foi dominada pela Finlândia e seus fundistas, chamados de Finlandeses Voadores, como Kolehmainen, Paavo Nurmi e Ville Ritola. O último fundista deste país a vencê-la em Olimpíadas foi Lasse Viren, bicampeão olímpico em Munique 1972 e Montreal 1976. A partir dos anos 80, a distância passou a ser de domínio absoluto dos africanos, especialmente etíopes e quenianos, tanto em Jogos Olímpicos quanto em campeonatos mundiais.

Introduzida no programa olímpico para mulheres em Seul 1988, a primeira campeã olímpica foi a soviética Olga Bondarenko. Com o correr dos anos, as africanas passaram também a dominá-la, assim como a todas as provas de longa distância, como os 5000 metros e a maratona, secundadas pelas chinesas.