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Halterofilismo

Centros de Referência são a base da Seleção no Mundial

Os Centros de Referência foram idealizados pelo CPB e funcionam como base de treinamento e capacitação de atletas ao redor do país.

Daniel Zappe/CPB/MPIX

Dos 11 atletas que representarão o Brasil a partir desta sexta-feira, 12, em Nur-Sultan, no Campeonato Mundial Paralímpico de Halterofilismo, sete deles treinam em Centros de Referência criados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A competição se estenderá até o dia 20, na capital do Cazaquistão, e é chave no processo classificatório aos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. São esperados 488 atletas de 76 países na sétima edição do evento.

Os Centros de Referência foram idealizados pelo CPB e funcionam como base de treinamento e capacitação de atletas ao redor do país. Além da aparelhagem necessária para a prática do esporte, o Comitê baseia um profissional para elaborar os treinamentos dos praticantes daquela região.

Lara Aparecida, Mateus de Assis e Vinicius Freitas, por exemplo, são frutos da estrutura sediada em Uberlândia (MG). Outro polo de desenvolvimento da modalidade está em Itu (SP), de onde saíram Bruno Carra, Mariana D’Andrea e o medalhista paralímpico Evânio Rodrigues. João Maria de França Júnior está baseado em Natal (RN), enquanto Lucas Manoel representa a área montada em Manaus.

A lista completa de convocação do Brasil para o Mundial de Nur-Sultan pode ser encontrada aqui.

“Não tenho dúvidas de que os Centros de Referência têm grande influência positiva em nosso desempenho. É uma forma que encontramos de descentralizar as condições de treinamento, a infraestrutura necessária para desenvolver atletas de alto rendimento. Como já houve frutos significativos no halterofilismo, como a convocação para este Mundial evidencia, estamos estendendo os benefícios a outros esportes, como o atletismo e a natação”, disse Alberto Martins da Costa, diretor-técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro.

“O Centro de Referência foi e é muito importante na minha evolução. Cheguei muito jovem a Uberlândia e foram as instalações que me permitiram crescer tanto e me tornar a atleta que eu sou hoje. A estrutura é muito boa, nos dá o que precisamos e me fez estar chegar à Seleção”, disse Lara Aparecida, 16, que competirá no Mundial Júnior e Adulto.

O Mundial será disputado no Congress Center, um moderno complexo inaugurado em 2017 para a Expo Astana. Astana é, inclusive, o antigo nome da cidade. A capital do Cazaquistão passou a chamar-se Nur-Sultan em março deste ano, em homenagem a Nur-Sultan Nazarbayev, ex-presidente do país que renunciou ao cargo.

A competição contará com novidades em seu formato. O último dia, por exemplo, terá disputas mistas por equipe – algo que não houve nas últimas edições da competição. O Mundial Júnior voltará a ocorrer logo após a cerimônia de abertura. O Brasil será representado por quatro atletas: Lara Aparecida, Marcos Terentino, Lucas Manoel e Vinicius Freitas.

Na última edição do Mundial de Halterofilismo, na Cidade do México, em 2017, o Brasil conquistou quatro medalhas. Foram três pódios na competição júnior, com Lucas Manoel (ouro), Mateus de Assis (prata) e Vitor Afonso (bronze). Houve, ainda, o bronze obtido pelo baiano Evânio Rodrigues, na divisão até 88kg, entre os adultos.

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