Os pesistas brasileiros voltarão a disputar uma competição internacional nas Américas a partir desta terça-feira (20), algo que não acontecia desde 2019. O Campeonato Pan-Americano de levantamento de peso 2020 começou nesta segunda-feira e segue até o próximo sábado, em Santo Domingo, na República Dominicana. Esta será uma das últimas chances de os atletas somarem pontos no ranking olímpico para Tóquio.
No feminino, Rosane Santos, Jaqueline Ferreira, Luana Madeira e Nathasha Rosa serão as representantes do Brasil. Já no masculino, competem os brasileiros Serafim Veli, Marco Túlio Gregório e Fernando Reis. A competição, que pertence ainda ao calendário de 2020, teve de ser adiada por causa da Covid-19 e, por isso, acontece neste ano. Faltando cerca de três meses para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Pan-Americano servirá tanto para ajudar a garantir a vaga olímpica quanto para testar a preparação dos atletas.
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Nathasha Rosa e Luana Madeira farão a estreia dos brasileiros na terça-feira, às 13h30 (de Brasília), na categoria 49kg. Mais tarde, às 16h, é a vez de Rosane Santos, no grupo de 55kg. No dia seguinte, competem Serafim Veli e Marco Túlio Gregório, às 18h30, pela categoria até 96kg. Jaqueline Ferreira será a única brasileira na sexta-feira, disputando com atletas de até 87kg, às 16h, enquanto Fernando Reis representa o Brasil no sábado, às 11h, na categoria +109kg.
Uma das principais promessas do levantamento de pesos do Brasil, Luana Madeira conta que sua grande meta no Pan-Americano de levantamento de peso é conquistar a “vaga para os Jogos Olímpicos”. Aos 23 anos, a mineira sofreu para adaptar seus treinamentos em 2020 aos exercícios online com o técnico David Montero, durante o período de mais restrições na pandemia. O campeonato é motivo de ânimo: “Muita felicidade de estar de volta às competições internacionais e uma expectativa positiva para a competição. Vou me esforçar para dar meu melhor”, afirma a pesista.
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Aos 33 anos, Rosane Santos terá a experiência como diferencial neste Pan-Americano de levantamento de peso. Com dois Jogos Olímpicos disputados no currículo, ela vai brigar pela classificação para sua última Olimpíada da carreira, em Tóquio. Depois de passar por crises de ansiedade durante o período de maior isolamento, a atleta recuperou o foco e busca coroar seus 17 anos dedicados ao esporte.
Já para Nathasha Rosa, o Pan-Americano de levantamento de peso representa “a retomada de um sonho”. A atleta chegou a montar um centro de treinamento em sua casa para se manter em alto nível durante a pandemia e vai confiante para a competição.
“Esse sonho que começou lá em 2018, quando eu resolvi não abaixar a cabeça para a minha não evolução no esporte. Através de Deus eu consegui ter essa fé e alcançar isso. E esse sonho continuou em 2019, se alastrou por 2020, enfrentando a pandemia, enfrentando todos os problemas de ter que treinar em casa. Estar agora em 2021, competindo neste Pan-Americano, para mim, tem um significado grande. De retomada, de recomeço”, destaca Nathasha.
A expectativa da carioca, de 25 anos, é colocar em prática toda a evolução que conseguiu em seus treinamentos, mesmo com a dificuldade da pandemia. A palavra para definir o momento, segundo ela, é “recomeço”.
“A expectativa está alta, né? Todos os atletas têm expectativa alta com a competição. Eu espero poder dar o meu melhor. Fazer aquilo que eu me propus mentalmente a fazer. Trazer tudo que eu consegui treinando e me dedicando para a competição. Minha maior expectativa é essa, conseguir cumprir aquilo que eu estou me propondo a fazer mentalmente”, completa a pesista.